Boa leitura!
AntonellaDepois de refazer o curativo e suturar novamente o ferimento a Atena acabou pegando no sono por conta dos analgésicos que o medico passou. O silencio na sala de estar é agonizante, todos com os pensamentos imersos nas confissões ouvidas aqui há alguns minutos. Quanto mais do passado a Atena releva mais terrível ele se torna, ela não é o do tipo que se abre com facilidade, as poucas vezes em que a vi sem sua armadura foi quando as coisas saíram do controle dela.
—Ela se parece comigo... —A Martina corta o silencio e a sua voz é carregada de dor. —Não só na aparência, mas a personalidade da Atena é igual a minha. Ela não é do tipo que fala ou demonstra suas emoções com facilidade. Sinto uma dor quase física em imaginar os horrores que ela viveu nas mãos do maldito do Franco.
—Ele a privou de ver os próprios filhos! Dio! Nem o Emiliano era tão ruim assim. —A Donatella diz perturbada e o Alessandro a conforta em seus braços. —Precisamos ajuda-la de alguma forma, a nossa irmã é uma menina ainda e tem que lidar com todos esses demônios sozinha.
—Aconteceram muitas coisas nos os últimos dias é fato, mas nada desestabilizou a Atena como a presença desse tal Mariano, foi como se ela não conseguisse esconder dele os sentimentos dela. Eu acho que a nossa irmã é apaixonada por ele. —A Alessa suspira pensativa. —Pelo pouco que ouvimos essa tarde a história dos dois é complicada, precisamos descobrir quem é o Mariano e o que aconteceu entre ele e a Atena.
—O Franco matou toda a da família do Mariano e ele jurou se vingar um dia, por isso ele trabalhava para o Franco. —Comento e todos se voltam ara mim curiosos. —O Mariano me ajudou muito nos meses em que estive nas mãos do Franco e nós dois tínhamos longas conversar e em um desses momentos ele me contou brevemente a sua história, porém, nunca mencionou a Atena. —Me aconchego nos braços do Ettore. —E eu estive nos mesmos ambientes que os dois algumas vezes e sempre houve uma tensão entre os dois, mas eles nunca trocaram mais do que algumas palavras.
—Eu não gosto desse cara. Meu desejo era meter uma bala no meio da testa dele por falar daquela forma com a minha irmã. —O Ettore diz irritado e eu sabia que ele iria reagir dessa forma, o instinto protetor dele com as irmãs o impede de olhar as situações imparcialmente. —Ele agiu como se a Atena fosse um monstro, por mim ele nem chegaria perto dela ou dos meus sobrinhos outra vez.
—Eu concordo com o Ettore! —O Vincenzo se pronuncia pela primeira vez e aí está outro que tem um instinto super protetor quando se fala das irmãs Valente. O meu irmão é mais do que um cunhado para elas, eu diria que ele é a figura paterna mais próxima que elas têm, depois do Ettore. — O que devemos fazer é voltar para Vila Salvatore com a Atena e as crianças, lá os três estarão sob a minha proteção e a do Ettore, e se o Mariano tentar chegar perto outra vez damos um jeito nele.
—Isso tem que ser uma decisão da Atena, ficou mais do que claro que se ela o quisesse morto já o teria feito. A menina não parece se abalar facilmente. —É a vez do Felipe expor sua opinião. —Como a minha baby disse, as duas são muito parecidas e por experencia própria ela não vai deixar ninguém ditar regras na vida dela.
—E devemos levar em consideração a versão dos fatos pela ótica do Mariano. Eu não quero defender as atitudes dele, mas não posso deixar de compadecer pelos sentimentos dele. Ficar anos sem saber que tem um filho, ser privado de acompanhar seu crescimento é devastador! —As palavras do Alessandro parecem desagradar alguns. —Assim como, aconteceu comigo e com a Donatella, nenhum dos dois estão errados nessa história porque ambos tiveram seus motivos.
