Oii!!
Quando chegar a parte em que a Eunkyung começa a cantar ouçam os primeiros 53 segundos da música na mídia, ou ouçam ela inteira, porque é maravilhosa♡
•••
Jungkook chegou a casa algumas horas antes do anoitecer. Com o terno pendurado no seu ombro, entrou em casa sentindo o seu corpo todo doer. Quase instantaneamente, pensou em Aruka. A japonesa tinha uma grande habilidade com as mãos e fazia massagens que o conseguiam relaxar em segundos.
Como sempre, o silêncio reinava por todos os cantos. Ouviu uma voz ou outra, mas eram apenas os empregados que conversavam entre si.
Apesar de gostar da tranquilidade, sentia-se sozinho no meio de tanta gente. Quando era mais novo, gostava de ficar na cozinha ouvindo as empregadas fofocar, de certa forma, aquilo o fazia sentir incluindo, ainda que elas não o dessem muita atenção.
— Jeon-ssi?!
Antes de colocar o pé no primeiro degrau das escadas, virou para Bora, que o encarava com preocupação.
— Está tão cabisbaixo! Precisa que Nayeon prepare alguma coisa?
— Não se preocupe comigo, eu estou bem.
— Pelo menos comeu alguma coisa na fábrica?
Jungkook sorriu, gostava quando alguém demonstrava preocupação.
— Comi sim, Namjoon-hyung fez questão de me obrigar.
— Namjoon é um anjo! — disse levantando os braços em forma de agradecimento ao Kim. Jungkook voltou a sorrir. — Então, deixarei que descanse.
Jeon pensou em perguntar por Aruka, já que não a via há algum tempo, mas estava cansado demais para pensar nisso. Desejou uma boa noite a governanta, e foi para o andar de cima.
[•••]
Eunkyung não conseguia dormir. O relógio marcava 22:37, ainda faltava algum tempo para que deixasse de ser o seu aniversário, e ela mal podia esperar. Desde o acidente que comemorar o dia do seu nascimento era quase uma tortura psicológica, por isso, preferia deixar passar como se fosse um dia qualquer.
As suas insónias eram habituais, por isso, levantou-se, colocou a sua camisa de noite, calçou as suas pantufas, e foi para a cozinha.
Gostava do silêncio, conseguia pensar melhor quando não havia ninguém por perto. Suspirou ao sentir a sua cicatriz coçar, acontecia sempre que estava estressada, e com isso, surgiam também as más memórias.
A cozinha daquela casa se tornou o seu porto seguro. Gostava da janela enorme que havia no centro dela, passava horas frente a ela apenas para sentir a luz, solar ou lunar, bater contra o seu rosto.
Abriu a porta calmamente, e entrou a fechando do mesmo jeito.
— Eunkyung?!
— Ai, merda! - colocou a mão no peito. — O que está fazendo aqui a essa hora?
Jungkook estava sentado em cima da mesa, com uma tigela de bolo a sua frente. Sorriu o notar que Eunkyung estava se controlando para não praguejar. Já Eunkyung tentava controlar a sua respiracão, levantou o olhar e notou que o rosto dele estava sujo de chocolate.
— Eu deveria perguntar o mesmo, não? — respondeu comendo mais um pedaço. — Mas não preciso pois já sei a resposta.
— Sabe?!
Eunkyung se aproximou, e sentou numa cadeira a frente dele. Não deixaria de se admirar com o quão Jungkook era atraente, parecia um verdadeiro deus grego.
— Sim, as empregas se queixam o tempo todo. Dizem que você fica sempre para ali... — apontou para a janela. — Com o olhar distante, e é assustador de se ver, principalmente a noite. Fica parecendo que está comunicando com satanás.
— Mas eu não converso com sua mãe.
Para a sua surpresa, Jungkook riu. E riu muito. Ao ponto de se engasgar com o bolo que estava mastigando, e Eunkyung ter que o ajudar batendo nas suas costas.
— Não estava esperando essa.
— Eu notei.
Mais uma vez, o silêncio ocupou o seu lugar entre eles. Ainda que tivessem prometido serem amigos, nenhum dos dois era bom em comunicar, principalmente Jungkook que sempre achava que estava incomodando.
— Feliz aniversário! — disse descendo da mesa.
— Você sabia?
— Fiquei sabendo. — deu de ombros. — Jimin me ligou hoje, a gente ficou conversando e depois ele soltou do nada.
Eunkyung suspirou.
— Não sou fã de festas. — descalçou as pantufas e cruzou as pernas. — Por isso não disse nada. Não quis que pensasse que tem a obrigação de preparar alguma coisa.
Jungkook se calou durante alguns segundos, Jimin havia dito que ele não deveria perguntar o porquê de ela não gostar do seu aniversário. Não queria que o dia terminasse daquela forma, mas não queria obrigar Eunkyung.
Se levantou, parou a frente, e estendeu a sua mão.
— O que foi? — indagou confusa.
— Dance comigo. — pediu. — Não posso deixar que o seu aniversário passe assim.
— Não temos música.
Jungkook rolou os olhos e a puxou para perto. Eunkyung não conseguiu evitar o sorriso que nasceu nos seus lábios. Ao ver o seu sorriso, os olhos do Jeon brilharam.
Eunkyung era linda.
— Cante para mim!
Os olhos da Wang arregalaram. Já haviam se passado muitos anos desde a última vez que deixou alguém a ouvir cantar.
— Não acha que está pedindo demais?
Uma das mãos de Jungkook agarrou a sua cintura, e a outra a sua mão.
— Cante para mim, Eunkyung, por favor!
Eunkyung apoiou a sua cabeça no ombro dele, suspirou sentindo os seus olhos arderem.
Nunca ninguém havia pedido para a ouvir cantar, nem mesmo os seus irmãos.
Sentindo o seu coração bater mais rápido que o normal, ela deixou-se ser ouvida:
''Isso nunca aconteceu, como meu coração poderia bater tão rápido?"
"Mesmo se você estiver bem ao meu lado, estou muito nervosa para olhar em seus olhos."
"Não estamos nem mesmo em um relacionamento, por que eu me importo tanto?"
"Só quero te chamar de querido."
"Eu cantarei, se você quiser, a música que eu fiz só para você..."
Ambos estava tão distraídos que não notaram que era meia noite, o aniversário de Eunkyung já havia passado. Ainda assim, dançaram até que os primeiros raios de sol atravessassem a grande janela.
[•••]
Peço desculpas pelos possíveis erros :-)
Gostaram do capítulo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eunkyung •Jeon Jungkook•
FanfictionO som dos seus saltos batendo contra o chão frio daquela capela, soavam como os trambores do purgatório toda vez que uma nova alma chegasse. E talvez ela estivesse se direcionando à um. Mas diferente daquilo que acreditava, Eunkyung não teve a chan...