THE SEARCH

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POV CASSIE

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POV CASSIE

Sophia nos disse que seu grupo estava na estrada, presos no engarrafamento, então voltamos para a rodovia – não sem antes, é claro, alimentar a garotinha e lhe hidratar. A coitada parecia com um dos mortos de tão magra e fraca que estava.

Ao voltarmos, porém, não encontramos seu grupo, apenas um carro onde os dizeres: "Voltaremos em breve, espere aqui Sophia.", escritos em letras garrafais com uma caneta de giz branco. No parabrisa do carro, também tinham alguns enlatados e um pouco de água. Decidimos passar a noite por ali mesmo.

Limpamos um dos carros próximos, e nos aquecemos com cobertores que achamos em outros veículos abandonados, aliás achamos pouca coisa útil, mas mesmo assim, nos dias de hoje, qualquer achado já é uma pequena vitória.

— Você acha que vamos encontrar eles, Cassie? — Sophia sussurrou pra mim mais tarde naquela noite.

Gracie dormia feito pedra, e Sarah estava agarrada ao meu peito, mamando com uma pequena bezerrinha.

— Eu vou encontrar eles, querida, isso é uma promessa — eu lhe assegurei.

— E você nunca quebra uma promessa, não é Cassie?

— Jamais pirralha!

Ela fez um bico assim que ouviu o apelido. E eu ri baixinho de sua cara.

— Eu não sou pirralha! — Sophia retrucou irritada.

— Certo, certo! — eu me rendi de brincadeira, erguendo as mãos. — Vá descansar pirralha, amanhã será um longo dia.

Sophia não retrucou dessa vez, apenas se deixou levar pelo cansaço. Deixei Sarah terminar de mamar, e depois a embalei em um sono calmo e profundo. Eu no entanto, permaneci alerta. A primeira a vigiar seria eu. Perto do que eu supus ser umas três da manhã, Gracie acordou e me mandou dormir. Eu não reclamei, estava podre.

Na manhã do outro dia, acordamos cercadas de mortos que passavam por nós sem nos enxergar, já que ainda estávamos deitadas dentro do carro. Gracie e eu nos entreolhamos, concordando silenciosamente de que não podíamos ficar aqui.

Sophia acordou depois, em pânico com os mortos podres andando ao nosso redor. Eu me apressei para acalmá-la antes que minha irmãzinha despertasse a atenção dos caminhantes para nós, nos colocando em uma situação arriscada, e possivelmente, irreversível.

Quando tivemos certeza absoluta de que os mortos já estavam longe, e que estávamos seguras, decidimos partir.

— Cassie não podemos ir embora! Mamãe vai voltar para nós buscar, só precisamos esperar — Sophia implorou.

Eu troquei um olhar com a minha amiga. Talvez aquilo não fosse ser tão fácil quanto pensávamos que seria.

— Meu bem, você mesma viu que estávamos cercadas. Aqui não é seguro, não podemos ficar — eu me abaixei até ficar em sua altura.

THE RETURN OF THE DEAD Onde histórias criam vida. Descubra agora