Capítulo 34 - Anti-romântico de carteirinha

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Anti-romântico de carteirinha

Lucas

Giovanna: (imagem)

Giovanna: Não tem nenhum homem chato que um violão não possa piorar

Fiz careta para o print que Giovanna tinha feito do story de Isabela, no qual eu estava sentado no chão com o violão tocando Será, o que somente tinha rolado a pedidos porque Vitório (que aparentemente era o capixaba que fazia as vezes de cara-chato-do-violão-tocando-Legião-Urbana dos rolês deles) tinha ido embora com Rui e Marina.

Acho que eu até estava sentindo falta dos gritos deles pedindo "toca Raul!" até Vitório realmente resolver tocar Maluco Beleza e Lorena dar um recado bem claro de que aquela não era a vibe da festa quando colocou Galopa e metade dos bêbados da festa de Isabela, incluindo a própria doutora, começaram a dançar várias coreografias diferentes e eu apostava que nenhuma delas batia com a do Pedro Sampaio, mas foi divertido demais ver.

Rodrigo Juizão dançando algo que podia ou não ser piseiro foi uma surpresa, porque eu meio que estava esperando o cara chegar com uma peruca branca, vestindo uma capa preta e com o martelinho na mão — ou talvez eu só estivesse meio bêbado também, o que parecia mais correto, julgando que tinha uma Mautava ao meu lado e também um copo de caipirinha que Adriel me entregou em algum momento; se ele estava querendo pontos que não valiam nada comigo para continuar beijando a boca de Breno, ele estava no caminho certo.

Eu gostava muito de Adriel e me sentia o próprio Dumbledore dando pontos para Grifinória quando o Harry simplesmente existia. Sério, será que ninguém pediu recontagem na taça das casas de Hogwarts, exigindo justificativa para os pontos atribuídos ao Sr. Potter?

Lucas: Só para você ficar sabendo, estava tocando violão a pedidos

Lucas: Aqui as pessoas valorizam minha arte

A parte engraçada é que eles realmente gostavam quando eu tocava violão e cantava e até acho que realmente vi Lorena elogiando minha performance para Amélia e não tinha sido um delírio alcoólico — e pensar que eu achei que seria o carinha excluído porque não conhecia todos os amigos de Bela e ia ficar meio boiando no meio de um monte de capixabas.

Giovanna: Só não tem intimidade o suficiente para dizer que onde vão enfiar seu violão se você não parar de ser insuportável, confia em mim

Claramente Giovanna não sabia que sua versão capixaba, aka Lorena, já teria me ameaçado pelo menos umas dezenove milhões de vezes se eu estivesse sendo inconveniente. Ou talvez não, já que assim como a Venturinha, ela provavelmente ia fazer sem aviso prévio algum.

Lucas: Prometo que toco Faroeste Caboclo para você no seu aniversário, Gio, não precisa fingir que odeia

Breno: Eiiiiii!

Breno: Eu valorizo sua arte, Golden

Lucas: Você nem é gente, Breno, é anjo, te amo

Breno: 😻😻😻😻

Giovanna: Se você tocar Faroeste Caboclo no meu aniversário, vai ser o último que você vai presenciar

— Caramba, Adriel — disse Gavriel, ao meu lado, o que me fez parar de olhar para o celular tentando juntar letras e palavras para responder Giovanna. O veterinário estava com o copo de bebida amarela pela metade e o olhava com total aprovação, como se fosse a coisa mais preciosa que já tinha visto depois de Amélia. E provavelmente bichinhos, porque ele não fazia questão nenhuma de fingir que não levaria até os pombos da rua para casa se conseguisse pegá-los (e eu apostava que já tinha tentado). — Isso é incrível. Onde foi que você aprendeu a fazer?

A Bela e o GoldenOnde histórias criam vida. Descubra agora