THE CAR

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POV CASSIE

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POV CASSIE

Eu já estava em Dawsonville a algumas semanas. Meu trabalho no Viki's era tranquilo, meio período, e não era como se eu nunca tivesse trabalhado de garçonete antes. Considerando que meu antigo emprego era em uma boate, eu acho que eu estava no lucro tendo que atender apenas idosos e caipiras simpáticos, nada de adolescentes bêbados com identidades falsas ou caras escrotos querendo saber que horas eu saia pra me levar pra cama. Até tinha feito uma amiga, o nome dela é Gracie. Meio doidinha mas é gente boa, trabalha como garçonete também e além disso mora no mesmo prédio que eu.

A cidade era realmente pequena, mas mesmo assim, eu achava que já estava na hora de comprar um carro pra mim. Eu tinha um pouco de dinheiro ainda, dinheiro que tinha sobrado do que a minha mãe me deu no dia em que fugi. Juntando com o que eu tinha ganhando no trabalho, mais o dinheiro da caça, talvez eu conseguisse comprar uma lata velha. Desde que andasse estava mais do que ótimo pra mim.

Por isso, ao invés de ir até uma revenda de carros, me dirigi até o ferro velho da cidade, haveria de ter algo lá que servisse pra mim, certo? Certo.

Assim que entrei no pequeno edifício, localizado praticamente no meio do ferro velho, avistei um senhor de meia idade sentado em uma cadeira giratória, atrás de um balcão entulhado de peças enferrujadas. Ele parecia muito feliz e entretido mexendo em uma engenhoca, que não fui capaz de identificar o que era, para notar minha presença. Mas isso não se demorou muito tempo para acabar, já que logo eu acabei esbarrando por acidente em uma peça de metal no chão, que saiu rolando por debaixo do balcão, e parou aos pés do senhor.

Ele ergueu os olhos pra mim, sorriu, e perguntou:

— Posso ajudar a senhorita com alguma coisa?

— Desculpe incomodar, eu gostaria de saber, se o senhor por acaso, não teria um carro 'pra me vender — respondi um pouco desconcertada.

— Acho que errou o lugar senhorita, a revenda de carros fica do outro lado da cidade — ele disse após erguer a sobrancelha, e soltar uma risadinha divertida.

Eu balancei a cabeça em negação.

— Eu sei senhor. Estou procurando um carro detonado, mas que tenha como reformar. Acredito que isso esteja mais dentro do meu orçamento, do que comprar um carro semi-usado.

— Ah, sim, sim  ele balançou a cabeça conformando. — Meu nome é Joel. Venha comigo senhorita, acho que tenho o que procura aqui nos fundos.

— Eu sou a Cassie — cumprimentei, seguindo o senhor para fora do edifício.

Ele me levou por curvas e mais curvas, daquele labirinto - que para mim parecia infinito - de paredes enormes de sucata empilhada, até que finalmente parou ao lado de uma caminhonete azul desbotada, que parecia mais velha do que o próprio senhor. No entanto, a caminhonete parecia em bom estado, não estando nem um terço tão amassada ou destruída como vários dos outros carros que eu havia avistado no caminho até ali.

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