Capítulo 14

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Boa leitura! 

Ettore

—O que vocês estão fazendo aqui? —Rosno quando chego próximo ao meu carro e encontro os meus cunhados encostados nele. —Não acho que seja um bom momento para conversamos!

—Nós vamos com você! —O Vincenzo anuncia e eu ergo uma sobrancelha, intrigado. —A Antonella me pediu para vir com você e eles vieram juntos!

—Eu não preciso de babá! —Abro o porta malas do meu carro e jogo a minha bolsa lá dentro. —E tão pouco preciso dos três patetas me atrapalhando.

—Eu não sei o que houve com você, mas, a minha mulher está preocupada com o irmão mais velho, então, você gostando ou não da nossa presença nós vamos com você! —O Alessandro anuncia e abre a porta do passageiro se acomodando dentro o meu carro.

—Somos uma família, Ettore, se você tem um problema, todos nos temos um problema! —O Felipe dá uns tapinhas amistosos no meu ombro e toma um lugar no meu carro.

—A minha irmã está preocupada com você, Ettore, e as suas irmãs também! —O Vince me olha e eu suspiro resignado, eu sei que se não aceitar a companhia deles , terei que aceitar a companhia das minhas irmãs e eu não quero que elas corram riscos, apenas por isso não vou expulsar esses idiotas do meu carro.

—Vamos logo! —Entro no carro sendo seguido pelo Vincenzo e dou partida saindo da Villa Salvatore seguindo para Milão, onde eu sei que o Enrico mantem uma das suas casas de luta.

—Para onde estamos indo, exatamente? —O Felipe quebra o silencio depois de longos minutos. —E por que eu tenho a impressão que você deseja matar alguém?

—Estamos indo para Milão e eu quero matar o meu pai biológico! —Meus olhos permanecem fixos na estrada a minha frente, mas a minha mente não está em um bom lugar. A dor nos olhos da minha mãe ao contar que foi abandonada pelo homem que amava, tudo o que ela passou em seu cativeiro por anos por culpa dele, me fazem desejar mata-lo da forma mais dolorosa que existe, me faz querer tortura-lo por horas a fio até que ele implore por misericórdia. E ele nunca vai obter misericórdia vindo de mim, já que eu não sei o que isso significa. 

—Você está falando do seu tio Enrico? —O Vincenzo me olha pelo retrovisor interno do carro e eu apenas aceno com a cabeça confirmando. —Que merda, Ettore! Pode explicar direito o que está havendo? A minha irmã parecia preocupada e a Alessa estava tensa. O que descobriu?

—Eu não queria que nenhuma delas se envolvessem nisso! —Resmungo apertando com força o volante. —Se você fosse um homem esperto meteria um tiro no meio da minha testa agora.

—Por que eu faria isso? —O Vincenzo sorrir como se gostasse da ideia. Filho da puta!

—Para me afastar da sua irmã. Eu não gostaria de um homem como eu perto de nenhuma das minhas irmãs! —Minha sinceridade parece pega-lo de surpresa. —Eu não sou um homem bom e sabemos que a Antonella merece alguém melhor.

—Se você sabe disso porque não se afasta dela? —O Alessandro questiona me encarando confuso.

—Eu não conseguiria mesmo se quisesse, por isso eu disse para o Vincenzo me matar! —A mera menção da Antonella faz todos os pensamentos ruins evaporarem da minha mente. Aquela mulher me tem em suas mãos e sabe muito bem disso. —Enfim, como vocês estão me acompanhando, contra a minha vontade. —Faço uma careta. —É melhor saberem de uma vez o que o desgraçado fez.

Eu narro toda a história que a minha mãe me contou há poucas horas atrás e escondo apenas o fato de que a Donatella também é filha do Enrico. Os meus cunhados permanecem em silencio como se absorvessem os novos fatos dessa história que envolve a todos nós.

Quando eu os conheci, eu os odiei instantaneamente, nenhum deles me pareceu bom o suficiente para as minhas bonequinhas, mas com o tempo eu aprendi a suporta-los e o mais importante a respeita-los. Esses caras amam as minhas irmãs e posso ver que eles dariam a vida por elas.

—E você sabe onde exatamente, o seu pai está? —O Felipe me questiona e posso notar pela sua voz a sua irá. De todos os maridos das minhas irmãs, Felipe Black é o mais explosivo. —Precisamos de um plano para pega-lo.

—Ele é dono do clube de luta que você lutou e quase se matou, quando a Martina te deixou! —Ele me lança um olhar raivoso ao notar o meu sorriso.

—Se esse cara é um mafioso, entrar no clube para mata-lo não vai ser tão fácil! —O Alessandro comenta. —Felipe, porque você não liga para ele marca um encontro? Diz que quer voltar a lutar e que gostaria de encontra-lo em um lugar mais tranquilo para conversarem! —Olha rapidamente na direção do Alessandro e sorrio aprovando a sua estratégia. —Precisamos leva-lo ao nosso território, não ir até o dele.

—Podemos ligar para a Kill, com certeza ela tem o lugar ideal para arrancar as respostas do maldito! —O Vince parece tão furioso quanto os outros. E aí está algo que nós quatro temos em comum, o desejo por vingança, por tudo o que as minhas irmãs e a minha mãe passaram.

As próximas horas de viagem que seguiram giraram em torno de arquitetarmos um plano para capturar Enrico Valente.

Já no começo da noite chegamos a Milão e seguimos direto para a casa que a Kill nos emprestou para a emboscada. Até que não foi tão ruim ter a companhia dos meus cunhados, ainda não gosto de trabalhar em equipe, mas não posso negar que as ideias deles me ajudaram.

Mando uma mensagem para a Nella avisando que já chegamos à cidade e ela me responde quase que no mesmo instante com um "Volta logo! Amo você!". Porra! Eu não mereço essa mulher! Suas palavras aplacam um pouco da fúria que me consome nesse momento. 

Poucos minutos após a nossa chegada na casa, uma batida na porta me deixa em alerta. O maldito do meu pai biológico chegou.

Como planejado o Felipe vai abrir a porta e o Alessandro e o Vincenzo estão em lugares estratégicos prontos para derrubarem os guarda costas que, provavelmente estarão acompanhado o Enrico.

Escoro na parede alisando a lâmina da minha faca e sorrio quando vejo os dois capangas dele caírem desmaiados no chão após receberem uma coronhada cada um.

—Que merda é essa, Lobo? —A voz do Enrico soa fria e não tem qualquer vestígio de medo em sua voz e ele saca sua pistola apontando para o meu cunhado que se mantem de braços cruzados.

—Não queremos violência, viemos apenas conversar! —Saio das sombras e ele olha em minha direção e a posso ver em sua face que ele não sabe quem eu sou. —Olá papai... 





Quem acha que eles querem apenas conversar, diga eu! Hahaha 

Comentem e votem! 

Logo eu volto com mais! 


Ettore -Série Irmãos Valente (Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora