CAPÍTULO 31

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Reencontro

 Narin fica pensando em tudo o que viveu, nos mais de seis anos, separada de Ömer. Muitas noites sem dormir, tentando esquecer Ömer. O divórcio, o ódio que sentiu por ele, tudo foi em vão.
💭 Como recuperar mais de seis anos de saudades e de sofrimento. 💭 - Os pensamentos de Narin a deixou inquieta.
  Então ela decide confrontar o tio.  Sr Murat está voltando para casa depois de finalizar uma missão na região, quando seu celular toca, na tela aparece o nome de Narin.
- Narin, o que aconteceu, você não liga, você está bem? - Sr Murat pergunta achando estranho a ligação dela.
- Preciso falar com o senhor agora. - Narin do informa em um tom autoritário.
- Estou indo para casa, mas passo aí primeiro, chego em uma hora. - Sr Murat desliga o celular mudando a direção para casa de Narin.
  Narin fica esperando o tio impaciente andando de um lado para o outro. Pensando como seu tio teve coragem de roubar seis anos da vida dela. Depois de uma hora, Sr Murat chega, Narin abriu a porta e mandou ele entrar.
- O que houve, por que me chamou aqui? - Sr Murat pergunta intrigado.
- Como o senhor pode roubar mais de seis anos da minha vida? - Narin pergunta cheia de ódio.
- Do que você está falando, Narin? - Sr Murat pergunta tentando entender a sobrinha.
- Ferit foi até o senhor contar a verdade sobre o acidente, mas o senhor continuou ameaçando o Ömer e a família dele? - Narin questiona quase gritando com o tio.
- Ele te fez sofrer, por isso que não o queria mais perto de você. - Sr Murat se justifica.
- Mas ele é inocente, eu fiquei mais de seis anos da minha vida, com raiva do homem que amo por sua causa. - Narin fala com as palavras carregadas de dor.
- Você não queria perdoar ele. - Sr Murat tenta amenizar sua culpa.
- Porque eu não sabia da verdade, será que o senhor não entendeu isso? - Narin pergunta esmurrando o peito do tio.
- Eu pensei que eles estavam mentindo, colocando a culpa em alguém que já estava morta, que não podia se defender. - Sr Murat diz segurando os braços de Narin.
- Que tipo de policial o senhor é, que nem se deu ao trabalho de investigar algo tão grave!!? - Narin questiona o tio sentindo uma angústia no peito.
- Me desculpe, Narin, mas eu não acreditei na ocasião, por isso não investiguei. - Sr Murat responde passando a mão nos cabelos, percebendo o grande erro que cometeu.
- Por sua causa, Ömer não voltou à Turquia, eu me divorciei dele, achando que ele era o assassino do meu pai. - Narin respira fundo para recuperar o fôlego e continua. - O senhor vai trazê-lo de volta, mesmo que ele não queira me vê nunca mais na vida. - Narin anda de um lado para o outro e volta a falar com o tio. - Esta semana mesmo o senhor vai trazer ele de volta. - Narin dá um ultimato ao tio.
- Tudo bem, eu faria isso, amanhã mesmo eu resolvo isso. - Sr Murat sai do apartamento de Narin se sentindo culpado pela infelicidade da sobrinha.  
  Sr Murat vai embora arrasado por ter causado tanto sofrimento a sobrinha. Sr Murat apesar de ser um policial temido pelos bandidos. Quando se trata de Narin, ele se torna o homem mais manso do mundo, porque ele a ama como uma filha e se sente responsável por ela. Depois da morte da Sra Özlem, ela é a única lembrança de sua irmã. Sr Murat percebeu que cometeu um grande erro tentando proteger a sobrinha. Narin fica imaginando mil coisas com a volta de Ömer.
💭 Ele já deve ter casado? Não me ama mais? Não quer voltar mais à Turquia? Se ele voltar, como será? Ele vai está com raiva de mim? Não vai nem querer olhar para mim!!? 💭 - Várias dúvidas invadia a mente de Narin.
  No dia seguinte pela manhã cedo, Sr Murat vai à mansão da família Korkmaz, para informar que Ömer pode voltar à Turquia. Sr Murat depois do grande erro que cometeu decidiu, nunca mais interferir na vida de Ömer e de Narin.  Ele dá uma desculpa de que a perícia provou que Ömer não teve culpa, foi realmente um acidente. Sr Ekin e Sra Gonul ficaram muito felizes, se apressaram em falar com Ömer, para ele voltar o mais rápido possível à Turquia. Dois dias depois, Ömer chega à Turquia. Narin está em um plantão e seu celular toca na tela aparece o nome de Zeynep.
