O som dos seus saltos batendo contra o chão frio daquela capela, soavam como os trambores do purgatório toda vez que uma nova alma chegasse.
E talvez ela estivesse se direcionando à um. Mas diferente daquilo que acreditava, Eunkyung não teve a chan...
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2 meses depois.
Faltavam apenas dois meses para o final do ano de 1942, e duas semanas para o aniversário de Eunkyung. Esta não estava muito animada para a chegada da data, normalmente, o seu aniversário passava como um dia normal qualquer, não havia nada de especial nele.
Seu pai menosprezava o dia do seu nascimento, dizendo que se soubesse que teria uma fha doente jamais permitiria que Hyemin prosseguisse com a gravidez. Suas irmãs tentavam de alguma forma compensar tanto desprezo, mas o máximo que conseguiam fazer escondidas de Hayoon, era um bolo queimado na parte de baixo.
E o único que se importava verdadeiramente, não podia se aproximar dela.
Jungkook notou que a sua esposa estava mais desanimada nos últimos dias, e se culpou por estar tão distante. Sabia que Eunkyung era muito ligada a sua irmã, mas esta estava aproveitando os seus dias de casada. Por mais que quisesse se aproximar dela, Eunah não o deixava em paz com tantas obrigações sobre a empresa, e isso o deixava sem ânimo algum para conversas.
A única pessoa que conseguia algum tempo de qualidade com ele era Aruka, que naquele momento saia de cima dele sentindo o líquido escorrer pelas suas pernas.
— Eu amo quando você me deixa ficar por cima, parece que estou sentada num trono.
— E eu amo te ver por cima, principalmente para ver os seus seios balançando.
Aruka sorriu e deixou um beijo nos lábios dele antes de se levantar para vestir. Ela tentava a todo o custo esconder a cicatriz que havia no seu abdômen, mas Jungkook sempre a conseguia ver.
Era um peso para ambos, por isso, optavam por não falar sobre o assunto.
Eunkyung o aconselhará a dar uma oportunidade a Eunah, mal sabia ela do que a sua mãe era capaz.
— Você está com aquele olhar.
— Que olhar?
— Aquele que você faz quando está perdido nos seus pensamentos. Os seus olhos dobram de tamanho, e a sua expressão de torna neutra. — colocou os sapatos e arrumou o seu cabelo. — Tenho que voltar antes que a sua mãe dê pela minha falta.
O Jeon suspirou.
Aruka notou a sua expressão cabisbaixa e se aproximou tocando no seu rosto. Beijou mais uma vez os seus lábios e sorriu carinhosamente.
— Não pense muito sobre isso, está bem? Eu continuo com você porque quero, senão, já não estaria cá.
