Floreios & Borrões

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    Sexta, 04 de Dezembro 1981

Assim que chegou em casa Snape colocou Harry no berço, já que ele ainda dormia. E aproveitou para tomar um banho, então foi para seu quarto desabotoou seu clássico terno preto, sentou na cama de casal nunca usava, tirou seus sapatos, enrolou suas meias e o colocou de lado em um canto organizado alinhado com as ripas do chão de madeira, se levantou e tirou as suas calças e cueca. Entre uma peça e outra pensava sobre seu dia, seu passado e no que estava por vir.

Completamente nu, saiu do quarto e parou no topo da escada com a varinha - Accio firewhisky - Lançou o feitiço não verbal. Logo a garrafa apareceu em sua mão. Voltou e ligou a banheira, pegou o copo que estava na mesa de cabeceira e encheu com um dedo da água que estava na garrafa da mesinha, com o toque da varinha a solidificou e a quebrou em quatro pedaços formando pedras de gelo, enfim colocou o líquido ardente, bebeu um pouco e sentou na banheira que ainda estava pela metade, deu mais um gole e abraçou os joelhos com o copo ainda na mão olhou fixamente para as pedras os poucos se derretendo, e forçou a mente para se lembrar da visão de...

Uma Lily adolescente que se arrumava no espelho, penteando seus cabelos, cor de fogo, enquanto através dele ela olhava para Snape que anotava alguma coisa em seu livro de poções. Tudo que ela queria era que ele a notasse, mas o dia inteiro o único que tinha a sua atenção era aquele maldito livro...

Quando Lily passou seu lip tint feito por ela mesma na boca, ele a olhou sem que ela se percebesse, era tão perfeita e inteligente. Queria ter a coragem de lhe dizer isso...

Severus na banheira tentava se concentrar na lembrança do rosto e lábios de Lilian, quando a imagem da mulher de cabelos bicolores invadiu sua mente sem pedir licença, fechou seus olhos rapidamente tentando expulsa-la. E os abriu de imediato ao ouvir o barulho da água na banheira prestes a transbordar se levantou rapidamente, e fechou a torneira.

Ao se levantar notou o membro acordado. - Ótimo! - Esbravejou consigo mesmo. Colocou o copo em um lugar proximo, e se curvou ainda na banheira, levantando  o pino para esvaziar um pouco e o prendeu novamente mantendo o nível de água que desejava.

Se deitou ali para relaxar, mas os fleches do rosto dela ainda vinha, e seu membro se mantinha enrijecido, respirou fundo pegou a varinha e apontou para a banheira. Em seguida de uma água morna se tornou, completamente gelada, obtendo o objetivo do bruxo de perder a ereção.

Afundou o corpo na água, queria sumir, ou pelo menos que ela sumisse de seus pensamentos.




                       * * *

Após tomar café com filho, tomar um banho, ler um livro, dar uma olhada em suas roupas no closet, Narcissa viu que não tinha mais o que inventar para tirar Snape de seus pensamentos. Então decidiu enviar uma carta para sua amiga e medibruxa de seu filho Fernanda Wood, afinal precisava de se distrair de tudo aquilo.

 Olá, querida. Como vai? Espero que bem, e que Nina minha coruja não tenha a atrapalhado. 

Bem, estive pensando na nossa última conversa, e gostaria de saber se gostaria de passear com os meninos amanhã, ou tomarmos um café para bater papo o que acha? Amanhã às dez? 

    Um abraço. 

          Narcissa Malfoy

 

                       * * *

Era umas oito e meia da noite quando Fernanda chegou em casa exalta. - Mamãe! Mamãe! - Seu filho vinha correndo ao ver a mãe, que agachava para lhe abraçar. - Livinho meu filho, mamãe tava com tanta saudade! - Ela o abraçou o dando vários beijos. 

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