—Você só pode estar de brincadeira, Alessandro! —O Vincenzo pragueja irritado se levantando. —Não existe motivos para se abandonar uma mulher gravida dos seus filhos, porra!
—Ele não sabia da gravidez, isso ficou claro para todos nós! —Saio em defesa do Mariano. Me nego a acreditar que o rapaz que me ajudou por todos esses dias abandonou a Atena sem qualquer motivo.—Não acho que qualquer um de nós tenha o direito de julgar as ações dele ou dela. Todos aqui machucamos a pessoa que amávamos por conta de traumas e fantasmas do passado. Você fez isso com a Alessa, a Martina fez isso com Felipe, o Alessandro com a Donatella e eu e o Ettore feriamos um ao outro também.
—Por mais que me doa admitir a Nella e o Alessandro tem razão. Não podemos fazer nada além de apoiar a Atena em qualquer decisão que ela venha a tomar. —Alessa diz com pesar e se levanta abraçando o Vince. —Seremos a família que a Atena nunca teve e que tanto merece. Ela e os nossos sobrinhos receberam todo o amor e cuidado desse mundo. —Ela sussurra algo no ouvido o meu irmão e sua carranca se desfaz dando espaço para um sorriso. —Vamos partir para Verona no fim da tarde, então, comecem a arrumar suas tralhas. —Os dois sobem as escadas de mãos dadas e os outros casais fazem o mesmo em seguida, deixando apenas o Ettore e eu.
—Estou com saudades de casa! —Sussurro com a cabeça apoiada em seu peito ouvindo as batidas do coração dele. —Como vai ser quando estivermos lá? Não acho que posso dormir sem você.
—Nem eu poderia. —Seus lábios tocam a minha testa em um beijo carinhoso. —Não quero ficar longe de vocês um dia se quer. O que me diz de morarmos juntos? Eu ainda tenho a minha casa em Verona.
—Você está falando sério? —Ergo a cabeça fitando seus olhos azuis. — Ettore, morar com você seria um sonho e confesso que estava procurando as palavras certas para fazer esse mesmo convite a você.
—Isso é um sim? —Seus lábios descem para o meu pescoço e sinto meu corpo arder de desejo por ele, com esse simples gesto.
—Oh! Com certeza é um sim! —Sorrio feliz e minhas mãos acariciam seu peito forte. —Mas, poderíamos construir algo para nós na Vila Salvatore, o nosso bebê cresceria com as avós por perto, além do bebê da Alessa e o Rapha, os três seriam melhores amigos. —Minhas mãos exploram seu corpo por debaixo da sua camisa e um gemido rouco escapa por sua garganta. —E sem contar que todo o resto da família está sempre por lá.
—Seus argumentos são muito bons... —Sua voz rouca denota o seu desejo e isso me faz sorrir. —Pode continuar a me convencer no quarto, o que me diz, futura senhora Valente? —Ele se levanta e pega no colo.
—Que você tem ótimas ideias, senhor futuro marido. —Sorrio passando os braços envolta do seu pescoço. —Tenho muitos assuntos para discutirmos e eu acho que posso persuadi-lo a fazer as coisas como eu desejo.
—Com certeza você pode! —Ele sobe as escadas comigo em seus braços. —Sou um eterno escravo de todos seus desejos, Antonella.
—A é? Veremos se vai realizar todos os meus desejos no quarto. —Provoco e ele devora os meus lábios em um beijo ardente e apaixonado, deixando claro que me deixará completamente satisfeita.
Estamos próximos ao fim, faltam poucos capítulos e não quero que acabe hahaha!
Logo teremos casamentos!!!! ❤️❤️❤️
Comentem e votem!
Até sexta!
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Ettore -Série Irmãos Valente (Livro 4)
RomansaQuatro irmãos que foram obrigados a viverem separados para se manterem a salvo. Apesar de distante eles são capazes de tudo para protegerem uns aos outros. Os irmãos Valente fazem de tudo um pelo o outro. Os irmãos Valente não tem medo. Um por todos...