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Sodo on.

Agora que o Rain tinha ajuda profissional, talvez fosse melhor deixa-lo em boas mãos. Parecia que eu só atrapalhava quando aparecia, então, decidi que aquela seria a minha última visita. Caso ele sentisse necessidade, poderia me chamar e eu estaria ali. Mas, por ora, não queria interferir em nada.

Quando eu cantei aquela música, na verdade não foi intencional, mas apenas saiu, e quando chegou a frase "baby don't hurt me, no more" eu senti uma dorzinha no peito. Aquilo já estava indo longe demais, eu precisava apagar a chama que ele estava criando em meus sentimentos. E eu faria isso doendo, ou não.

Depois que a crise de raiva dele passou, me aproximei, e fiquei olhando aqueles olhinhos marejados, apenas imaginando que eu sentiria muita saudade.

-Está melhor?

Perguntei, e ele assentiu.

-Sodo, me perdoa!

-O importante é que agora você está melhor, meu docinho!

Ele sorriu.

-Sabe... eu senti sua falta...

-É mesmo? Mas nos vimos horas atrás...

-Eu sei –ele riu fraco- mas estava me referindo aos outros dias...

-Eu não sou relevante no seu tratamento... quanto menos eu interferir, melhor.

-Nunca mais fale isso! Você é a minha maior motivação...

-Fico feliz em saber disso! Me sinto até especial.

-Mas você é! –ele pegou minha mão machucada e a beijou- e não, eu não quero te machucar nunca mais.

Quase me engasguei. Ele então percebeu a letra?

Sentei na cama, com ele.

-Eles estão cuidando bem de você?

-Eles me colocam para dormir até demais.

-Mas quando você acorda, se sente melhor?

-Sim... bem melhor!

-Então é o que conta.

Ele sentou por completo, agora segurando minhas duas mãos, e eu fiquei o encarando.

-Tem uma coisa que eles não pode fazer por mim, Sodo...

-E o que seria?

-Tirar essa vontade que eu tenho de você!

-Bem, eu estou aqui –tentei desviar o rumo da conversa.

-Não! Não é apenas a sua presença... é seu toque, seu cheiro, seu calor, o seu corpo no meu... eu acho que minha maior abstinência é de você.

-Porra, Rain! Para de falar essas coisas...

-Mas é verdade, Dew! Por que você me fez te provar se não me daria mais?

Ele fez um biquinho.

Eu respirei fundo, tentando colocar meus pensamentos em ordem novamente.

-Eu acho que você está agindo sob efeito dos remédios...

-Não, eu não estou! Por favor Dew... –falou manhoso, enquanto deslizava suas mãos pelo meu peito.

Por quanto tempo eu aguentaria? Cadê as enfermeiras quando precisamos delas? Swiss?

Ele continuou com suas caricias, deslizou uma das mãos até meu membro, e me pressionou levemente, falando em seguida:

il gioco - Dewdrop & RainOnde histórias criam vida. Descubra agora