Boa leitura!
Ettore
Travo comigo uma batalha interna todas as vezes em que eu estou ao lado de Antonella Salvatore. Essa mulher mexe com cada fibra do meu ser, como mulher alguma fez antes.
Seu cheiro doce, sua voz, seu sorriso, seu corpo pequeno que se encaixa perfeitamente ao meu, tudo nela parece ter sido esculpido para mexer com a minha cabeça.
Ser indiferente a ela é sempre uma luta. Já fazem três anos desde que nos vimos pela primeira vez e desde então, eu não conseguir estar com outra mulher, é como se todos os meus desejos carnais só pudessem ser satisfeitos por Antonella. E mesmo que meus pensamentos me traiam e me façam imaginar como seria tê-la em meus braços, eu jamais o farei, porque sei dentro do meu âmago que se a tiver por uma noite, jamais a deixarei ir.
—Pode me ajudar a levar essas coisas para dentro? —Ela me olha receosa, apontando para os matérias no banco de trás do carro e só agora notei que chegamos em frente à mansão Salvatore, que tem sido a casa das minhas irmãs e da minha mãe desde que Alessa, uma das minhas irmãs, ficou noiva de Vincenzo Salvatore.
Saio do carro e abro a porta dos fundos pegando todas as coisas que estão no banco.
—Não precisa carregar tudo sozinho! —Ela toca o meu braço e uma onda de eletricidade percorre todo o meu corpo.
—Não é nada demais, menina! —Resmungo e marcho para dentro da mansão deixando para trás.
—Ettore! —A voz da Martina chega aos meus ouvidos e eu ergo a cabeça, encontrando-a sentada no sofá da sala com um pequeno pacotinho cor de rosa nos braços. —Não sabia que viria! —Ela caminha em minha direção com um sorriso largo nos lábios.
—Pode colocar na mesa, por favor! —A Antonella me avisa e eu me apresso para deixar todas as suas coisas na mesa e me volto para a minha irmã.
—Eu... Como você está? —Beijo sua testa quando ela se aproxima de mim e meus olhos descem para a garotinha que ressona tranquila em seus braços.
—Estamos muito bem! Estou feliz que esteja aqui! —Ela me sorrir. —Essa é a sua sobrinha Giovanna.
—Ela se parece com você, Tina... —Sussurro com receio de despertar a garotinha e uso a ponta dos meus dedos para tocar sua bochecha rosada. —Parabéns, é uma linda menina!
—Quer segurar a sua sobrinha?
—Posso? —Ela afirma com um aceno de cabeça e coloca a pequena em meus braços. Ela é tão pequenina que eu poderia segura-la apenas com uma mão.
Eu me lembro com exatidão o dia em que eu segurei cada uma das minhas irmãs em meus braços. Me lembro de com fiquei feliz em ser irmão mais velho, de ficar atrás da mamãe querendo ajudar com tudo.
Fico por um longo tempo contemplando a pequena em meus braços e juro silenciosamente que vou protege-la, como eu não fui capaz de fazer com a sua mãe e as suas tias. Eu sou capaz de matar cada homem que exista na Terra, derrubar tudo e todos para proteger a família que as minhas irmãs estão construindo, eu não mereço ser feliz, mas as minhas bonequinhas merecem toda a felicidade do mundo e não vou deixar que ninguém destrua isso.
—Acho que ela gostou do seu colo! —A Martina parece emocionada e eu a encaro.
—Você também adorava ficar no meu colo! —Comento e entrego a garotinha de volta aos braços da mãe. —O seu marido está cuidando bem de vocês? Sabe que qualquer problema basta me dizer, não é?
—O Felipe é perfeito, não tem o que se preocupar! —Ela sorri tranquila e posso pelos seus olhos que a Martina está feliz e isso é a única coisa que me importa.
—Onde está a mamãe?
—No centro da cidade com a Graziella, a Donatella voltou para casa dela, mas vem nesse fim de semana e a Alessa, está nos estábulos! —A Martina responde todas as minhas próximas perguntas. —Eu vou coloca-la na cama e você pode ir da um beijo na Alessa! —Ela beija meu rosto e sobe as escadas em direção aos quartos.
Olho ao redor e noto que estou sozinha na sala da mansão, suspiro longamente e saindo da mansão, indo em direção aos estábulos.
Quando me aproximo ouço as risadas da minha irmã e entro no lugar vendo-a se divertir com o Joseph Rossi. Não posso negar que sinto ciúmes da relação que ela construiu com ele, que algo doí em meu peito por saber que ela nunca vai ser assim comigo novamente. Mas, eu também sou grato ao Rossi por tudo o que ele fez por ela e pelas meninas. Ele cuidou delas quando eu estava longe.
—Ettore? —Ouço a voz surpresa da Alessa e me viro para olha-la, já que estava pronto para sair daqui. —Eu não achei que chegaria tão rápido.
—Eu disse que chegaria em algumas horas, Les! —Esfrego as minhas mãos uma na outra. —Olá, Rossi!
—Ettore, somos praticamente da mesma família, não precisa de todas essas formalidades! —O Rossi sorrir para mim e eu apenas aceno com a cabeça. — Vou deixar vocês dois conversarem. —Ele se volta para Alessa. —Lembra do que conversamos, está bem? Te amo, pequena! —Ele beija a testa dela.
—Também amo você! —Ela sussurra e desvio o rosto da cena a minha frente. Doí fisicamente não ter mais o amor da minha irmãzinha. De todos os castigos que recebi por ter indo embora, ter pedido o amor da minha irmã foi o pior deles. —Conheceu a Giovanna?
—Ela é linda! A cara da Martina quando era bebê! —Comento e sorrio amarelo. —E como você está?
—Muito bem e você? —Me surpreendo com a pergunta, desde que eu voltei a Alessa não fala comigo a não ser para me acusar e expor todas as suas magoas, a única vez em que ela falou comigo sem tanta frieza foi quando ela em ligou na noite passada e me pediu para vir.
—Eu estou bem, como pode ver! —Me aproximo dela e dou um beijo demorado na sua testa e sinto seus braços se apertarem em volta da minha cintura e eu retribuo o abraço, apertando-a contra o meu peito.
—Eu...—Sua voz fica embargada e sinto suas lagrimas molharem a minha camisa.
—Shiu! Eu estou aqui, Les. Está acontecendo algo? Pode me dizer o motivo dessas lagrimas? O que quer que seja eu vou resolver. —Minha voz é carregada de carinho e eu só consigo ser assim com as minhas irmãs, meus sobrinhos e a minha mãe. —Se não me disser o que está acontecendo eu não posso ajudar... —Me sinto agoniado e seu choro se torna mais forte e eu a aperto com mais força.
—Eu não... não... Eu senti a sua falta maninho! —Ela confessa me apertando mais contra si e isso em faz lembrar da Alessa criança.
—Eu estou aqui, Les. Não vou a lugar algum! —Faço ela me olhar e limpo suas lagrimas e posso ver em seus olhos que ela ainda não confia em mim e eu vou fazer de tudo para recuperar a confiança da minha irmã. —Eu prometo nunca mais deixa-la. Nem você, nem as nossas irmãs, nem a mamãe.
E eu vou cumprir essa promessa a qualquer custo.
O Ettore é um cara tão legal, pena ele ser tão fechado.
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Até breve.
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Ettore -Série Irmãos Valente (Livro 4)
RomansaQuatro irmãos que foram obrigados a viverem separados para se manterem a salvo. Apesar de distante eles são capazes de tudo para protegerem uns aos outros. Os irmãos Valente fazem de tudo um pelo o outro. Os irmãos Valente não tem medo. Um por todos...