The Tutor- Anne with an e

Capítulo 23. - Nosso paraíso particular

ANNE E GILBERT

A água quente corria por sua pele alva e macia, enquanto sentia seus sentidos entorpecidos pelo sono acordarem lentamente conforme ela passava a esponja com sabonete líquido por seu corpo inteiro.

Que noite ela tinha tido. Por Deus! Gilbert a deixara louca por horas seguidas. Ele a fizera dormir em seu quarto e não permitira que ela fugisse dele  como se ela realmente quisesse fazer isso. Ela sentia que não era somente seu coração que estava apaixonado por Gilbert, mas seu corpo também, pois o venerava a cada toque, a cada beijo, a cada palavra sussurrada em seu ouvido, e em todo esse contexto sabia que estava completamente perdida.

Não deviam estar fazendo tudo aquilo embaixo do nariz de John Blythe, mas simplesmente não conseguia dizer não quando Gilbert lhe oferecia todos os prazeres que o toque dele poderia lhe proporcionar dentro daqueles olhos verdes, principalmente quando sabia que seus momentos com ele tinham suas horas contadas.

Estavam em um jogo perigoso, onde poderiam colocar tudo a perder,  mas tanto seu corpo quanto seu coração não davam a mínima para isso, pois quando estava na cama de Gilbert, com as mãos dele  acariciando cada parte sua,  o que era tão errado à luz do dia, parecia ser a única coisa perfeitamente correta.

Ela suspirou ao se lembrar dos beijos de seu tutor e a maneira apaixonada como ele fazia amor com ela. Aquele era um dos privilégios que ganhara ao vir para Terracota, ter aquele homem lindo totalmente aos seus pés, assim como ela também estava rendida ao rapaz carinhoso que não economizava nas palavras, e muito menos nas carícias para que ela soubesse o quanto era amada e desejada por ele.

Anne passou xampu nos cabelos, e após uma massagem vigorosa no couro cabeludo, ela entrou embaixo do chuveiro de corpo inteiro para enxaguá-lo completamente, o que ela fez de olhos fechados, por isso não viu o rapaz que entrou no  box disposto a tomar aquele banho com ela.

Anne só percebeu a presença de Gilbert, quando ele segurou em sua cintura e a puxou para ele, fazendo com que suas costas ficassem grudadas no tronco dele .

-Você sempre dá um jeito de escapar de mim, mas eu sempre te encontro. Não aprendeu isso ainda? – o rapaz disse com o os lábios grudados em seu pescoço, a ponta da língua deslizando para cima e para baixo, enquanto Anne fechava os olhos, sentindo seu corpo amolecer.

-Não era para você estar aqui. Esse é o meu quarto, e já é de manhã. Por que insiste em burlar o acordo que fizemos?- Anne disse com a voz falhando em alguns momentos, enquanto Gilbert a provocava, subindo as mãos até os seus seios, e massageando-os lentamente.  Ela nunca pensara que essa parte de seu corpo fosse tão sensível, ou talvez fosse apenas com Gilbert que eles reagiam daquela maneira ardente, traindo qualquer tentativa de Anne se fazer de  indiferente.

-É que me lembrei que nunca tomamos banho juntos, e quis ter o prazer de ser essa nossa primeira vez.- Gilbert respondeu com a voz completamente rouca. Anne era tão macia, que cada pedacinho daquele corpo era como um tesouro que ele adorava tocar.

-Mas não precisava ser aqui na casa de seu pai. Alguém podia ter te visto entrando no meu quarto. Isso está se tornando perigoso para nós dois.- a língua dele tinha alcançado o lóbulo de sua orelha, e ela não conseguiu reprimir um gemido,  quando Gilbert mordeu de leve a pontinha dela.

Anne quase praguejou por seu corpo ser tão sensível ao toque de Gilbert, pois a tornava presa fácil a tudo o que ele quisesse fazer com ela.  Não resistia, não adiantava quantas vezes dissesse a si mesma que se controlaria mais da próxima vez que estivessem juntos, porque sempre era vencida por seu desejo, sua paixão por Gilbert e seu amor.