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- LUCIAAAAANA

Resmunguei cobrindo meu rosto com o lençol.

- LUCISNA

Mas que coisa até em sonho eu ouço a voz dessas meninas.

- Queridinha! -Em meros segundos eu estava no chão.

- QUE DIABOS! -Gritei levantando e encarando com raiva as meninas na minha frente.

- Lava a cara, temos umas coisas pra botar ordem aqui. -Carol falou batendo palmas duas vezes. Franzi o cenho sentando na cama de novo.

- Do que vocês tão falando? Olha meninas eu gosto muito de vocês, mas sério me deixem dormi. Tem dois sacos de batata frita ali, se quiserem...

- Aceito. -Carol disse.

- Não! Temos que conversar sério. -Suspirei.

- Eu vou tomar banho.

++++

Depois de eu sair do banheiro, vestida e com a toalha enrolada no cabelo, desembaracei e desci para falar com as meninas.

Sabe... Eu preciso cortar meu cabelo. Ele já tá me incomodando de tão grande.

Quando sentei no sofá o clima estava estranho, meus pais estavam lá junto com as meninas todo mundo com cara de confusão.

- Porque tá todo mundo assim? -Perguntei.

- Amiga, tira essa pulseira. -Mari falou.

O que?

- Por que?

- Tira, por favor.

- Não.

- Luciana nós-

- Pra que vocês querem? Não gostam dela? Eu vou lá em cima trocar.

- Não é isso.

- Mostra os seus pulsos. -Meu pai ordenou.

- Me obriguem.

Lauren se levantou e veio na minha direção, me levantei também.

- Vocês por acaso enlouqueceram? Acordam cedo pra me mandar tirar uma pulseira. Sério, vocês estão bem?

- Estamos bem, mas talvez você não esteja bem.

- Nós só queremos o seu melhor você sabe disso. -Franzi o cenho.

- Tira a pulseira.

Ok... Como eles descobriram dos cortes? Eu tomei total cuidado. Essas pulseiras inúteis!

Provavelmente eles vão me mandar para um manicômio e eu vou ficar lá rodeada de malucos sendo que não sou maluca.

Não é maluquice procurar um alivio para sua dor.

- Por favor. -Simon pediu olhando nos meus olhos e eu vi a tristeza ali.

Eu senti uma coisa estranha como se soubesse o que era estar... Vivendo do jeito dele. Eu me pus no lugar no meu pai, e logo depois de olhar para minha mãe me coloquei no lugar dela também, depois as minhas amigas, dos meninos... Do Zayn.

Como seria se eu pudesse amar uma pessoa e fosse rejeitada?

Como se a pessoa que eu amo pudesse morrer no próximo segundo.

Agora quase tudo faz sentido, isso é difícil para todos não só para mim, eu só não entendo como alguém pode me amar.

- Lu...? -A voz baixinha de Mari me fez acordar e levar a minha mão direita ao meu pulso esquerdo. Aos poucos fui tirando uma por uma e fazendo um monte no braço do sofá.

My dream (LWWY)Onde histórias criam vida. Descubra agora