28- Eu me caso com você!

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Jiang Cheng estava deitado num dos sofás de veludo azul escuro do salão sobre o peito de seu marido e observava seu bebezinho que havia começado a engatinhar, brincando com Lan Qing e as gêmeas.

Ele olhou para Wei Wuxian, grávido de cinco meses e sendo mimado pelo seu alfa e Mo XuanYu que cochilava no colo de Wen Ning em outro sofá e o alfa o segurava como se ele fosse a maior preciosidade da terra, assim como XiChen fazia com ele próprio, ele sempre fora segurado daquela forma pelo seu marido.

Eles eram seus filhotes, e estava com seu marido, que lhe fazia carinho enquanto ele apenas aproveitava o toque suave a cálido. O ômega não poderia ser mais feliz, mas houve uma época em que ele não sabia o que era felicidade, houve uma época em que ele só queria morrer e as lembranças dessa época ainda o assombrava em pesadelos quando tinha que dormir longe de Lan Huan.

🌙☁️🌙

Ele era levado pela mãe para uma cabana de aparência duvidosa, sendo puxado pelo pulso enquanto as unhas dela lhe machucava a pele.

_Mamãe, me solta por favor. – pedia o Jiang chorando. Ele sabia o que o esperava, já estava há mais de um ano vivendo esse inferno.

Jiang Yu simplesmente o colocava diante de alfas muito mais velhos que ele nos piores lugares possíveis, inclusive, dentro do próprio prostíbulo onde vivia, e deixava que os alfas o tocassem, e o obrigava a tocá-los, ensinando o que eles gostavam e a como trabalhar com a boca, já que ela queria vender a virgindade do filho quando ele fizesse catorze anos.

O garoto tinha pesadelos todas as noites. Ele quase não dormia, mal comia pois se lembrava do que tinha engolido quando estava com os alfas e a comida lhe dava ânsia. Estava definhando, cada vez mais magro, cada vez mais com o psicológico abalado.

Mãe e filho entraram na cabana e Jiang Cheng se viu diante de um alfa muito maior do que ele. Um metro e sessenta do ômega contra um metro e noventa e cinco do alfa.

_Ele é uma coisinha mirrada Yu, nem vai valer a pena a brincadeira. Você vai ter que me compensar depois.

_Claro senhor Xu. Ande A-Cheng.

Ela empurrou o filho para diante do alfa e ele fechou os olhos quando o homem começou a lhe abrir o hanfu.

_Se ele chorar, pode bater nele. Putas não choram e essa mania, já está me irritando.

_Ah eu não machucaria uma criatura tão frágil.

O homem cheirou Jiang Cheng no pescoço. O cheiro dele era inebriante, mas aquele dia estava mais e foi como beber da bebida mais forte e ficar bêbado em apenas um segundo e foi aí que tudo deu errado. O olhar do homem mudou e ele ficou insano de uma hora para outra e tomou Jiang Cheng pela cintura, o empurrando contra a parede. Yu, ao perceber que o alfa havia simplesmente entrado no hut apenas por sentir o cheiro dos feromônios do filho ficou revoltada. Como ela não havia percebido que ele era um ômega dominante? Ele roubaria tudo que era para ser dela se ele fosse vendido daquela forma.

Ela simplesmente virou de costas e falou:

_Me chame quando acabar.

A mulher não se importou com os gritos e pedidos de ajuda do filho e quando o alfa dormiu, ela entrou e pegou Jiang Cheng pelos cabelos e lhe deu um tapa.

_Seu merdinha! Olhe bem o que você provocou!

_Ele me machucou... Está doendo.

_A culpa é sua! – a mulher gritou. – Não importa, isso vai acabar agora. Não posso mais te vender, você vai trabalhar pra mim, mas preciso dar um jeito de você não viver cheio de filhotes!

Amor que Cura (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora