SARAH

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Um silêncio tranquilo se instalou no grupo, à medida que avançamos na direção em que eu sabia que as meninas estavam

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Um silêncio tranquilo se instalou no grupo, à medida que avançamos na direção em que eu sabia que as meninas estavam. Eu liderava o grupo  rastreando as pegadas, com Daryl do meu lado acompanhando meu ritmo, e vez ou outra dando sua opinião.

— Então — a voz de Abraham cortou o silêncio. — Quantos anos você tem, Cassie?

Eu olhei de esguelha para Daryl, e sorri maligna.

— Dezenove!

Ouvi arguejos surpresos, até assustados, e tenho certeza de que Maggie e Glenn se engasgaram. Eu prendi a risada ao máximo, me segurando para não acabar com a brincadeira. Olhei para meu marido, e ele arregalou os olhos para mim, escancarando a boca.

— Cassiopeia Dixon! — ele brigou me empurrando.

Eu tropecei numa raiz e caí de bunda no chão rindo alto e  incontrolavelmente. Precisei de alguns minutos para me acalmar, e percebi como o grupo olhava com uma careta estranha para Daryl.

— Ela tem vinte e cinco — esclareceu ele me olhando bravo. — Era só uma brincadeira, sua mentirosinha — sussurrou a última parte para mim, me olhando de olhos semicerrados.

Lembrei como Daryl ficava mal as vezes com a nossa diferença de idade, e rapidamente parei de rir me pondo em pé. Me aproximei do meu marido e o abracei de lado mesmo contra a sua vontade, deixando um beijo estalado em sua bochecha.

— Eu tenho vinte e seis na verdade, fiz semana passada — conclui olhando para o grupo.

— Ah, graças a Deus — murmurou Glenn pondo a mão no peito.

Eu ri outra vez com a sua reação exagerada.

— Mas parando para reparar, você realmente parece bem mais jovem. Uns dezoito no máximo — comentou Michone.

Eu sorri para ela, e maneei a cabeça, deitando-a entre o bíceps e o ombro de Daryl, agarrada ao seu antebraço musculoso.

— Obrigada — eu agradeci. — Eu conheci um homem uma vez, ele me ensinou muitas coisas, uma delas era sobre plantas medicinais. Eu aprendi uma mistura muito boa para pele, Merle disse que eu pareço cada dia mais jovem — contei rindo.

— Que homem? — Daryl ergueu uma sobrancelha para mim, ainda meio bravo com minha brincadeira.

— Você é ciumento, ein? — brinquei mais. Ele me encarou com uma carranca. — Te conto depois, vamos andando gente.

Eu desconversei voltando a andar, ainda agarrada ao braço dele. Não o soltaria tão cedo agora.

(...)

— Estamos perto agora, cuidado onde pisam — eu avisei, cerca de vinte minutos depois.

— Por que devemos cuidar onde pisamos? — o garoto mais jovem, Carl, se eu não me engano, perguntou-me.

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