WAY DOWN WE GO

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Sinceramente, não sabia como as coisas tinham dado tão errado

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Sinceramente, não sabia como as coisas tinham dado tão errado. Quer dizer, como as coisas chegaram naquele ponto tão rápido?

Mal fazia duas semanas desde que eu finalmente tinha encontrado Daryl, e então fomos perseguidos pelos canibais que aparentemente tinham sobrevivido ao Terminus. Ah, fala sério! Pareciam baratas, não morriam por nada.

Aí o Bob perdeu a perna e descobrimos que ele tinha sido mordido, deixamos ele morrer em paz, enquanto montavamos uma armadilha para matar de vez os malditos canibais. Tudo isso na igreja de Gabriel, um padre que achamos e socorremos em cima de uma grande pedra sendo atacado pelos mortos. No fim, conseguimos matar os sobreviventes do Terminus.

Não sem antes, é claro, Daryl quase me matar do coração por sumir mais de vinte e quatro horas.

— Você está louco? — eu berrei empurrando seu peito musculoso do lado de fora da igreja. Notei como o resto do grupo rapidamente foi para dentro, nos dando privacidade. — Eu achei que você tinha sido sequestrado também, o Bob perdeu a merda da perna! Sabe o quão preocupada eu fiquei?

Eu ainda esmurrava seu peito, enquanto lágrimas caiam sem controle. Daryl saiu sem avisar, e com todas aquelas coisas acontecendo eu só conseguia pensar em duas grandes catástrofes. A primeira era que meu marido tinha sido sequestrado também, mas bem, Daryl era Daryl. O que tirava um pouco a lógica disso, restando apenas a segunda opção: ele finalmente tinha surtado com todo esse lance da Sarah e fugiu, mas eu também a descartei porque sabia que ele não era esse tipo de homem.

Então apenas fiquei desesperada, sem nem ao menos imaginar o que pudesse ter acontecido com ele, o que era, provavelmente, a coisa que mais me deixava aflita.

— Me desculpe, Anjinho, não quis te preocupar — ele murmurou.

Daryl sabia que tinha feito merda, por isso não fez nada para desviar dos meus golpes, pelo contrário, me puxou contra ele em um abraço apertado, beijando o topo da minha cabeça, sem se importar com as lágrimas encharcando sua camisa.

Eu havia acabado de encontrá-lo, não podia perde-lo outra vez. Não assim, não sem uma explicação.

— Eu achei que tinha te perdido de novo — funguei, ainda com o rosto enterrado em seu peito.

— Eu sei, eu sei — alisou meus cabelos, distribuindo selinhos pelo meu rosto. — Me desculpe.

Levantei minha cabeça e encarei seus lindos olhos azuis. Jamais me cansaria de admirá-los. Acho que era a coisa que eu mais gostava de olhar.

— Sarah quis saber onde o papai dela estava.

— É? E o que você disse? — Daryl colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, logo depois começando um carinho na minha bochecha.

— Que você tinha ido procurar um presente de aniversário atrasado pra ela. Se vire querido.

E antes que ele pudesse reclamar voltei correndo para dentro da igreja, ainda sim, pude ouvi-lo praguejar.

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⏰ Última atualização: Sep 02 ⏰

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