THE QUESTION

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POV DARYL

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POV DARYL

Cassie era meio louca. Ou totalmente, tanto faz, mas isso não importa muito, porque ela era a minha louca.

Quer dizer, quantas mulheres existem nesse mundo que derrubarião o seu pai – que é um cretino e bêbado – de cara no chão, e de bônus, ainda estourariam uma lata de cerveja na cara dele? Eu com certeza só conheço uma, Cassie.

Eu fiquei meio envergonhado, é claro, por ela ter visto meu velho naquelas condições. Mas eu sabia que não era o primeiro que ela via. Sabia, que infelizmente, a infância de Cassie não tinha sido muito diferente da minha, e isso era o que mais me chocava. A loirinha – como Merle adorava chamá-la – , era uma das pessoas mais doces e gentis que eu já tinha conhecido. Mesmo depois de tudo o que ela passou, ainda era a mulher mais incrível que eu já conheci.

Cassie era a mulher da minha vida, e já não tinha mais dúvidas disso.

(...)

Estava terminando de arrumar uma mochila para ir caçar, quando a porta do quarto foi, praticamente, arrombada por Cassie, que entrou completamente afobada no recinto.

— O que aconteceu? — perguntei preocupado, mas logo relaxei ao ver o sorriso intenso que brilhava pelos seus lábios rosados.

Ela se encolheu rapidamente e escondeu um papel branco atrás de si. Fez um bico e me olhou com os olhinhos de cachorrinho abandonado, que ela fazia todas as vezes que eu a dizia não ou quando ela aprontava. O que foi que está mulher fez dessa vez?

— Não fica bravo comigo, eu só quero ajudar — ela disse, a carinha fofa quase conseguindo acabar com a minha pose mesmo sem eu saber exatamente pelo o que eu deveria estar bravo.

— O que foi que 'cê aprontou dessa vez, ein? — ergui uma sobrancelha e cruzei os braços.

— Eu posso ter alugado um lugar... — ela deu um passo na minha direção, e eu fiquei confuso. — Um lugar pra nós dois. Mais pra você do que pra mim, mas você sabe....

Não consegui disfarçar minha cara de confusão. Que merda era aquela?

— Não, eu não faço ideia do que você 'tá falando.

Ela suspirou, e me entregou o papel. Era um contrato de aluguel, no nome dela, mas o meu estava ali também. Era uma sala comercial bem no centro da cidade.

— Oque que é isso, Cassie? — balancei o contrato na sua frente.

— Eu aluguei uma sala pra gente abrir uma oficina — ela falou bem rápido, e intensificou a carinha fofa.

Perdi o ar. Ela era louca?

— 'Tá de sacanagem?

— Eu não — ela suspirou e colocou as mãos nos meus ombros. — Olha, eu tô vendo o seu esforço todos os dias pra economizar uma grana e alugar um lugar. 'Cê sai cedo todos os dias, e volta morto quase toda a madrugada. Eu vi você caçando um lugar no jornal esses dias, e pensei em te ajudar a procurar, e achei essa sala maravilhosa no centro, e o melhor, o aluguel nem é tão caro assim, aí pensei: por que não?

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