CAPÍTULO 09

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Proibição

Zeynep e Narin ficam conversando sobre o que aconteceu toda a tarde até que a Sra Gonul chama as duas para o jantar. Narin senta à mesa sem conseguir levantar os olhos, Ömer não tira os olhos dela. Sr Ekin percebe que algo aconteceu, assim que eles acabam de jantar, Sr Ekin chama Ömer para conversar.
- O que está acontecendo, já houve algo entre você e Narin? - Sr Ekin pergunta furioso.
- Não foi nada demais, eu só beijei ela. - A confissão de Ömer deixou Sr Ekin irritado.
- Você ficou louco? Murat me falou sobre a conversa que vocês tiveram, ele deixou claro que não quer que você toque nela antes da formatura. Eu não quero problema com ele, fique longe dela. - As palavras do Sr Ekin mostram o quanto ele está irritado com a atitude do filho.
- Eu pedi autorização para assumir minha posição como marido dela, ele me negou. - A justificativa de Ömer deixa o pai mais irritado.
- Então obedeça, não toque nela, senão eu mesmo acabo com sua raça. Você me entendeu seu moleque!? - A ameaça do Sr Ekin não intimidou Ömer.
- Entendi pai. - Ömer sai com muita raiva da proibição.
No dia seguinte, terá no vilarejo, próximo à casa de campo, uma festa para comemorar a chegada da primavera, todos se preparam para ir. Ömer combina com Ferit uma forma de ficar a sós com Narin. Enquanto isso, Narin pede a Zeynep para não sair do lado dela, com receio de Ömer chegar perto. Ferit se aproxima de Zeynep e prende ela em uma conversa, com o objetivo de deixar Narin vulnerável para Ömer se aproximar dela, ele chega perto de Narin e a pega pela mão e sai arrastando sem que seus pais e Zeynep vejam.
- Me solta, para onde está me levando, não quero ir? - Narin pergunta olhando em volta procurando os sogros ou Zeynep.
- Precisamos conversar. - Ömer fala andando o mais rápido possível, para se afastar dos outros.
Quando eles chegam em um jardim com bancos de madeira, Narin fica com medo, pois o lugar é isolado.
- Está bem, você quer conversar, não precisa ser aqui, vamos voltar, não quero ficar aqui sozinha com você. - O protesto de Narin mostra o quanto ela está desconfortável com a aproximação dele.
- Não, aqui será melhor. - Ömer ignora o protesto de Narin.
- O que vai fazer comigo? Não se atreva a me tocar. - Narin protesta tentando se afastar de Ömer.
- Está com medo de mim ou com medo de não resistir, sei que gostou muito do meu beijo, nem tente negar. - Ömer brinca com a insegurança de Narin.
- Você é um imbecil, um idiota, eu não gostei. - Narin nega na intenção de convencer Ömer.
- Está tentando convencer a mim ou a você? - Ömer pergunta com um sorriso malicioso nos lábios.
- O que você quer? Diz logo, eu quero voltar. - Narin muda de assunto tentando se afastar de Ömer.
- Estou apaixonado por você e... - Ömer não tem tempo de concluir a frase.
- Não brinca comigo Ömer, eu não quero ouvir isso. - Narin se nega a ouvir colocando as mãos nos ouvidos.
Neste momento, Ömer se aproxima e a abraça, Narin paralisa sem saber o que fazer com aquele comportamento de Ömer.
- Estou louco por você, será que não percebeu? - Ömer se declara colando o nariz no pescoço de Narin.
Aquela atitude de Ömer faz todos os pelos do corpo de Narin se arrepiar, ela não consegue resistir àquele contato, e geme baixinho.
- Seu cheiro é muito bom. - Ömer sussurra no ouvido de Narin roçando a barba no pescoço dela.
- Para por favor. - Narin pede com a voz arrastada sem força para resistir.
- Admite que gosta de mim também, seu gemido já diz tudo - Ömer murmura colocando seus lábios nos lábios de Narin.
Narin não consegue resistir e o abraça como se fosse um bote que salvaria sua vida. Eles se perdem nos beijos, ficam namorando, não percebem que as horas passam, Ömer interrompe o beijo e fica olhando nos olhos de Narin.
