HERÓIS?

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Demos uns passos pra frente assustados, chegamos perto dos policiais e vimos: dois homens mascarados, segurando um senhor e uma senhora, que pareciam não serem cheios da grana, usavam roupas bem simples, cada um com uma faca nos pescoços. A polícia dizia:

- Larguem eles, ou vamos atirar.

- Se atirarem nós matamos os coroas! - Disse um dos sequestradores.

A polícia conversava entre eles, tentava achar formas de negociar, sabiam que o casal não tinha todo o dinheiro que eles pediam: 10 mil reais. Leo me disse:

- Precisamos fazer algo!

- O que? Como? Um tá de frente pro outro, se alguém chegar perto deles... podemos até salvar um, mas o outro morre.

Leo pensou um pouco e falou:

- Olha ali!

- O que?

- Aquelas casas, tão do lado deles, são pequenas, podemos escalar e cair em cima deles!

- Boa ideia! Só tem uma coisa...

- O que?

- Se cairmos em cima deles, a faca pode escorregar e rasgar o pescoço das vítimas.

E ficamos naquela de sem saber o que fazer, tivemos muitas emoções em um único dia. Leo falou de repente:

- Já sei!

- Que susto cara! O que?

- A caverna, tem umas armas lá, podemos usar contra eles.

- Verdade.

E saímos correndo de volta pra casa, e na mesma velocidade para a caverna, dessa vez Leo abriu só pra ver se ele estava mesmo cadastro, ela abriu igualmente, cada um pegou uma arma, eu peguei uma corrente, porque eu já tinha treinado com meu pai, Leo pegou uma pequena adaga, pelo mesmo motivo.

Saímos correndo, em direção à saída, andamos rápido para onde estavam acontecendo as discussões.

- Coloca o capuz da sua blusa, e começa a subir a casa do outro lado da rua - eu falei a Leo.

Ele começou a fazer isso, e eu o mesmo. Enrolei a corrente no meu braço direito, coloquei o capuz, cheguei perto da casa, pulei o muro, não estava tão difícil entrar, os donos estavam concentrados no incidente, fui pelas costas deles usando meus conhecimentos em furtividade e parkour, fui subindo a casa silenciosamente, tinha dois andares então não foi tão fácil, mas consegui chegar ao telhado, e esperei Leo chegar também, quando ele chegou percebi que ele não foi furtivo, e sim, fez os moradores ficaram inconscientes, que belo jeito de salvar as pessoas de bem... machucando outras pessoas de bem... ok.

Eu olhei para Leo e nós dois fizemos afirmativo com a cabeça. E então ele jogou sua adaga no ombro de um dos assaltantes que deu um berro muito alto seguido por um movimento que fez ele soltar a senhora, no mesmo instante eu lancei minha corrente no braço do outro e o puxei, amarrei-o no telhado da casa e só ouvia: "nossa!", " são verdadeiros heróis!", "quem são? " etc... mas da política era mais assim:

- Atrás deles!

Então desamarrei o homem, enrolei a corrente no meu punho e saí correndo, olhei para trás e vi que quando Leo pulou e puxou a faca já estava cercado, ele iria morrer, não pudi deixar. Saltei e me juntei a ele, tinham doze policiais:

- Seis pra cada? - Perguntou Leo.

- Ok.

Sem enxergar nossos rostos por conta dos capuzes, começamos a lutar, desenrolei uma parte da corrente para bater com ela neles, era uma luta agressiva, os policiais tentavam me acertar com cacetetes, as vezes eu desviava, as vezes não.

Quando o último homem estava de pé, ele ia ne atacar pelas costas, só que quando eu me viro o homem cai, e aparece um cara mais ou menos da nossa idade, com um olhar assustado, cabelos e olhos castanhos claros, ele começa a gaguejar e saí correndo.

Eu e Leo percebemos que a imprensa começou a vir atrás de nós, então saímos correndo.

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