Aftermath

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Helloooooo!!!! Cá estou de volta, no prazo adequadoooo!!!! Uhuuuuuu!!!!!

Gente, nem sei como dizer o quão boiolinha vocês me deixaram por não abandonarem essa história!!!! Beijos enormes no kokoro de cada leitor!!!!!!! De verdade!!!!
Esse capítulo é mais interação e menos ação, e finaliza com Romanogers soft e fofo com a nenê de ambos. Espero muito que gostem!!!!





    Natasha despertou na metade do voo, e seu primeiro movimento foi procurar por cada um dos amigos; Steve e Clint a seguraram com cuidado, acalmando-a, mas o modo como ela enrijeceu ao toque os fez recuar. Certo, cedo demais para contato físico, depois do episódio com Nadya.
    — Calma, Nat. — Steve falou baixo e em tom calmo, oferecendo sua mão a ela. — Estão todos a salvo. Barton está com uma perna ruim, mas ninguém está em perigo de vida. Nem mesmo Thor.
    — Graças a Lady Natasha, sinto que devo salientar. — Thor se aproximou na intenção de cumprimentar Natasha, mas Clint o impediu e fez um gesto indicando para o amigo manter distância, enquanto a espiã tocava o próprio corpo com as pontas dos dedos, surpresa em não sentir quase nenhuma dor. — Está ferida, Romanoff?
    — Nada grave. A maioria dos machucados fechou com... — O deus terminou a frase por ela:
    — Com Mjolnir. Sim, ele tem esse efeito... E embora eu não entenda o que ocorreu, sei de duas coisas: a primeira é que devo-lhe minha vida, ou no mínimo alguns meses da minha saúde; a segunda é que minha amiga é digna do próprio Valhalla, e foi um instrumento dos deuses que o disse!
    Com uma leve contração do lábio que mal foi um arremedo de sorriso, ela assentiu brevemente e se sentou na borda da maca:
    — obrigada, Thor. — Ela não tinha vontade ou ânimo para debater com Thor, não agora. Com cuidado, removeu os acessos e se levantou, virando-se para Tony. — Conseguiu tudo?
    — Você foi absolutamente brilhante, Romanoff, e conseguimos absolutamente tudo que os filhos da mãe vêm escondendo.
    — Compartilhe comigo o que JARVIS decodificar. — Ela esfregou a nuca levemente. — As meninas?
    — No compartimento de trás, descansando. Coisinhas desconfiadas, mas já lidei com alguém parecida. — Clint deu um sorriso reconfortante para ela. — Tasha? Como se sente?
    — Só preciso ver as meninas, e ficar um pouco sozinha. Desculpem, meninos. Vocês foram incríveis. — Romanoff caminhou para o compartimento posterior, deixando seus colegas bastante preocupados com ela, mas compreensivos. Eles a haviam visto ser despida, torturada, haviam ouvido segredos dela... Desconfortável seria um eufemismo para o que devia sentir, agora.
   
*

    As garotas estavam sentadas em silêncio, a maioria de braços cruzados e rosto fechado, enquanto Tatiana se esparramava de costas no chão, os pés apoiados em uma cadeira e uma garrafa de uísque em uma das mãos.
    — O que está fazendo, Tatiana?
    — Abastecendo o tanque. Pareço uma garota, mas sou um Autobot. — Ela respondeu com ironia, sentando de pernas cruzadas. — O que parece que estou fazendo? Enchendo a cara, é óbvio.
    — Claro. Idiotice minha perguntar. — Romanoff se sentou no chão, perto das meninas, e estendeu a mão para a garrafa. — Pegaram do Stark?
    — Ele tinha várias. Comprometedor para um jato de missões, mas gente rica faz o que quer. — A garota estava levemente alterada, menos sisuda e mais sorridente. — Não vai dar sermão?
    — Não. Vocês já fizeram muita coisa que seus corpos e mentes não estavam prontos para fazer. Seria hipocrisia. Mas isso fica comigo, está bem? — Natasha pegou a garrafa e bebeu os cerca de 300 ml restantes de uma vez, antes de ir ao armário e pegar os salgadinhos e refrigerantes que a equipe mantinha para voos longos. Cheios de sal, açúcar e péssimos para a saúde, mas com sabor viciante e excelentes para liberar dopamina. — Não é uma refeição, mas vai manter vocês de estômago cheio até chegarmos.
    Timidamente, Tatiana foi a primeira a abrir um dos sacos de batatas e provar o conteúdo, abrindo um leve sorriso e deixando escapar um gemido de satisfação.
    — Uuuhhmmm, eu tinha esquecido como isso era bom!!! Aqui, Lisa, pega! — Ela passou adiante para as outras, e após alguns minutos a fome e a insistência venceram todas. De repente, pareciam um pouco mais as crianças que eram. Natasha então se sentou no chão e falou com todas e nenhuma em especial:
    — Como vocês estão?
    Um gesto unânime de dar de ombros aconteceu entre as meninas, que se entreolharam antes de Anya responder:
    — Estamos vivas. Mas o que acontece, agora? Metade de nós nem tem casa para voltar, e as que têm não sabem nem como achar suas famílias.
    — Esse é o meu departamento. Vocês vão ficar sob os cuidados dos Vingadores; irão para o centro de treinamento juvenil da SHIELD, onde receberão tratamento, cuidados e as órfãs encontrarão famílias adotivas, ou poderão optar por permanecer na agência. Já as que tiverem famílias serão levadas para casa, e suas famílias serão postas sob proteção internacional enquanto testemunhas e vítimas da HIDRA. Seu tratamento médico e psicológico e estudos até o fim da graduação serão custeados. Vocês terão vidas livres, para escolherem como querem viver.
    Dalynka mexia nervosamente os dedos, olhando para o chão.
    — Não é tão fácil assim... Como a gente volta a ser quem era? Só voltar ao "normal"? Depois de tudo que fizeram com a gente? Nem sabemos mais o que é "normal".
    Natasha suspirou, anuindo.
    — Por isso receberão tratamento e assistência. Eu sei que parece difícil, agora, mas é possível. Vocês ainda têm tempo de se reconstruir, e terão todo o suporte de que precisam, para tanto.
    As crianças a olharam como se aquelas palavras já não fizessem sentido completo; Natasha queria ajudar mais, mas sabia que elas precisariam sobretudo de tempo.
    — Vivam um dia por vez. Fiquem juntas, cuidem uma das outras. Cada dia vai ser um pouco melhor.
    — Foi o que você fez? — Caleigh perguntou.
    — É o que faço até hoje, mishka. — Natasha passou os olhos pelas garotas e se levantou. Alcançou mais alguns cobertores, além dos que os colegas já haviam dado às jovens, e entregou a elas. — Temos algumas horas de voo, ainda. Tentem dormir e, se precisarem de algo, me chamem, está bem? Estão seguras, aqui.
    Os olhares de todas eram misto de alívio, receio e choque. Os olhos de vítimas sendo libertas. Esboçando um sorriso para as garotas, Romanoff voltou para a cabine frontal, e se enfiou na poltrona mais distante de todas, puxando uma coberta sobre si. Não queria ter de lidar com nenhuma das perguntas, olhares ou comentários de qualquer um deles, de sorte que apenas fingiu dormir, mesmo quando Tony e Steve se envolveram numa acalorada discussão acerca de o Homem de Ferro ter acobertado e ajudado Natasha em segredo. Não era que não se importasse, mas Tony era grandinho o bastante, e seu corpo e cérebro simplesmente não aguentavam mais. Ela sequer percebeu o sono pesando, antes de o fingimento se tornar realidade.

A Aranha na TeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora