Boa leitura!
Ettore
Minha cabeça me trai dizendo que aquela ligação foi um engano, mas meu coração gritar que era ela do outro lado da linha. Era ela, Antonella. Mas, o que ela queria? Por que não disse nada? As perguntas rodam a minha cabeça me deixando tonto. Eu não sei o que pensar, as palavras delas na nossa ultima conversa se misturam com os últimos acontecimentos e eu não sei mais em que acreditar. Sinto que tem algo que eu deixei passar, que existe algo escondido e sinto que as minhas irmãs sabem o que está havendo.
—Finalmente, você saiu desse lugar! —A voz do Enrico em faz virar bruscamente e lá está de pé atrás de mim, vestido seu terno escuro com aquele ar de dono do mundo. —Está se matando assim por causa de uma mulher, meu filho? —Não sei se foi a forma desdenhosa com que ele se referiu a Antonella ou o fato dele me chamar de filho, que me fez sangue ferver em minhas veias e eu partir para cima dele, segurando-o pelo blazer.
—Cuidado com suas palavras, Enrico! —Rosno e ele apenas me encara sem demonstrar qualquer emoção. —Não espero que você entenda sobre sentimentos, já que não os tem. Agora some da minha frente!
—Um dos assassinos mais temidos da Itália, falando sobre sentimentos? —Ele rir com escarnio e eu preciso de todo o meu alto controle para não o matar nesse instante apenas para tirar esse sorrisinho do seu rosto.
—Enrico, a minha cabeça não está em um bom lugar e não me faça mata-lo, não quero magoar a Donna mais do que já fiz, matando o outro pai dela! —Me afasto dele puxando os meus cabelos.
—A minha filha só tem pai e esse homem sou eu! —Ele diz entre dentes e eu nego com a cabeça sem saco para discutir esse assunto com ele. —E eu também sou seu pai, Ettore, posso te ajudar a salvar a garota!
—Aquela garota é a minha mulher e eu não quero a sua maldita ajuda! —Acendo um cigarro sentindo a fumaça aquecer meus pulmões.
—Eu não abandonei a sua mãe e a você, eu sequer sabia que era meu filho até aquela noite! —Ele para ao meu lado e sua voz é quebrada como se ele sentisse dor. —Pode não acreditar em mim, mas desde que soube que você e a Donna eram meus filhos, eu os amei. —Dou uma risada amarga.
—Acabou com a conversinha sentimental? —Olho para ele com desdém e ele sorrir com tristeza, mas antes que possa dizer algo as minhas irmãs se aproximam de nós. —Eu vou levar as três para casa e matar os maridos de vocês deixarem vocês se colocarem em perigo assim.
—Tio Enrico! —A Alessa acena com a cabeça de longe e me encara altiva. —Desde quando um homem manda em mim? O Vince é meu futuro marido, não meu dono!
—Tio! —A Donna passar por mim e se joga nos braços do maldito do nosso pai biológico e vejo como ele fica emocionado pelo abraço. —Você não deveria estar em um ambiente como esse, ainda está se recuperando!
—Eu estou bem pequenina! —Ele beija sua testa e ela revira os olhos.
—O tio tem a casca dura, não vai ser um infarto que vai mata-lo! —A Tina diz sorrindo e o abraça também. —Mas, a Donna tem razão em dizer que você precisa ser mais cauteloso, tio.
—Vocês se preocupam demais comigo, eu estou bem! —Ele resmunga, mas noto como gosta dessa atenção vinda delas. —Quem não está é o irmão de vocês! Falando nisso, o que vocês vieram fazer aqui e porque tem sague nas roupas de vocês?
—Viemos buscar o idiota do Ettore! —A Alessa diz irritada mexendo em seus cabelos escuros e posso notar os primeiros sinais da sua barriga aparecendo e me chuto mentalmente, por ter esquecido da sua gravidez.
—Les, você não pode se irritar e nem ficar preocupada! —Puxo-a para os meus braços fazendo um leve carinho na sua barriga. —Eu não me perdoaria se acontecesse algo com o seu bebê por minha causa.
—Meu bebê está bem, ele tem o sangue ruim dos Valente! —Ela diz sorridente e eu beijo sua testa. —O que faz aqui, Tio Enrico? —Ela se vira para ele que tem ruga na testa.
—Você está gravida e está em um ambiente como esse, Alessa? —Ele diz muito bravo, pegando a todos nós de surpresa. —Eu devia dar uma lição no seu noivo por deixa-los desprotegidos assim! As três não deviam estar aqui, entendem como um lugar com esse é perigoso? O risco que estão correndo estando expostas assim?
—Francamente, não notou ainda, Titio, que o perigo somos nós? —A Martina diz arrogante. —Todos aqui temem as irmãs Valente, graças ao senhor que nos transformou em maquinas de matar!
—O que eu ensinei foi para vocês saberem se defender! —Ele empertigado e puxa os próprios cabelos. Fico observando-o, enquanto ele dá seu sermão direcionados as minhas irmãs, como somos parecidos, o jeito de mexer no cabelo quando estamos irritados, as mãos gesticulando enquanto fala. —Vamos sair daqui! —Ele decreta e elas apenas reviram os olhos indo para o carro. —Você vai? —Ele me olha nos olhos.
—Sim! Não confio em você perto delas! —Caminho até a minha moto e subindo nela, seguindo o carro das meninas, sendo seguido pelo Enrico logo atrás de mim.
Chegamos todos a casa da Martina. Ela mora em Milão junto com o marido e a filha. Eu escolhi permanecer na cidade porque sinto que de alguma forma estaria perto da Antonella, já que até onde eu apurei ela mora aqui com Franco. Assim, que entramos na casa começa um alvoroço com as minhas irmãs e seus respectivos maridos, pelo jeito ela saíram sem avisar e eles já estavam prontos para irem atrás delas.
Me afasto deles e sigo para cozinha e paro no lugar ouvindo sem querer uma conversar entre o Joseph e a Graziella.
—Você me pede para ficar de braços cruzados, sabendo que a minha está sofrendo, Joseph? —A Graziella parece estar a ponto de explodir e eu sinto um aperto no peito ao ouvis suas palavras.
—Principessa, se tomarmos qualquer atitude impensada, quem irá sofrer as consequências é a Nella! —O Joseph diz carinhoso e eu fico surpreso, eu só vi agindo assim com a Alessa. —E o meu informante deixou claro que ela não vai fugir, a Antonella é cabeça dura!
—E vamos ficar de mãos atadas até quando? O Ettore não é um assassino? Por que ele não mata esse desgraçado logo e acaba com todo esse sofrimento? —Ela diz irritada andando de um lado para o outro. —Ele devia estar aqui porra, esconder as coisas dele só vai fazer a minha filha sofrer mais!
—A decisão foi da Antonella, ela não quer um banho de sangue e quer proteger o homem que ela ama! —Ele suspira irritado. —Acha que não quero tira-la daquele lugar, Graziella? São semanas sem dormir tentando encontrar o aliado do Franco e tirar esse maldito dossiê as mãos dele.
—Vocês vão me contar a verdade agora ou terei que consegui-la à minha maneira, Joseph? —Entro na cozinha e os dois me encaram com os olhos arregalados. —Que dossiê é esse?
—Não é da sua conta, Ettore. —Ele diz irritada e troca um olhar com a Graziella. —O que faz aqui?
—Tudo o que envolve a Antonella é dá minha conta! —Rosno avançando sobre ele, mas sou barrado pela Graziella que se coloca a frente dele. —O que todos vocês parecem estar me escondendo?
—Joseph ele precisa saber! —A Graziella olha para ele e depois para mim. —Há dois a Antonella foi ameaçada por um homem chamado Franco, ele queria vingança contra a nossa família, mas principalmente, contra você, Ettore, ele deu um ultimato a minha filha, se ela não abandonasse você e ficasse com ele, ele iria entregar um dossiê que incrimina você, as suas irmãs, o Demon e o Joseph, a polícia e que mataria vocês quando estivessem lá. —Ela continua contando como tudo aconteceu e eu sinto minha cabeça girar e o chão abrir abaixo dos meus pés.
A Antonella tem se sacrificado por mim?
Finalmente ele descobriu a verdade. O que acham que o Ettore vai fazer agora?
Comentem e votem!
Até amanhã.
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Ettore -Série Irmãos Valente (Livro 4)
RomanceQuatro irmãos que foram obrigados a viverem separados para se manterem a salvo. Apesar de distante eles são capazes de tudo para protegerem uns aos outros. Os irmãos Valente fazem de tudo um pelo o outro. Os irmãos Valente não tem medo. Um por todos...