UM NOVO AMIGO

204 16 0
                                    

E Foram a maioria dos meus dias por 5 anos assim: escola, o "suposto time de futebol" que na verdade era o treino com o meu pai, chegar com a minha avó dormindo e lição.

Mas um dos dias, tiveram algumas coisas estranhas, começou com uma pergunta que eu fiz no treino para o meu pai:

- Pai.

- Pode falar

- Eu sei que você não ta fazendo isso só por que eu não podia mais fazer Kung Fu, qual é o resto dos motivos?

Ele desviou a sua atenção do jornal que estava lendo e falou:

- Porque um dia... Você vai me vingar...

- O que?

- Na hora certa você vai entender.

Confuso, porém focado, continuei o treino.

Na hora que saímos do galpão, vi um menino que aparentava ter a minha idade, negro, e de óculos, tentando ligar a moto do meu pai, eu saí correndo pra cima dele. Quando cheguei atrás dele, eu tentei dar um soco nas suas costas, ele desviou rapidamente e me deu um cruzado no rosto, então começamos uma luta rápida por minha parte, e forte por parte dele, pois essas eram as características de cada um, nunca fui um dos mais fortes, mas era sempre o mais rápido. Quando eu coloquei meu braço para baixo com a intenção de dar um gancho nele, meu pai segurou minha mão e a do outro menino também e berrou:

- Parem já com isso! Caramba Lucas, nesses cinco anos te ensinei a controlar a raiva, espere para bater na hora da sua justiça.

Eu fique triste, pois era verdade, grande parte dos últimos cinco anos eu passei grande parte dos meus treinos tentando controlar minha raiva, meu ódio, minha sede por vingança, meu pai perguntou pro outro garoto:

- Qual é o seu nome menino?

- Leonardo.

- Por que estava tentando roubar a minha moto?

- Eu só ia dar uma volta e depois devolver senhor.

Eu não acreditei, mas meu pai sim, então ele continuou:

- Você já sabe dirigir? E onde você aprendeu a lutar assim?

- Meus amigos, eram ótimos pilotos e lutadores.

- Eram?

- Sim, homens um dia invadiram nosso esconderijo, e bateram neles até eles não respirarem mais, um dos mais velhos me deu a chave da moto e com muito medo fugi.

- E como eram esses homens?

- Cada um com suas características próprias, a única coisa em comum eram os ternos brancos.

Eu fiquei com um olhar de raiva, pois isso me lembrou da morte da minha família, mas logo me controlei, e meu pai fez uma cara de pavor, e tentou desconversar:

- Ah, entendi, e onde você mora agora?

- A minha casa é onde eu durmo agora.

Eu olhei para o meu pai, ele pra mim, e eu falei:

- Prazer Leo, sou Lucas.

- Oi Lucas, cara como você é rápido em...

- Nossa mano, você é muito forte.

Meu pai interrompeu:

- Leo, até você encontrar lugar fixo, você vai dormir aqui dentro da nossa academia.

Eu e o meu pai sabíamos que era um tremendo risco, pois não conhecíamos Leo muito bem até então, mas não podíamos deixar ele com frio e fome.

Demos uma cópia da chave, e fomos embora.

No meio do caminho perguntei ao meu pai:

- Ele vai treinar conosco pai?

- Talvez filho, você é a favor?

- Sim, ele é um ótimo lutador, e parece ser legal.

E ficamos em silêncio até chegarmos à minha casa

O SombraOnde histórias criam vida. Descubra agora