O Sombra

A GUERRA (PARTE 2)

Eu olho para Soldado e ele para mim, não sabemos o que fazer.

Talvez se nós avançarmos, a mulher morre.

Esperamos ele falar. E ele fala:

- Bem, presumo que me conheça bem. Não é?

- O suficiente - respondo.

- Você me quer morto, eu quero o mesmo de você, o que faremos agora?

- Eu te mato e isso acaba aqui.

Ele esboça um sorriso, senta no seu trono, fala algo no ouvido do homem  que está dele, e se dirige a mim:

- A proposta é a seguinte: Você, Sombra, lutará contra Vitor, meu melhor lutador e aliado. - era o tal homem com perfil de lutador, loiro e de olhos azuis - E Soldado lutará contra contra Luiz - o tal brutamonte. - se os dois vencerem, lutam contra mim.

- E se perdermos? - Soldado pergunta.

- Bem, aí eu arranco a cabeça de vocês dois, da mulher, e dou para meus cachorros comerem. O que me dizem? Aceitam?

Eu estava prestes a dizer algo para ele, quando ouço a voz de Gwen no comunicador:

- Lucas!

- Você?

- Por favor Lucas, não aceita, saí daí Lucas, por favor, vai embora.

- Desculpa, te amo.

Tiro meu comunicador do ouvido, e piso no mesmo.

Olho para Soldado, ele faz que sim com a cabeça e falo:

- A gente aceita.

Marcos olha para seus aliados, e os mesmos partem em nossas direções.

Logo de cara percebo que Vitor sabe pelo menos o básico sobre lutas, não veio descuidado, e não me ataca.

Nem olho para ver como Soldado está, minha única preocupação nesse momento é Vitor.

Ele da o primeiro soco, me acerta, porém foi um soco leve, de estudo. Soco seu rosto, porém ele parece não sentir nada.

Ele começa uma série de socos fortes, várias artes marciais misturadas, e com muita noção de espaço. Seguro seu braço direito e aplico uma joelhada na costela de mesmo lado, tenho certeza que quebrei.

Ele me aplica uma rasteira, caio de costas no chão e já vejo uma mão vindo na direção do meu rosto, consigo desviar e ele soca o chão.

Me levanto e tento o chutar, ele desvia, e aplica um soco bem no meio do rosto. Passo a mão no nariz e vejo que está sangrando. O desgraçado conseguiu quebrá-lo.

- Dói né? - ele diz com um sorriso.

- Você ainda não viu nada.

Pulo e chuto seu rosto, provocando um corte no seu supercílio direito. Era tudo o que eu precisava.

Por que? Porque assim o sangue desce no olho direito dele e atrapalha sua visão do mesmo lado.

Desvio de alguns golpes dele esperando o sangue descer bastante. Quando desce, aplico vários no lado direito dele, como ele praticamente não vê, fica sem reação.

Dou um gancho certeiro em seu queixo, ele cai. E o finalizo.

Desde que virei o Sombra, foi meu adversário mais difícil, é muito bem treinado.

Olho para o lado e vejo que Soldado está com alguns problemas com Luiz.

Pego um pedaço da minha corrente e corro até o nosso adversário. Pulo em suas costas e prendo a corrente no seu pescoço, enquanto Leo o soca com muita violência.