THE SCARS

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POV DARYL

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POV DARYL

Eu tinha ido buscar Cassie no curso de enfermagem quando a chuva começou a cair. Talvez eu devesse ter prestado mais atenção nas nuvens escuras no céu, antes de pegar a moto de Merle emprestada.

Ao contrário do que eu pensei, Cassie não deu a miníma de voltar para casa pegando chuva. Assim que me viu, saiu debaixo da cobertura da entrada principal do hospital e caminhou até mim sorrindo, como se nem ao menos pudesse sentir a chuva forte que já a estava deixando parcialmente encharcada. Ela envolveu os braços em torno do meu pescoço e me abraçou, ao mesmo tempo em que eu circulava meus braços ao redor de sua cintura. Cassie sabia que eu não me sentia muito confortável com demonstrações de afeto em público, ou de contato físico. Na verdade eu me questionava o tempo todo o porque de uma mulher daquelas estar com um homem como eu. A garota era incrível, tudo o que um cara já sonhou em encontrar, e estava ali, nos braços de um caipira idiota que nem tem onde cair morto. Ela merecia coisa melhor, e eu sabia muito bem disso.

Cassie se afastou um pouco do abraço e me olhou com seus lindos e azuis olhos brilhantes, ela inclinou a cabeça para o lado e mordeu o lábio inferior, atraindo minha atenção para sua boca. Ela parecia ponderar sobre algo, por fim ela sorriu e perguntou.

— Eu posso te dar um selinho? 

Abri a boca em choque. Ela estava mesmo me perguntado se podia me beijar, simplesmente porque estávamos rodeados de pessoas? De novo, eu não merecia aquela mulher. 

Aparentemente ela interpretou minha reação como uma negativa ao seu pedido, mesmo assim sorriu e assentiu com a cabeça, enquanto espalmava as mãos em meu peito. 

— Um dia você consegue — ela disse, a voz calma e doce. — Vamos nessa Estrelinha, ou vamos pegar uma chuva com essa gripe.

Ela tentou se afastar, mas não mechi minhas mãos de sua cintura, pelo contrário, a apertei mais contra mim, e então levei uma de minhas mãos até a sua nuca e a puxei de encontro a mim, selando meus lábios contra o dela, e pedindo passagem com a língua logo depois. Senti uma coisa esquisita no estômago, isso acontecias toda vez que eu beijava Cassie. Era estranho, porque isso nunca tinha acontecido antes, com nenhuma das poucas mulheres com as quais me relacionei, mas não era uma sensação ruim. Era gostosa, e única. Na verdade, andei reparando, que quando se trata de Cassie em minha vida, tudo com ela é único e especial.

Ela separou o beijo e me deu dois selinhos enquanto se afastava, reparei que seu sorriso ficou ainda maior e mais brilhante, se é que isso era possível. 

— Certo — concordei. — É melhor mesmo sairmos daqui antes que fiquemos doentes.

Depois de subirmos na moto, arranquei com cuidado e dirigi em uma velocidade menor do que a a que eu geralmente pilotava, por conta da chuva, e também por conta de Cassie. Sofrer um acidente porque eu ultrapassava os limites de velocidade da cidade era uma coisa, agora, fazer a Cassie sofrer um acidente por causa disso era outra. Quando se tratava dela, eu tinha um extinto de proteção que espantava até a mim mesmo as vezes. Eu a protegeria, e daria tudo de mim para que nenhum mal a afligisse jamais.

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