Décimo terceiro andar

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  Quinta, 26 de Novembro 1981

O último sábado vinte de novembro foi sem dúvida um dos mais cansativos para Severus Snape. Após acordar às quatro horas daquela manhã, cuidar brevemente de Harry, juntamente com Papoula e Minerva. Ele ainda teria de ir até sua agora, antiga casa. Achou que daria conta de tudo rapidamente, mas foi bem diferente do que imaginava, agradeceu mentalmente por Minerva ter insistido para ir junto com ele. Óbvio que não revelou isso a ela.

Sábado, 21 de Novembro 1981

Quando chegou na rua da Fiação, número oito. Viu várias cartas esmagadas na caixa do correio. Retirou-as, a maioria eram propagandas. E algumas eram de sua mãe Eileen Prince.
     A casa de Snape estava no nome de seu falecido pai trouxa, mas agora sua mãe a herdará. Porém ela deixou de morar lá há uns três anos.
  E Snape desde que decidiu se juntar a Dumblodore, mal comparecia ao local. Então a casa estava praticamente abandonada, às margaridas que nasciam no pequeno pedaço de terra que sua mãe chamava de jardim já não sobreviviam mais, do verde e bem cuidado, passou a ser somente galhos secos e cinzentos.

Ao entrar mesmo que fosse por volta das onze da manhã, de um fim de outono, só se via escuridão. A casa estava completamente fechada.

- Então é verdade o que dizem! - Exclamou Minerva.

Snape acendeu a luz com o feitiço e entrou.

- Como? -

- Ora, que Severus Snape é um morcego nas horas vagas? - Ela ria da cara do bruxo. Que bufava revirando os olhos.

- "Ra ra" nem comece se não eu...-

- Se não...

- Ah vá, você está aqui para me ajudar certo?! - Ele a olhou desafiadoramente. Continuou -  Então comece, veja se tem algo que lhe agrade.  -

Indo em direção a estante de livros, ele os tirou com a varinha um por um, limpando os com um toque. Enquanto Minerva limpava a mesa de centro da mesma forma.

- Como pretende transporta-los? -

- Tem seis malas gigantes, no quarto a direita. A casa é pequena impossível não achar. -

- Ok?! - Minerva se retirou e voltou com as malas flutuando. Coloco-as no chão aberta próximo a mesa já completamente cheias de livros empilhados. Quando iria ajudá-lo...

- Nem ouse! Procure algo que lhe interesse. Vá dê uma olhada. Não pretendo levar nada além do que meus livros e... - Snape viu que Minerva havia entrado no quarto novamente e se calou ao ver que iria falar para as paredes.

Diferente das casas bruxas a casa de Eileen Prince não possuía nenhum quadro, era básica como uma casa trouxa, já que seu falecido marido não era um bruxo.

Para Severo as únicas coisas que lhe importavam na casa eram os seus livros e algumas roupas, mas essas já estavam em Hogwarts.

Assim que terminou de fazer as malas somente de livros, com extremo cuidado. Snape esvaziou todas as gavetas, e limpou os móveis. E agradeceu aos céus por existir magia, se não com certeza estaria mais cansado, do que pudesse imaginar.

Agora levemente morto no sofá, viu que Minerva o olhava, parada na porta do quarto.

- Então achou algo? -

- Uma escrivaninha acredito fazer um bom uso dela, e vi um cavalete, no quarto dos fundos alguns materiais, acredito que Pom ...digo Madame Pomfrey irá gostar. -

- Vocês tem ficado muito juntas não é?! - Snape disse levantando do sofá velho cor de vinho encardido, e indo em direção a pequena cozinha.

- Sim, não é fácil cuidar de Harry sozinha você verá isso. - Ela o seguiu e viu que ele retirava os utensílios de cozinha dos armários, flutuavam panelas e pratos para a mesa para as caixas vazias.

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