VINTE E CINCO

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Me desculpem pela demora, quase não consigo escrever nada.

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Eunkyung sabia que não podia receber o seu irmão em um lugar que Eunah o pudesse encontrar, por isso, pediu a Namjoon que levasse o casal para a sua casa em Changwon. Jungkook passou a fazer mais questionamentos, ele sabia que sua mãe não era de confiança, mas o que ela poderia fazer contra o seu cunhado?

O caminho até a casa de Namjoon foi silencioso, Eunkyung estava ansiosa demais para formular uma palavra sequer e Jungkook continuava se questionando sobre os acontecimentos recentes. Seojoon estacionou frente ao condomínio, e logo o porteiro tratou de receber o casal Jeon.

— Bom dia, Yongbok! — Jungkook saudou abrindo a porta para Eunkyung sair. — Sabe me dizer se o senhor Kim está em casa?

— Está sim senhor. Ele chegou há alguns minutos acompanhado de dois cavalheiros e não querendo ser intrometido, mas um deles parecia estar muito ferido. Eu tive que ajudar o senhor Kim a carregá-lo até ao apartamento porque o outro cavalheiro não parava de chorar.

Eunkyung e Jungkook se encararam, aquela informação precisava se manter entre eles e Yongbok já provara muitas vezes que não conseguia manter a boca fechada. Antes de entrarem no condomínio, Jungkook pediu que Seojoon tivesse uma conversa séria com o porteiro sobre a importância de saber fechar a boca. Enquanto isso, o casal não perdeu tempo em avançar em direção a residencia Kim.

Eunkyung não sabia o que fazer naquele momento. Seu irmão foi agredido por alguém que sabia da sua relação com Joomi, eles tiveram que fugir, mas antes precisaram queimar uma das residências mais queridas de Hyemin e como se isso tudo já não tivesse sido suficiente, ela ainda precisava se preocupar com o plano e Eunah.

Assim que saíram de elevador, Jungkook correu até ao apartamento 07, e bateu à porta até que Namjoon a abrisse e os deixasse entrar. O Kim gostava de ser reservado, por isso é que entre todos os amigos, ele era o único que não vivia em uma mansão gigante. Eunkyung foi a primeira a entrar, Namjoon mostrou-lhe o caminho até ao quarto onde Jackson se encontrava e ela correu até seu irmão.

Era incrível o facto de tantos anos terem se passado, mas no que tocava a Eunkyung e seu irmão, as coisas sempre terminavam em alguém sair magoado. No momento, ela achou que estava tendo um déjà vu, aquela situação já havia acontecido anos atrás.

No dia em que sua mãe morreu.

Jackson estava ferido, não parava de chorar; Hayoon estava em seu quarto com Hyemin e ela tentava o acalmar. Eram muitos gritos, os vizinhos não paravam de bater à porta exigindo saber o motivo para tanta gritaria. Eunkyung tinha apenas doze anos, os gritos doloridos de Jackson a acordaram e ela sabia o que aqueles gritos significavam.

Ela abriu o quarto onde Jackson estava com Joomi e a sua memória voltou para o passado. Jackson estava no chão, as suas costas sangravam; Hayoon estava de pé com o chicote na mão enquanto rezava implorando a Deus que salvasse a alma de seu filho; Hyemin chorava ajoelhada ao lado do filho, pedindo que ele a perdoasse por não te-lo protegido.

— Eunkyung?

A cabeça de Jackson estava enfaixada, o seu olho esquerdo estava roxo e inchado. O esquerdo estava preso em ligaduras apoiadas em seu ombro direito, o seu corpo estava mais magro que o habitual e haviam hematomas por todo o seu tronco. Tudo o que o cobria era um lençol branco, as suas roupas ensanguentadas estavam abandonadas no meio do chão.

Eunkyung caminhou calmamente até a cama onde seu irmão estava, a sua voz estava rouca e sua respiração mais acelerada que o normal. Ainda assim, ele sorria estendendo os seus braços na direção dela, oferecendo o abraço que ela tanto precisava. Ela não pensou duas vezes, abraçou o seu irmão ouvindo os seus gemidos de dor e sentindo suas lágrimas molharem o seu rosto.

Namjoon e Jungkook assistiam tudo parados na porta. Namjoon pouco sabia sobre a família Wang, tudo o que estava em seu conhecimento era o facto de que Hayoon era um magnata que odiava a própria filha e ocultou a existência do seu primogénito.

Aquela era informação suficiente para ele saber Wang Hayoon não era um homem confiável.

Joomi assistia aquela interação com lágrimas em seus olhos. Ele sabia o quanto aquela situação estava sendo para ambos os irmãos, ele acompanhou de perto a vida de Jackson em Boryeong e jamais imaginou que as coisas chegariam tão longe. Deixando o irmão terem o seu momento privado, ele se levantou e caminhou em direção a Namjoon.

— O senhor tem um telemóvel por aqui? — indagou acanhado. — Eu preciso ligar para alguém e avisar que não morri no incendio.

Namjoon assentiu e o acompanhou em direção a sala de estar. Jungkook aproveitou o momento para entrar no quarto, ele fechou a porta e se sentou na poltrona frente a cama onde Jackson e Eunkyung choravam nos braços um do outro.

— Vai ficar tudo bem. — ela ouviu Jackson dizer. — Nós vamos ficar bem.

— Eu quero acreditar nisso, mas a situação é pior que antes. — articulou chorosa. — Mesmo que encontremos uma forma de escapar desta vez, o que será do futuro? Você terá que continuar fugindo? Teremos que guardar ainda mais segredos? Não sei se aguentarei viver dessa forma mais uma vez.

— Eu posso ajudar de alguma forma? — Jungkook indagou preocupado. Ver Eunkyung naquele estado era uma tortura, principalmente pelo fato de que era a sua mãe que estava magoando a mulher que ele tanto amava.

Eunkyung se afastou de seu irmão enxugando o rosto com as mangas de sua camisa. Ela sentou-se na beira da cama, agarrando a mão de Jackson com uma mão e a de Jungkook com a outra.

— Jungkook, eu sei que este é um péssimo momento para me declarar, mas eu espero que você sabia que já não me vejo em a sua presença ao meu lado. Estar sozinha nunca foi um problema para mim, até perceber o quanto é bom estar do seu lado. — Eunkyung fungou e sorriu. — Você é o amor da minha vida. — Jungkook sorriu a encarando. — E por isso eu não posso mais te esconder nada.

— Você também é o amor da minha vida. — disse sentindo seu rosto queimar. Mas Eunkyung estava certa, aquele não era um bom momento para declarações ainda que o fizessem sentir quente por dentro. — Tem certeza que quer me contar?

Eunkyung assentiu.

— Este é o Jackson, meu irmão mais velho. — Jackson sorriu minimamente, seu corpo ainda doía. — E agora que ele está aqui, posso finalmente te contar o que vi naquela noite e o motivo pelo qual ele foi embora.

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Espero que tenham gostado, sinceramente eu escrevi apenas para não perder o ritmo.

Faltam poucos capítulos para o fim, coloquem na mente que teremos mortes🙁










Eunkyung •Jeon Jungkook•Onde histórias criam vida. Descubra agora