O som dos seus saltos batendo contra o chão frio daquela capela, soavam como os trambores do purgatório toda vez que uma nova alma chegasse.
E talvez ela estivesse se direcionando à um. Mas diferente daquilo que acreditava, Eunkyung não teve a chan...
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⚠️Capítulo não revisado⚠️
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— Estás muito calada. —Hayoon articulou. — No que pensas?
Eunkyung virou-se lentamente na sua direção, mordendo o que havia sobrado da sua unha. Hayoon estava deitado no sofá, sua camisa desabotoada e seus sapatos no chão. Namjoon, sendo o bom homem que era, permitiu que eles ficassem na sua casa até decidirem que passo dariam a seguir, se disponibilizando também em contactar velhos amigos que conseguissem mais informações sobre Hyeon.
— A minha mente sempre foi um grande mistério para mim. — respondeu, voltando a encarar a janela. — Um quebra-cabeças defeituoso com milhares de peças a faltarem. Passei todo a minha vida me perguntando se certas memórias estariam melhor esquecidas ou se eu precisava delas para saber o que o futuro me aguarda.
— Tens medo do futuro?
— Tenho medo daquilo que serei obrigada a enfrentar por ser sua filha.
Hayoon se sentou, olhando para a grande cicatriz nas costas da sua filha.
— O que queres dizer?
— Eu me lembro daquele dia no seu escritório, horas antes da morte de minha mãe. — voltou a olhar para ele. Ela parou de roer a unha e caminhou na sua direção, se sentando na mesa frente ao seu pai. — Vi você e aquele homem, escondidos atrás da mesa.
Hayoon também se lembrava daquele dia, nunca havia esquecido. Ele suspirou, tentando controlar a onda de medo que atravessou seu corpo, tentando não pensar nas más escolhas que fez no passado.
— Repassei aquele dia milhares de vezes na minha cabeça, tentando perceber como tinhamos chegado ao andar de cima. — proferiu. — Numa das peças você estava gritando comigo, na outra estava batendo em Jackson e na outra minha mãe estava morta no meio do chão.
— Eunkyung...
— Entendo seus motivos, não posso sequer imaginar o que tiveste de enfrentar tendo Hyeon como seu pai. — interrompeu. — Mas não consigo simplesmente entender como foste capaz de tentar matar o meu irmão por ter se apaixonado por outro homem, quando minutos antes estavas nu por cima de um.
O mais velho cobriu o seu rosto, sentindo-o queimar. Jinhwa tinha ido visita-lo naquele dia, já não se viam há meses, ele achou que fosse seguro, achou que não havia ninguém em casa. Não conseguiu aguentar, precisa matar a saudade, precisava sentir o homem que tanto amava, precisava toca-lo.
— Você agarrou o antigo chicote do seu pai e me espancou como um animal venenoso. Ele tentou te impedir, mas o barulho era tanto que em segundos os empregados ouviriam tudo, então ele fugiu. — sentiu seus olhos arderem. — Então o Jackson chegou, mais uma vez me protegendo com a própria vida.
