PERSEGUIÇÕES E VISITAS

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Todas as curvas que o caminhão dava, o motorista tentava fazer o mais fechado e rápido possível, com o objetivo de me fazer cair. E tenho que admitir, estava quase funcionando, mas estava fazendo o máximo de força para não cair.

Eu comecei a me arrastar pelo teto do caminhão para tentar chegar até o banco do motorista. Quando chego bem perto, pego uma das minhas correntes, jogo em direção à maçaneta, ela enrola no alvo, puxo, a porta abre, pulo lá dentro e sento.

- Oi! Me dá uma carona? -

Os capangas começaram a pegar facas, antes do primeiro pegar, bati a cabeça dele no painel, ele apagou na hora.

O segundo consegue pegar e tenta me atacar, eu desvio e falo com tom de deboche:

- Pô, você usa óculos? Sei que você pode mais que isso! Vai tenta de novo! Consegue?

- Cala a boca!

- Ops... resposta errada!

Ele tenta de novo, eu desvio, pego minha pistola e dou um tiro no capanga que desmaiou.

- Sobrou só você, se entrega. Falo para o líder.

- Vai ter que matar.

- Ou não.

Ele pega um revólver, antes que ele dispare, viro o volante fazendo com que o caminhão capote, pulo do veículo antes disso acontecer.

Caio meio de mal jeito, e machuco o ombro. Soldado chega perto de mim com o carro pergunta:

- Tudo bem?

- Sim, acho.

Ficamos um pouco em silêncio, de repente, o chefe começa a correr na minha direção, eu viro em sua direção, desenrolo minha corrente, arremesso ela contra ele, a corrente se enrola no homem, eu a puxo, e ele vem parar minha frente, e digo:

- Oi! Tudo bem?

Dou um soco nele e ele cai no chão.

Me agacho perto dele, pego uma das algemas que eu e Soldado tínhamos, e coloco em seus punhos.

Antes de encaixar a segunda parte, começo a ouvir sirenes, olho para trás e vejo que mais ou menos cinco veículos da polícia se aproximam de nós.

Eu começo a carregar o homem, mas vi que não daria tempo de chegar até o carro.

Pego então só sua arma, e entro no carro.

Leo começa a dirigir muito rápido, olho para trás e vejo que o líder dos traficantes levantou e fugiu, fiquei muito bravo, deveria ter batido mais forte.

Mas tinha coisas mais importantes pra se preocupar, tipo... cinco carros da polícia atrás de nós.

- E agora? - Pergunto para Leo que era um ótimo estrategista.

Ele olha pelo retrovisor e diz:

- Pega a arma com tiros de verdade, e mira nos pneus dos carros da frente, eles vão parar e obrigar os de trás pararam.

- como que eu faço isso?

- Que tal abrir o vidro?

- Eles abrem? Que legal! - falei com um tom de ironia.

Eu pego a arma que deixávamos no banco de trás, era uma espécie de metralhadora, não sabia muito bem sobre ela, Leo tinha comprado aqui no Brasil, sei lá.

Abri o vidro, coloquei a arma e meu corpo até a cintura pra fora, atiro nos pneus dos primeiros dois carros, eu consigo acertar e eles param.

- Verdade, os de trás pararam. Você é menos burro do que eu pensei, mas só um pouco. - Digo para Soldado.

- Cala a boca.

Eu ri, fechei os vidros e meu parceiro dirigiu até a sua mecânica, nós escondíamos o carro lá, existia uma espécie de garagem lá, era toda fechada e os empregados de Leo não tinham acesso.

Chegamos lá, saímos do carro. Fui até o banheiro para trocar de roupa, coloquei meu traje na minha mochila, e saí do local.

- Não vai pra casa? - perguntou Leo sem o traje e entrando no carro.

- Não. - Digo subindo na minha moto. - Vou passar em um lugar primeiro...

- Já são duas horas, onde você vai essa hora?

- Em um lugar...

- Tá, vou ir ver a Sarah.

- Até lá.

Coloco meu capacete e vou até um lugar que faz tempo que não ia, tinha que ver três pessoas muito importantes, todas no mesmo lugar.

Depois de um tempo cheguei: no cemitério...

Estava de noite, o portão tava fechado, eu escalo e entro no local.

Não é porque eu era um vigilante, que não tava com medo, eu tava correndo muito rápido pra nada nem ninguém me matar... vai que...

Cheguei no primeiro destino, no túmulo da minha avó.

- Oi vó. - Digo. - Você tá bem? Não precisa responder... faz muito tempo né, desculpa não ter ido no seu velório, eu estava fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, treinos de coisas que você nem imagina... obrigado por tudo! Um dia a gente se vê.

Eu ando mais um pouco e chego no túmulo da minha mãe. Começo a falar:

- Oi mãe! Quanto tempo, não te vejo desde os dez anos, você faz muita falta... bom, você deve saber o que ando fazendo, você pode até achar errado eu sair mascarado e bater nos outros, mas faço isso por você... te amo, até mais!

Chego na minha última parada depois de alguns minutos. Cheguei no túmulo de Carol, eu sabia onde era pois fui no enterro.

- Como vai Carol, nem te conheci muito bem, então não tenho muita coisa pra falar... mas, obrigado pelas respostas que você me deu.

Corro pra fora do cemitério, pego minha motocicleta, e vou até minha casa, já era 3h, então fui dormir.

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