"DUPLA DINÂMICA"

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Semanas depois...

Estávamos em 2015. Alexandre tinha deixado os nossos uniformes inteiros a prova de balas, e com encaixes para os meus bastões e armas, o par de m93r, eu também usava correntes, duas para ser mais exato, cada uma com o comprimento de 5 metros. Eu enrolava elas duas nos meus antebraços.

Leo por sua vez, como era mecânico, mudou o Mustang por completo, pintou ele de preto com a linha do meio cinza, e o blindou por completo, e adulterou a placa, e trocou o motor por um bem mais potente. Leo usava menos armas brancas, eram um par de socos ingleses, e um taco de baseball. Porém, ele tinha mais armas de fogo: uma Magnum 44, e as duas Scorpions.

...

Era dia 19 de Janeiro.

Nossa cidade já estava mais acostumada com a nossa presença, eu digo "nossa", pois desde o ano novo, eu e Leo agíamos em dupla. Ele tinha um codinome que o retratava muito bem, um cara que faz de tudo pelo seu país, no seu caso, cidade... chamavam ele de Soldado.

Os únicos que ainda não gostavam de nós, era a polícia, sempre que ela aparecia nós tínhamos que jogar as bombas de fumaça que Alexandre fez para nós, senão, seríamos presos ou talvez até mortos.

Eu até que estava gostando dessa vida de vigilante, a adrenalina no sangue, poder sentir que estou ajudando minha cidade e etc... mas uma coisa me deixava frustrado, o único encontro que eu tive com os Ternos Brancos foi na minha "estreia", então não tive mais como ter pistas de como achar Marcos e os seus capangas inúteis.

...

Estava de noite, estávamos fazendo nossa tradicional ronda, quando passamos na frente de um prédio comercial de três andares, vimos pessoas sair de lá dentro correndo. Como o motorista da dupla era Leo, ele parou o carro do lado da calçada, e fomos perguntar o que estava acontecendo para as pessoas que saíram correndo.

- O que foi? - eu perguntei para uma mulher que estava quase desmaiando.

- Sombra! Soldado! Ainda bem que vocês chegaram, um grupo de oito homens muito bem armados, invadiram o prédio, pegaram duas mulheres e um homem de reféns, e mandaram o resto sair do prédio se quisesse viver.

- Esse prédio é de que tipo de empresa?

- De empacotamento.

- Ok... como estavam vestidos?

- Ternos brancos, todos eles!

Eu não podia perder a chance de conseguir algo, precisava urgente de informações.

Eu suspirei e entrei no prédio.

Peguei minha arma e comecei a subir as escadas. Não podíamos fazer barulho, porque os que estavam nos andares mais altos, poderiam descer e nos capturar. Também não poderíamos deixar corpos desmaiados expostos, pois se os que estivessem acordados vissem, iriam chamar os outros.

Estou escondido atrás de uma parede, dou um sinal para que o Soldado começasse a andar para ver se achava alguém.

De repente vejo dois homens, um deles com uma metralhadora, o outro com um revólver, o que tinha a maior arma disse:

- Cara, e esse tal de "Sombra"?

- O que que tem?

- Sei lá, e se ele aparecer aqui e nos matar?

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