ARMAS

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Acordei com o toque do meu celular, o céu já estava escuro, peguei o celular, e vi que era o número de Alexandre:

- Alô? - eu disse com voz sonolenta.

- E aí Lucas! Faz tempo em...

- Alexandre! - eu falei com ânimo. - eu preciso falar com você!

- Eu também quero jogar uma conversa fora, onde vamos?

- Deixa eu ver...

- Que tal aquele restaurante perto da nossa antiga escola?

- Melhor não, um lugar mais privado, sabe onde é minha casa?

-Sei, eu já fui aí algumas vezes para conversar com Leo e Sarah enquanto você estava fora.

- Ah, e você consegue vir?

- Sim.

- Estou esperando então.

Então desliguei o celular, levantei da cama, e me troquei com roupas que estavam nas malas.

Fui para a sala, liguei a TV e fiquei assistindo por um tempo. Até que lembrei que eu precisaria usar a caverna. Então peguei meu celular, e mandei uma mensagem para Leo que dizia: "Vai pra algum lugar com a Sarah, vou ter que usar a caverna!"

Fiquei torcendo para que Leo lesse a mensagem, enquanto isso, fui para a sacada do meu quarto, e fiquei vendo a cidade: prédios, carros, casas, shoppings. Coisas que se vêem em grandes cidades. Eu também via pessoas, pobres cidadãos que não sabiam que estavam ameaçados todo instante a serem mortos ou assaltados pela Máfia dos Ternos Brancos.

De repente meu celular vibra, pego o aparelho e vejo que era uma mensagem dizendo: "Ok, estamos indo". Continuei na varanda e vi o casal entrando em um carro, abrir o portão e ir para a rua. Saí da sacada e fui para a sala.

Dez minutos depois aproximadamente, ouvi a campainha tocar. Desci as escadas e quando abri o portão e vi Alexandre, o cumprimentei e entramos na casa, ficamos no primeiro andar mesmo, onde tinha uma mesa, sentamos e ficamos conversando, até que ele perguntou:

- Mas o que é tão importante que você não podia me falar em outro lugar, que tinha que ser aqui.

- Calma, me acompanha até o meu quarto.

No andar de cima peguei uma mala, e falei:

- Isso!

- Uma mala?

- Não.

- Então porque falou que era isso?

- Pra ter um tom de mistério.

- Ah caramba.

Então pedi pra ele ir comigo até a caverna.

Chegamos na porta, Alexandre abriu e me falou que Leo tinha o cadastrado.

Virei para frente dele e falei:

- Vai indo para o modificador de armas de fogo.

- Por que?

- Vai logo!

- Nossa, e a gentileza onde fica?

- Lá no Acre!

- Aff.

Ele foi para o modificador, enquanto eu apoiava a mala no chão e tirava de lá: duas armas m93r pretas, uma Magnum 44 prata, e duas Scorpions pretas. Todas feitas de plástico, para não serem identificadas no detector de metais dos aeroportos.

Fui na direção de Alexandre, quando ele me viu com as armas, se assustou e gritou com as:

- Você vai me matar? Por favor não! Eu tenho filhos!

- Você não tem filhos!

- Sei lá, nos filmes isso sempre dá certo...

- Isso não é um filme! - Eu gritei tentando assusta-lo

- Aaaaaaaaaah!

Eu comecei a rir muito, quase caí no chão... mas ele começou a me olhar com cara feia:

- Desculpa. - eu falei tentando parar de rir.

- Não teve graça, o que você quer afinal?

- Tá vendo essas cinco armas?

- Vi muito bem, o que você quer?

- Preciso que você use isso - eu falei apontando para o modificador de armas - para transformar isso - eu falei olhando para as armas - em armas com dardos tranquilizantes... com mesma pressão, mesmo alcance, mas não serem letais.

- Por que?

- Eu explico, mas calma, você pode se assustar...

Eu expliquei tudo pra ele: desde a morte da minha mãe, até os dias atuais, e falei que precisaria das armas para me vingar.

- Mas se você quer se vingar... por que vai usar tranquilizantes?


- Eu já vi gente demais morrer, se eu souber que eles tão na cadeia já é muito bom!

- Ok, me dê as armas para eu poder começar.

Eu entrego às armas e ele começa o trabalho, coloca uma arma dentro do modificador, que era um espécie de cubo de vidro com duas mãos mecânicas no topo, e que eram acionadas pelo computador, você escolhia o que queria, e as mãos faziam. Elas faziam quase qualquer coisa de acordo com Alexandre.

Alexandre me falou que iria demorar mais ou menos 3h para ficar tudo pronto, então resolvi ligar a esteira da caverna e correr.

...

Depois do tempo prometido, tudo estava pronto. Só teve um problema...

- Aqui estão - disse ele.

- Ah, obrigado.

Eu fiquei segurando uma das m93r, só que eu não sabia que ela estava destravada... então sem querer, acabei dando um tiro em Alexandre.

Ele girou os olhos e caiu.

- Ai caramba... bom, pelo menos funciona.

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