UMA BOA SOLUÇÃO COM UMA MÁ IDEIA

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  No outro dia, na escola quando acabaram as aulas, vi Alexandre e o chamei:

  - Ei cara!

  - Oi Lucas, tudo bem?

  - Não.

  - Nossa, alguma coisa que eu poderia ajudar?

  - Sim, eu preciso que você faça no computador alguns vários folhetos falando de alguma doença.

  - Pra que?

  - Isso é secreto.

  - Ok senhor misterioso... E que doença?

  - Ah sei lá, pode ser sarampo.

  - Ok, eu te entrego amanhã.

 Agradeci e fui embora. Quando cheguei ao galpão que chamávamos de academia, abri com uma chave que o meu pai me deu e vi Leo batendo num saco de pancada  tão forte que ele começou a furar e sair areia dele, eu fiquei boquiaberto
Meu pai chegou e falou:

  - Então Leo, eu e meu filho conversamos e queríamos saber se você quer viver aqui na academia a treinar conosco... Traremos comida todo dia e você estará seguro, topa?
Sem pensar duas vezes Leonardo disse:  

  - Claro. - Então vamos começar, hoje quero que...

  - Pai – Interrompi.

  - Pode falar.

  - Por que hoje você não ensina a gente a sermos invisível, a viver nas sombras, a tal furtividade?

  - Isso levará algum tempo mais podemos tentar.

  - Aprendo rápido – exclamei.

  Então começamos, meu pai nos ensinou a fazer os outros não notarem nossa presença, depois como “furtar” pegar coisas dos outros sem perceberem, entrar e sair de lugares sem perceberem, e por último, bater nos outros antes que percebam que estávamos no lugar (para aprendermos isso foram algumas semanas).
Eu percebi que o Leo não conseguiu aprender nada sobre aquilo e sempre fazia o maior barulho quando tentava, e percebi que ele seria um bom ajudante no meu plano para ajudar a minha avó, chamei-o e falei:

  - Leo, vou precisar que você me ajude.

  - Explica isso melhor.

  - É seguinte, minha avó ta com dificuldade em casa, e eu preciso ajuda-la, e você vai me ajudar a ajudar ela.

  Eu contei o plano pra ele que era o seguinte: ele iria parar pessoas nas ruas e falar sobre os folhetos que o Alexandre tinha me dado a um bom tempo atrás, e eu iria passar atrás do mesmo e pegar sua carteira sem que ele perceba qualquer coisa. Então fomos ao centro da cidade, mais precisamente na Rua Antônio Agú, todos que passavam nós fazíamos o seguinte, Leo parava alguém e falava:

  - Boa tarde senhor(a) você gostaria de saber mais sobre o sarampo?  Nesse momento a pessoa passava e eu pegava sua carteira. Fizemos isso com umas trinta pessoas, e arrecadamos uns dois mil e quinhentos reais, como sobraria bastante dinheiro, resolvi comprar roupas novas para Leonardo pois ele estava parecendo um mendigo (mas ele era então... ah esquece), fomos a várias lojas e compramos várias roupas, e sobraram uns 2000 reais que eu dei para minha avó para ele usar para quitar as dívidas usando a desculpa de que eu ganhei um dinheiro com um campeonato de futebol com o time da escola.

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