- Você é minha Narin, não vou deixar que nenhum outro homem chegue perto de você. - Ömer fala dando selinhos nos lábios de Narin.
- Você não está me enganando? - Narin pergunta com a voz embargada tentando conter o choro.
- Claro que não, eu tentei resistir ao que sentia por você. Na primeira vez que te vi, apesar de estar muito triste, a lembrança de seus lábios rosados e carnudos não saía da minha cabeça. Mas naquela época eu estava muito confuso com tudo o que estava acontecendo. Então me mantive distante. - As palavras de Ömer mostram verdade fazendo Narin acreditar nelas.
- E como será agora? - A pergunta de Narin da esperança a Ömer.
- Vamos ter que nos ver sempre às escondidas, meus pais não podem saber. - Ömer propõe sem conseguir tirar os olhos dos lábios de Narin.
- Mas por que, não somos casados? - Narin pergunta confusa com a situação.
- Eu conversei com seu tio sobre nós, mas ele não autorizou, em ficarmos juntos. - Ömer diz acariciando os cabelos de Narin.
- Por que não? - A pergunta de Narin mostra a confusão em sua mente.
- Porque seu tio Murat colocou uma cláusula no acordo do nosso casamento, eu só posso lhe tocar depois da formatura. - Ömer conta um dos motivos da proibição.
- Por que meu tio tem tanto poder sobre você e sua família? - Narin exige uma explicação.
- É complicado. - Ömer evita se aprofundar no assunto e olha o relógio. - Já está tarde temos que voltar, devem estar nos procurando. - Ömer pega Narin pela mão e vai em direção ao local onde estão os outros.
Ömer liga para Ferit para eles se encontrarem e o ajudar despistar os pais dele. Quando os quatro se encontram Narin e Zeynep voltam juntas e Ömer e Ferit ficam a distância observando elas, depois todos se encontram e voltam para casa. Narin e Ömer não conseguem parar de pensar no que viveram naquele dia.
Em seu quarto Narin conta para Zeynep tudo o que aconteceu com ela e Ömer, ela não se cabe de tanta felicidade. Zeynep conta que também deu uns beijos em Ferit, as duas riem feito bobas e depois acabam dormindo. Ömer e Ferit combinam uma estratégia para sempre ficar a sós com Narin. Ömer vai precisar da ajuda de Ferit e de Zeynep, para que o tio de Narin e os pais dele não fiquem sabendo de nada.
- Amanhã iremos fazer trilha, vamos levar elas e quando chegar perto do nosso lugar secreto, eu fico lá com Narin e você leva Zeynep para dar um passeio. - Ömer organiza um plano para ficar com Narin a sós.
- OK, mas e seus pais será que não vão desconfiar? - Ferit pergunta arqueando as sobrancelhas.
- Eu cuido dos meus pais, não se preocupe. - As palavras de Ömer mostram confiança.
O dia amanhece e todos tomam o café da manhã, Ömer aproveita que todos estão juntos, fala que eles vão fazer trilha, mas o pai de Ömer não está muito convencido, percebe que Ömer está tramando alguma coisa.
- Ömer venha comigo, quero falar com você. - Sr Ekin chama Ömer para conversar do lado de fora da casa.
- Sim pai. - Ömer responde revirando os olhos.
- O que você está tramando? Eu não sou bobo, você quer levar Narin para ficar sozinho com ela, não é isso? - Sr Ekin pergunta desconfiado da intenção do filho.
- Ela vai com a amiga, se o senhor não quiser ela pode ficar. - Ömer respira fundo e continua. - Mas não viemos aqui para sair da rotina de Istambul? A garota vai ficar entediada, só dentro de casa, não fará diferença em está aqui ou em Istambul, fará!? - Ömer faz as perguntas na intenção de convencer o pai.
- Certo, mas já lhe avisei, não toque nela, fui claro!? - Sr Ekin dá um ultimato ao filho.
Ömer afirma acenando com a cabeça, e vai falar com as meninas o que elas devem levar para fazer trilha e saem rumo à aventura deles.

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