DIXON
— Como é que é?– pergunto perplexo porque acho que não entendi direito.
— A sua namorada, Maria Jose Sevilla, está grávida. Você vai ser pai, parabéns.– ele repete a informação e eu havia ouvido certo. Ela estava grávida.
— Ahn...obrigado.– agradeço, mesmo sabendo que esse filho não teria como ser meu.– De quanto...tempo ela está doutor?
— Quase três semanas. É geralmente nessa época que os sintomas começam mesmo. Mas ela e o bebê estão bem. E se quiser vê-la, é o terceiro quarto à direita, o 206.
Assinto e ando na direção que ele me indicou, batendo à porta e ouvindo a voz de MJ me dizendo pra entrar, que é o que eu faço em seguida. Assim que entro, consigo ver a dúvida em seus olhos, a mesma que com certeza estampa os meus.
"E agora? O que será de nós dois?" Era o que ambos os nossos olhares diziam sem precisar de sequer uma palavra.
MJ
Eu já vinha me sentindo...estranha desde o término com Sebastian, mas achei que era apenas meu corpo reagindo às emoções de terminar um relacionamento da forma como foi. Mas desde a festa, no dia da vingança, as coisas pioraram demais.
Eu vomitava quase todos os dias assim que acordava e quase nenhuma comida parava no meu estômago. E naquele dia, eu havia saído de casa sem tomar café porque não queria correr o risco de botar tudo pra fora na frente do Dixon. Mas foi ainda pior, já que desmaiei em seus braços.
Já acordei no hospital, desorientada. O médico que me atendeu conversou comigo e me disse as três palavras que eu não esperava ouvir naquele momento: Você está grávida.
E...não que eu não quisesse uma criança, mas...justo agora? Que tudo estava se resolvendo e que eu estava construindo uma coisa legal com o Dixon e...começando a gostar dele, acontece isso? Talvez eu tenha imaginado errado. Talvez o destino não me quisesse com ele.
Esse filho era do Sebastian, infelizmente. E se ele o assumisse, provavelmente meus pais iam querer que eu me casasse com ele, pra não ficar mal falada pelo povo da igreja.
Estou perdida nos meus pensamentos quando Dixon bate à porta e o peço pra entrar. Sinto vontade de chorar quando o vejo porque significava a materialização de tudo o que eu não queria encarar naquele momento. Minha única vontade era chorar e sumir.
— Então...— Dixon finalmente quebra o silêncio que se instaurou na sala desde que ele entrou.– Esse filho...
Apenas assinto, tentando conter as lágrimas que querem cair.
— E o que você vai fazer agora?– ele pergunta mesmo que talvez já soubesse a resposta.
— O certo, Dix. O que é melhor pra meu filho. Tenho que contar pro Sebastian.
— E aí?
— Aí que se ele assumir o filho, eu vou ter que me casar com ele. Ou vamos ficar...mal falados na igreja.
— E se ele não assumir?– Dixon pergunta.
— Então...eu vou estar sozinha. Meus pais são super compreensivos mas não sei se vão me apoiar estando grávida e sem um pai pro bebê.
— Mj, você não precisa passar por isso sozinha. Eu tô aqui com você, eu sempre vou estar aqui com você! Assim como nossos amigos. E...não precisa contar pro Sebastian!
— O que quer dizer com isso?
— Que eu posso assumir esse filho.– ele diz e me sinto tocada pela sua atitude. Mas ele não merece isso.
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Pensando en tí| Mixon
RomansaMaria José tinha a vida perfeita. Vivia um namoro aparentemente feliz com Sebastian, fazia a faculdade que queria, tinha a melhor família do mundo e sabia que podia contar com Jana e Andi, suas melhores amigas, pra tudo. Entretanto, uma noite põe q...