Capítulo 23

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Quero desejar a vocês um feliz ano novo, muita saúde, prosperidade e paz. Quero agradecer a todos por me acompanharem aqui e nas minhas outras redes, pelo apoio e paciência. Em 2023 eu pretendo continuar as minhas histórias, vem aí novos romances, novos personagens, novas aventuras. Meu muito obrigada e espero ter vocês ao meu lado por mais um ano.

Boa leitura

Antonella

Dois meses. Sessenta e um dias. Mil quatrocentos e sessenta horas. Oitenta e sete mil e seiscentos minutos. É o exato tempo que eu estou sem vê-lo, sem saber notícias dele, sentir seu cheiro, sem ouvir a sua voz. A saudade vem me corroendo dia após dia.

Tento manter a minha mente sã dentro de mausoléu que só tornou o meu inferno particular. O Franco é um monstro, não achei que pudesse existir alguém tão cruel como ele, ele tem prazer em me tortura psicologicamente todos dos dias, fazendo ameaças veladas a minha família e ao homem que eu amo e todas as vezes em eu respondo sou tranca nesse quarto sem água ou comida. Eu rezo todos os dias para que a minha família possa me ajudar, já que eu não tenho permissão para falar com nenhum deles.

—Nella? —A voz do Mariano ecoa do outro lado da enorme porta de madeira, do quarto em que estou pressa há dois dias. —Desculpa não ter vindo antes, o desgraçado do Franco me mandou para longe. Como você está?

Olho para porta, fraca demais para me levantar e fecho os olhos procurando forças para responde-lo. Me sinto debilitada, com fome e sede.

—Viva! —Minha voz não passa de um mero sussurro e ouço a porta ser destrancada e o Mariano passa por ela, me encontrando sentada no chão, já que nesse quarto não tem cama, aliás, não tem móvel alguém, apenas as paredes brancas e um banheiro imundo. —Não devia entrar aqui, ele vai mata-lo.

—O Franco está indisponível no momento! —Ele fecha a porta e caminha até mim e me oferece uma garrafa de água, que eu aceito prontamente, bebendo todo liquido de uma vez só. —Antonella, se quiser eu te ajudo fugir, esse louco vai matar você aos poucos.

—Não vai! —Digo com lagrimas nos olhos e o Mariano me oferece um sanduiche e eu choro em gratidão. —Obrigada! Muito obrigada! —Ficamos os dois em silencio quando eu como. E sinto que o Mariano está mais tenso do que o normal. —Mariano, o que está havendo?

—O Ettore quase matou o Franco nessa noite! —Ele diz de repente e eu sinto todo meu corpo tenso. —Eu temo as consequências disso para você!

—O Ettore está bem? —Pergunto ignorando qualquer outra coisa, a única coisa que me importa é que ele esteja bem.

—Eu não entendo como uma mulher boa como você, pode amar um cara como o Death! —Ele resmunga empertigado. —Olha tudo o que você está passando por causa dele. Antonella, homens como o Ettore, não merecem serem salvos.

—Mariano, ele é bom! Eu sei de todas as coisas que ele já fez na vida, mas eu posso assegurar que ele é bom! O Ettore fez de tudo pelas irmãs dele. —Limpo uma lagrima que escorre por minha face.—Me diz que ele está bem? Eu pedi a todos que o mantivesse fora disso! Que droga!

—Ele está bem, aquele bastardo é vaso ruim de quebrar! —Ele sorrir para me tranquilizar. —Você me lembra a minha irmã caçula, ele via bondade em todos. Era a luz da minha vida.

—O que houve com ela? —Pergunto, mas acho que sei a resposta, a dor em sua voz ao mencionar a irmão, me aperta o peito.

—Foi sequestrada pelo quadrilha do  Franco e está morta! —Sua voz soa quebrada e eu me levanto abraçando-o com força. —Eu vou não deixar o mesmo acontecer com você, Nella. O Joseph, o Pietro e eu, estamos tentando encontrar essas provas que o Franco tem contra a sua família.

—Todos estão bem? A minha mãe, o meu irmão? —Me afasto dele e ela acena com a cabeça confirmando. —Pode me emprestar o seu celular? Quero ligar para o meu irmão.

—Claro! —Ele retira um aparelho do bolso e me entrega. —Esse é um telefone pré-pago, não rastreável, você pode ficar com ele, mantenha-o sempre bem escondido e qualquer coisa basta me ligar, meu número está em seus contatos de emergência.

—Obrigada, Mariano, eu nunca poderei agradece-lo o suficiente! —Seguro o celular como se fosse a minha salvação e beijo o rosto do meu mais novo amigo. Eu não sei o que seria de mim sem a ajuda do Mariano, a companhia dele impede que eu enlouqueça aqui. Espero poder agradecer o Joseph em breve por dar um jeito de cuidar de mim mesmo que de longe. 

—Apenas fique viva! —Ela beija a minha testa sai do quarto me deixando sozinha mais uma vez.

Olho para o aparelho em minhas mãos e meus dedos ganham vida própria e antes que eu possa me controlar, eu disco o numero do homem que eu amo, ansiando ouvir sua voz.

—Alô —A voz grave ecoa do outro lado do telefone e eu permaneço em silencio, sentindo meu coração errar as batidas. —Quem é? Acho bom responder logo, se não quiser ganhar uma passagem direto para o inferno. —Um soluço escapa da minha garganta. —Coelhinha? Antonella é você? —Sua voz soa urgente e eu encaro o telefone em minhas mãos e desligo.

Meu choro se torna mais forte e sinto um enjoo me atingir com força, enquanto o telefone vibrar incessantemente ao meu lado. Corro para o banheiro e vomitando tudo o que estava em meu estomago. Me sento no chão sentindo meu corpo tremulo e minha cabeça girando. Esses enjoos estão se tornando cada vez mais frequentes nessas ultimas semanas.

De repente o mundo para e uma certeza me atinge como um raio. Faço as contas e tento me recordar da ultima vez em que eu menstruei e isso foi há mais de dois meses.

—Eu estou gravida! —Sussurro tocando meu ventre que não tem qualquer sinal que um bebê cresce nele. Mas, algo em meu coração me diz, que um fruto do meu amor e do Ettore, cresce em mim.

Com essa constatação nasce um novo medo, medo por mim e por meu filho, medo pelo homem que eu amo e pai do meu bebê. Eu preciso sair dessa! Eu preciso encontrar uma saída. 




O que acharam do capitulo de hoje? Querem mais um capitulo para começarmos o ano com chave de ouro! 

Comentem e votem! 

Volto mais tarde com mais! 

Ettore -Série Irmãos Valente (Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora