Pontada no coração

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Sábado, 05 de Dezembro 1981

- Meu Merlin, quinze para meio-dia já - Disse Pomfrey olhando seu relógio de pulso, enquanto via Minerva colocar mais um livro na cestinha da Floreios e Borrões.

- E acabou que nem escolhemos nada para Rubéo ainda. - Ela disse olhando a cestinha e rindo para Pomfrey.

- Pois é né, acho que alguém perdeu o foco não é?! - Papoula, pois a mão na cintura.

- Querida vou pagar, aí gente procura outra coisa, afinal acho Snape deve ter comprado algum livro mesmo?! - Macgonagoll disse ao ver o rosto de preocupação da amada. - O que acha de procurarmos algo diferente? -

- Tudo bem. - Papoula olhou em volta, tinha algumas poucas pessoas no fundo olhando alguns lançamentos. Viu uma escada giratória. - Enquanto você paga vou ao banheiro, lá em cima. - Ela apontou.

- Ok! - Minerva disse indo em direção ao caixa.




Já descendo as escadas após esbarrarem com Narcissa e a amiga, Minerva e Pomfrey seguiram pelas ruas brancas de neve do Beco Diagonal, novamente em busca do presente de Hagrid.

Passaram o resto da tarde, indo de loja em loja. Conversando e rindo de se mesmas cheias de sacolas, mas ainda sem o presente do bruxo. Até que...

- É isso! Como a gente não pensou antes... - Minerva parou subitamente em frente ao Três Vassouras.

- O que? Vamos dar um barril de vinho? - Pomfrey riu.

- Exatamente! Aí a gente pode criar uma alça, para parecer uma caneca de chopp -

- Você tá de brincadeira né? Mas como vamos levar isso? Minie?! -

- A gente dá um jeito?! - Deu uma olhada em volta vendo um bruxo meio suspeito na rua, com um carrinho de aço vazio. - Ei, você quanto quer pelo carrinho? -

- Três Nuques! - Disse o homem careca mal trapilho.

- Nossa isso tudo? - Remungou para ele

- É pegar ou largar Madame?! - Ele fez menção de continuar andando.

- Aqui está. - Ela revirou os bolsos entregando ao homem e pegou o carrinho.

- Agora, vai ter que piscar para Rosmerta para convence-la a nos vender um barril?! - Minerva disse rindo para a bruxa.

- Isso é fácil, vai por mim quando ela souber que é para Hagrid, não vai pensar duas vezes em nos vender. E mesmo se eu piscasse ela iria achar que estou com um derrame?! - Pomfrey tentou piscar para ela e ambas caíram na gargalhada, e adentraram o bar.


Dito e feito, as bruxas comentaram com a dona do estabelecimento. Depois de algumas cervejas amanteigadas, e Madame Rosmerta concordou de bom grado, inclusive disse que conhecendo Hagrid como ela conhece, ele iria cair no choro quando visse a alça da caneca.

Às bruxas enrolaram mais um pouco lá, vendo que o local estava ficando cada vez mais cheio, quando se deram conta já eram sete de noite. E se quisessem aproveitar o dia seguinte teria de ir, enquanto estavam levimente sóbrias, mas não o suficiente para aparatarem. Logo elas se despediram de Madame Rosmerta, que saiu em meio a multidão para acompanha-las na porta dos fundos.

- Bem, então muito obrigada. Até amanhã! - As duas se despediram.

- Até! - Rosmerta disse, logo após dizer para um dos seus funcionários amarrarem bem o barril ao carrinho das duas.

E assim seguiram apé até a Estação de King's Cross, em meio a uma olhada esquisita e outra dos trouxas atravessaram a estação para a plataforma nove e meia. E compraram suas passagens e esperaram pelo expresso das oito de Hogwarts que não parou, mesmo com curta ausência dos alunos.

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