LARA

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- Não esquenta a cabeça cara, calma.

- Tá.

- Isso não é um porão Alexandre, é uma caverna, super moderna, moderna demais até, eu e Leo não somos gênios igual você. Pode nos ajudar a entender esses computadores?

- Claro, cadê eles?

- Ali está o playground . - eu disse apontando para os computadores.

Ele foi em direção aos computadores, e eu e Leo ficamos olhando para ele quando Leo se colocou na minha frente:

- Lucas, onde você arrumou esse cara?

- Na escola...

- Então me lembra de nunca ir pra lá.

- Cara, ele é muito inteligente, só não é muito esperto.

Quando Leo ia falar algo, Alexandre grita;

- Pronto gente.

Nós vamos na direção dele e ele fala:

- Bom esses computadores são como os outros, porém fazem coisas que só eles fazem.

- Por exemplo? - Leo pergunta.

- Bom ainda não sei muitas coisas... mas pelo que eu vi: análise química, atualização de armamento, sistema de defesa.

- Fala a nossa língua - disse.

- Podemos analisar qualquer produto químico, modificar armas, e se a caverna for invadida, armas apontarão para o alvo, e cabum!

Eu e Leo olhamos um para o outro com caras impressionadas, eu perguntei:

- Mas, ele não pode rastrear ninguém né?

- Não.

- Que pena.

- Agora pode!

- O que?

- Não sou muito bom como hacker, mas criei um programa que pode rastrear qualquer pessoa no Brasil, só que só vai funcionar uma vez, como eu disse, não sou um hacker.

- Ok, Lara Campos!

- Ok!

Ficamos um tempo em silêncio, uns 5 minutos mais ou menos.

- Lucas. - Leo disse. - É essa menina? - Ele apontou para uma foto na tela.

Eu olhei e vi que era a mesma menina da foto do meu pai.

- Sim, provavelmente.

- Ela acabou de entrar no... MASP!

Nesse momento o programa fechou, e Alexandre disse:

- Vou indo.

- A gente te leva até à saída. - disse.

Então fomos até o portão, abrimos, Alexandre abriu o portão foi embora e eu falei para Leo:

- Como que a gente vai pro MASP?

- Não sei, se a gente ficar um minuto com a moto lá fora... já era!

Ficamos pensando, tínhamos que ir rápido, porque ela podia ir embora a qualquer momento. Eu olhei para a minha direita, e vi o Mustang do meu pai, dei um sorriso para Leo que disse:

- Você não tá pensando nisso né?

- Ah eu tô sim!

- Eu não vou dirigir esse carro!

- Eu sei que você tá louquinho para controlar essa fera, vem logo.

Ele entrou no banco do motorista, eu no carona, percebemos que a chave não estava enganchada, começamos a procurar, achei em baixo do meu banco, ele ligou o carro, e eu saí para abrir o portão, entrei de novo e saímos. Leo estava nitidamente com raiva de mim por ter obrigado ele a dirigir aquele carro, mas eu tava "só alegria".

- Cara se a gente se ferrar...

- Calma cara.

Chegando perto do MASP, Leo deu um suspiro, e estacionou, eu e ele saímos, pagamos os bilhetes (Leo teve que pagar a inteira por não ser estudante).

E nós começamos à procurar Lara, em todos os lugares, exposições corredores, até que, na lanchonete, vejo ela, sentada em uma das mesas, lendo um livro, com calças jeans, camiseta azul com uma frase em inglês escrito em preto, eu falo pra Leo:

- Come alguma coisa, preciso falar com ela em particular.

Me aproximo devagar, eu ia conhecer a minha irmã, estava nervoso, tenso, falo baixinho:

- Lara?

- Lucas?

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