O som dos seus saltos batendo contra o chão frio daquela capela, soavam como os trambores do purgatório toda vez que uma nova alma chegasse.
E talvez ela estivesse se direcionando à um. Mas diferente daquilo que acreditava, Eunkyung não teve a chan...
Uma dúvida rápida: Vocês preferem que eu escreva um capítulo e publique logo a seguir, ou que eu vá escrevendo e depois vou publicando sem demoras?
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Hayoon não soube o que dizer.
Digeriu mais um pouco da sua bebida e encarou Eunkyung. Ele sabia que ela se lembrava daquela noite tanto quanto ele, e que se quisesse já teria contado tudo o que aconteceu para quem quisesse ouvir. Mesmo com o ódio que ele sabia que ela carregava por si, Eunkyung nunca abriu a boca ou voltou a tocar naquele assunto, tudo isso para proteger as suas irmãs.
Por mais que nunca fosse admitir, Hayoon gostava do facto de Eunkyung amar as suas irmãs. Ayeong era fruto do primeiro casamento de Sohui, e foi adotada como filha legitima. A mais nova, Yahee, nasceu dois anos após a morte de Hyemin.
Após perder as únicas duas pessoas que se importavam consigo, Eunkyung teve que lidar com o facto de que seu pai estava se casando mais uma vez, e que constituiria outra família no lugar da sua.
Ainda esperando uma resposta de Hayoon, ela olhou para cada canto daquele lugar. A sua antiga casa havia mudado muito. Sohui queria apagar a existência da sua mãe, por isso fez questão que metade da casa passasse por uma remodelação.
Exceto um lugar.
— Posso ver o quarto de Hyemin?
Hayoon a encarou.
— Estamos conversando sobre algo sério e do nada você decide que quer ver o antigo quarto da minha esposa?
— Não se esqueça de que, para além de sua esposa ela era minha mãe.
Hayoon revirou os olhos.
— Antes precisamos pensar numa forma de despistar a sua sogra.
— Ela não estaria nos importunando agora, se você não tivesse me obrigado a casar com Jungkook.
— Não aja como se aquele homem não te tratasse como rainha, posso não estar presente no seu dia a dia, mas as notícias correm rápido pela cidade. Diz-se por aí que daqui a não muito tempo, os Jeon terão um novo herdeiro. — sorriu presunçosamente. — E para além disso, não se pode simplesmente ignorar uma tradição de família.
— Era isso o que o seu pai dizia, não é? — disse vendo o sorriso dele desaparecer. — Você está tão focado em destruir as pessoas ao seu redor, que não se apercebe o quanto se parece com ele.
— Não fale sobre assuntos que não te dizem respeito.
— E tu deverias ouvir os teus próprios conselhos. — articulou se levantando. — Quero a chave do quarto dela.
