DEZASSETE

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No dia seguinte, Eunkyung decidiu que nada diria sobre o ocorrido na noite anterior. Não queria cobrar algum tipo de fidelidade vinda de Jungkook, ainda que eles tivessem concordado em tentar fazer o casamento funcionar, e que aparentemente sentissem algo um pelo outro. Queria que ele fosse honesto sem ser pressionado a isso, se ele sentisse alguma coisa por Aruka, teria que contar a Eunkyung sem que ela o questionasse.

Infelizmente, pela manhã, teve que lidar com a presença de Eunah, que decidira tomar o pequeno-almoço junto deles.

Eunkyung não sabia dizer se aquilo era fruto da sua imaginação, mas, Eunah parecia muito interessada na sua pessoa. Sentia o olhar da sua sogra sobre si o tempo todo, como se esta quisesse perguntar algo. Para o bem da sua sanidade mental, Eunkyung optou por ignorar, mas isso não fez com que Eunah parasse de a examinar.

Jungkook notou que a sua esposa estava desconfortável, mas não a podia julgar, afinal, quem não se sentiria desconfortável perto de Jeon Eunah? Porém, havia algo a mais escondido naquela desconfortabilidade. Eunkyung estava calada, o que já não acontecia há algum tempo.

— Soube que finalmente você decidiu assinar um acordo com aquela fábrica de Pohang. — Eunah disse colocando pão na sopa. — Espero que tenhamos algum lucro com isso.

— Changbin é um rapaz inteligente, saberá usar corretamente o dinheiro que nós o emprestamos. — Jungkook respondeu.

— Bem, talvez seja um bom investimento. — articulou. — Não temos nada a perder. Se esse tal de Changbin não conseguir investir esse dinheiro corretamente, ele terá que nos devolver com juros, e se conseguir, seremos seus sócios. — soltou uma risada. — Tenho que admitir Jungkook, você está começando a pensar como um verdadeiro homem de negócios.

Jungkook forçou um sorriso. Em momento algum a sua intenção fora a de colocar Changbin numa espécie de labirinto com apenas uma saída. Acreditava verdadeiramente na capacidade que ele tinha para fazer aquela empresa crescer, e talvez no futuro se tornar mais um dos seus grandes sócios. Mas, pelo seu próprio bem, não poderia dizer a sua mãe que o dinheiro jamais seria devolvido, porque fora dado de coração.

— Mas deixaremos esse assunto para mais tarde, não falaremos de negócio num momento em família.

Ao dizer isso, Eunah passou a encarar Eunkyung, que desfrutava da sua comida em silêncio. Ela tentava de alguma forma decifrar se a sua nora estava ou não escondendo alguma coisa. Virou rotina tentar advinhar o motivo que levou Hayoon a forjar a morte do próprio filho, e a odiar tanto a filha que teve com o seu grande amor.

Ah, se ao menos Hyemin ainda estivesse viva.

— Eunkyung, meu amor, deve ser difícil você me ver tão próxima ao Jungkook, não é?

Eunkyung •Jeon Jungkook•Onde histórias criam vida. Descubra agora