Domingo, 1 de Novembro 1981
Narcissa havia acabado de sair do enterro de seu marido, e se sentia culpada por não estar triste o suficiente pela sua perda. Além de estar agora viúva ainda tinha de ser mãe solteira, e sem ajuda alguma de qualquer parente próximo quê fosse. E não esperava mais do que a ausência dos pais.
Ao invés de tristeza, ela sentia raiva do rumo que sua vida tomou.
No velório só havia comensais não declarados. A bruxa compareceu ao local com seu filho de um ano Draco no carrinho, só apareceu para que não gerasse falatório algum na bruxandade.
Chegando em casa amamentou seu filho com a mamadeira e o colocou para dormir. E finalmente tirou aquela roupa que jurou jamais vestir novamente, então tirou de imediato seu longo vestido preto, e colocou uma roupa confortável o suficiente.
Após preparar seu chá sentou-se na cadeira de balanço do quarto de seu filho o observando a dormir, seus pensamentos estavam longe e refletia agora o fato de estar com o único ser que importa em sua vida, seu filho.
Uma lágrima escorreu silenciosa no lindo rosto branquinho e um pouco pálido, Narcissa ainda não acredita como poderia existir um amor tão puro como o que ela tem por Draco. A bruxa chorava sabendo que não era só pelo seu amor por seu filho, mas também pelo marido que não estaria mais ao seu lado. Apesar de já não o amar há anos, não poderia se esquecer do tempo em que viveu ao seu lado. E no tempo em que acreditou que era feliz.
Ainda distraída pensava no fato não estar realmente completamente triste pelo falecido marido, pensava também em sua irmã Bellatrix, que estava agora no pior lugar do mundo, Azkaban. Ela não podia acreditar como a irmã poderia deixar-se entregar tanto ao Lorde das trevas aquele ponto.
Bellatrix foi capturada e foi sentenciada a prisão perpétua de Azkaban, no dia seguinte a suposta morte de você-sabe-quem.
Ela saiu gritando: "Ele irá voltar, e eu estarei aqui para ele! Ele não terá piedade alguma e o reino bruxo estará completo, não vai restar um fio sequer de trouxa no mundo, e os traidores de sangue iram se ajoelhar". Ela dizia com olhar de insanidade pura, olhando para todos os bruxos aurores e não aurores no local.
Narcissa sabia que já era tarde demais para convencer a irmã, de que ele não iria voltar, (apesar de a mesma ainda carregar uma pequena dúvida) mas a essa altura os dementadores, já haviam dominado sua mente que já entrava perturbada.
A bruxa se sentia infeliz, mas um pouco mais aliviada de não tem que fingir acreditar nos ideais do Lorde das Trevas. Só fazia aquilo pois não tinha escolha, já estava presa ao seu casamento a uma quantidade considerável de anos, então era só mais uma mentira de muitas que contava para se mesma. Ser perfeita e manter a classe fazia parte, do enredo que projetou durante toda a vida.
Após uma longa concentração em seus pensamentos, a bruxa levou um susto com o som da revoada do vento que indicava a aparatação de algum bruxo. Ela se levantou de repente para ver se Draco havia-se assustado, o mesmo mexeu-se um pouco ainda dormindo.
Narcissa seguiu com sua varinha para porta, e olhou pelo olho mágico e viu que era seu primo, Sírius Black.
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Minha Eterna Lembrança
FanfictionNa noite em que Thiago Potter e Lilian Potter morreram, deixaram para trás seu único filho agora órfão Harry Potter. O bem mais precisioso de Lílian agora será criado e amado por seu fiel amigo Severus Snape. Mas será que ele está sozinho? ...