Acordei bem cedo pra ir pra escola, super ansioso para saber o que meu pai estava querendo me mostrar, saí correndo pro chuveiro, minha avó me olhou com uma cara de "tá louco moleque?" não liguei e fui pro chuveiro, foi o banho mais rápido da minha vida, no máximo dois minutos. Enquanto ia para o café, me recordei de inventar pra minha avó alguma coisa para disfarçar o que eu iria fazer à tarde, não sabia se iria fazer aquilo todo dia, só uma, se iria demorar ou não, então falei com voz melosa:
- Vovó... – ela me olho com um olhar de "eu sei que você ta aprontando alguma coisa" – hoje eu vou fazer um teste para o time de futebol da escola tá? Não tenho prazo para voltar.
- Sei, hum, então tá boa sorte.
Eu tomei meu café na velocidade da luz, escovei os dentes e fui correndo pra escola (como sempre). Cheguei à Fundação Bradesco bem adiantado e percebi que levantei cedo demais, no tempo que sobrou fiquem falando com o Alexandre ele era de tamanho médio, cabelos encaracolados pretos, branco e usava óculos, e também era o menino mais inteligente que eu já tinha conhecido, esqueça todos os meninos que você ACHA que são inteligentes, o Alexandre ganha, foi dele que tiraram a expressão NERD:
- E aí Alexandre.
- Beleza Lucas?
- Sim, e com você?
- Também.
E ficamos jogando conversa fora embaixo da multimídia até o sinal tocar, quando tocou estávamos indo em direção a nossa sala de aula até que um daqueles idiotas que zoam com os mais indefesos se aproximou do Alexandre, derrubou seus livros e cadernos, e chamou-o de coisas que eu não posso falar aqui, quando meu amigo estava quase à ponto de chorar, não consegui me segurar, não podia continuar a ver aquilo sem fazer nada, de um gancho de esquerda no futuro marginal, o nariz dele começou a jorrar sangue igual a um chafariz, os "amigos" do otário saíram correndo com medo, e nós nos retiramos à caminho da nossa sala.
E ficamos lá, seis aulas ouvindo professores idiotas falarem de coisas idiotas, de grande parte eu não usaria pra coisa nenhuma em minha vida.
Quando tudo isso acabou, estávamos indo embora e eu disse a ele:
-Toma cuidado, e se acontecer alguma coisa, me chama, e em último caso... mete um direto na cara do otário.
- Ok – ele falou rindo.
Então eu saí correndo até a área que eu e meu pai combinamos. Cheguei lá depois de um ônibus e uma grande caminhada, lá vi um lugar enorme azul e amarelo com uma moto CG na frente, e em cima dela estava meu pai, e ele falou:
- Vamos entrar?
- Só se for agora!
Ele abriu aquele portão gigante e, MEU DEUS! Era incrível lá dentro, saco de pancadas, tatames, no geral, vários materiais de várias artes marciais.
Eu boquiaberto perguntei:
- Pra que isso?
- Bom, eu tinha isso aqui guardado há alguns anos, quando você disse que não treinava mais, e que amava fazer isso, resolvi arrumar a bagunça que tava aqui, e ser o seu mestre, topa?
Sem pensar duas vezes respondi:
- Com certeza.
- Certo, vamos ver o que você sabe fazer até agora.
Ele me mandou fazer uma série de exercícios, e foi isso por horas e horas...
Quando meu pai falou que por aquele dia era só isso perguntei que horas eram e ele respondeu:
- São 5h.
- Vish – eu falei preocupado, e percebendo que não conseguiria chegar em casa antes de anoitecer, pedi – você pode me dar uma carona pai?
- Claro filho, sobe aí.
Eu subi, ele me deu um capacete pra mim e eu estava com medo, nunca tinha andado de moto antes. Mas quando ele deu partida, nunca me senti tão livre.
Quando estávamos quase na minha rua, falei pra ele me deixar na esquina pra minha avó não desconfiar de nada, ele concordou que era melhor e fez isso.
Quando eu abri a porta de casa subi as escadas e vi minha a dona Silvia dormindo, e fui fazer meu dever de casa.
Essa foi a minha rotina normal por 5 anos.
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O Sombra
ActionLucas era apenas um garoto de dez anos quando viu sua mãe morrer, anos depois também viu seu pai morrer... no meio de muitas descobertas, namoradas, gênios, parceiros, pessoas o odiando, ele tem um objetivo: vingar sua família da Mafia dos Ternos Br...