- Narin, você está sabendo que Ömer já está na Turquia? - Zeynep pergunta receosa.
- Tio Murat me falou. - Narin responde com o coração acelerado.
- Você não vai vê ele? - Zeynep pergunta tentando encorajar a amiga.
- Para que? Ele não vai querer falar comigo, depois de todos esses anos separados. - Narin fala desesperançosa.
- Mas vocês teriam que, pelo menos, conversar, esclarecer as coisas, vocês merecem. - Zeynep incentiva Narin.
- Na verdade, eu tenho que pedir desculpas a ele, ou seja a toda a família, será difícil. - Narin concorda tentando criar coragem.
- Então por que não faz isso? - Zeynep insiste com Narin.
- Vou reunir coragem para ir até ele. - Narin promete e se despede de Zeynep.
  No final do dia, Narin reúne força e vai até a mansão da família Korkmaz. Quando chega ela fica na porta criando coragem, então ela bate na porta. Assim que a empregada abre a porta e Narin entra, Sra Gonul não acredita no que vê.
- Narin!! - Sra Gonul exclama emocionada com os olhos marejados de lágrimas.
- Mamãe como sentir sua falta. - Narin fala abraçando Sra Gonul, chorando e soluçando.
- Minha menina, que saudade de você meu amorzinho. - Sra Gonul seca as lágrimas e continua. - Entre, senta aqui, deixa eu te vê, você está mais lindinha. - Sra Gonul examina Narin emocionada.
- Me desculpe, só fiquei sabendo da verdade há uma semana atrás, eu fui muito dura com vocês. - Narin respira fundo tentando controlar o choro. - Eu não sabia que ele estava fora do país, por todo esse tempo por medo do meu tio. - Narin toma um pouco da água que a empregada da a ela e continua. - Eu sempre achei que ele ficou fora para não ser preso. - Narin confessa e volta a chorar.
- Na época você estava muito magoada. Eu lhe entendi, o que mais me doeu foi vê vocês dois sofrendo um longe do outro. Eu sentia meu coração se partir em milhões de pedaços quando falava com ele. As primeiras palavras dele eram "como está Narin?" Durante esses seis anos ele nunca deixou de perguntar por você. - A confissão da Sra Gonul fez Narin chorar mais.
- Realmente foi muito difícil, mas seguimos nossas vidas  Eu só vim me desculpar com vocês. Não sei se o Ömer vai aceitar minhas desculpas. - Narin diz receiosa.
- Vocês precisam conversar, ele está no quarto de vocês, quero dizer, que era de vocês, vai lá falar com ele. - Sra Gonul incentiva Narin.
  Narin segue em direção ao quarto com o coração acelerado. Aquele caminho trazia várias lembranças felizes que durante seis anos ela tentou esquecer. Narin para diante da porta do quarto, respirando fundo com a sensação de que as batidas de seu coração, eram ouvidas até o outro lado da mansão. Então ela tomou coragem e abriu a porta, seu coração quase parou quando viu Ömer.  Ele está de pé, encostado na janela, olhando para o lado de fora, com a camisa aberta.
💭Como ele podia ter ficado tão mais bonito, com a barba cheia, fechada, e com o rosto marcado de um homem mais maduro. 💭 - Sua mente consegue processar este pensamento antes de Narin paralisar.
  Narin ficou paralisada olhando para Ömer, ela não conseguia se mover. Ele por sua vez parecia estar em transe, seus olhos pareciam não acreditar no que via. Ömer andou devagar em direção a Narin, quando chegou perto tocou no rosto e nos cabelos dela como se quisesse ter certeza que ela era real. Narin continuava paralisada, mas seu rosto já estava banhado de lágrimas. Então ela conseguiu pronunciar apenas duas palavras
- Me perdoe. - Narin murmura entre soluços.
- Você é real? - Ömer pergunta em um sussurro.
  Ömer a abraça e a aperta contra seu peito, como se quisesse que eles se tornassem um só. As palavras não eram necessárias, o silêncio era suficiente para os dois, as batidas de seus corações falavam por eles.

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