Steve

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Hellooooo

Cheguei de volta, e esse capítulo a gente vai ver pelo ponto de vista do Steve!!! Em dois capítulos teremos Era de Ultron!!!!!!

Espero muito que gostem!!!

Abraços, e boa leitura!!!


As quatro meninas resgatadas da HIDRA podiam parecer crianças de treze a dezessete anos, mas suas habilidades superavam em muito os agentes médios ou recém admitidos da SHIELD; suas mentes eram afiadas e mesmo Calleigh, a mais nova, detinha uma personalidade manipuladora o suficiente para fazer treinadores incautos cederem a suas vontades sem sequer perceberem. Steve via isso mesmo que raramente fosse à SHIELD, e o modo como sua filha parecia muito mais à vontade com as jovens delinquentes do que com outras crianças mutantes o preocupava mais do que costumava verbalizar... Por mais empática, doce e adoravelmente travessa que sua menininha fosse, ela estava crescendo, e apenas um idiota não perceberia a personalidade forte que se desenvolvia. Sim, ele entendia que Lucy possuía um passado de violência e brutalidade, que vinha do mesmo lugar que aquelas adolescentes... Mas fora resgatada muito antes e, tanto quanto o Capitão esperava que aquele contato de fato influenciasse as garotas maiores positivamente, também temia que o inverso ocorresse. Lucy já podia ser insidiosa e manipuladora, quando lhe convinha - sejamos honestos, ela era filha de Natasha, e ser uma telepata apenas a tornava mais hábil na arte de influenciar os demais, pois lhe dava os precisos recursos para saber o que atingiria o ponto exato das emoções para causar o efeito pretendido - e ver que a garota de 9 anos tinha habilidades combativas próximas às das jovens assassinas foi misto de preocupação e alívio. Se de um lado tornava a filha capaz de se defender, por outro a tornava uma agressora em potencial. Ele e Natasha precisavam ter absoluta certeza de que a pequena desenvolvesse caráter íntegro, ou teriam problemas em poucos anos. O que lhe permitia respirar tranquilamente, por ora, era de fato a empatia de Lucy; capaz de se colocar no lugar dos outros com extrema facilidade, a criança acolhia e buscava compreender as motivações alheias como poucos adultos tentavam, e menos ainda conseguiam. Nas palavras de Peggy, a garotinha de cabelos vermelhos, ainda que fosse um diabrete travesso e potencialmente perigoso, era uma pessoa que curava as outras, não por interesse ou barganha, mas por saber qual era a sensação de estar ferida.

- Ela não está sendo transformada numa Widow, Capitão. - A voz de Natasha soou tranquila ao seu lado. - E nós todos vemos quem ela é. Lucy não tem traços violentos ou minimamente crueis... Ela só encontrou pessoas com histórias e interesses parecidos.

- Eu sei, Nat... Só... Não me perdoaria se deixasse ela se desvirtuar. - O americano se virou para a agente, que estivera treinando os novos cadetes até há pouco e usava leggins e top, com uma toalha no pescoço e lavada em suor; e mesmo toda desalinhada, o soldado não conseguia ver qualquer traço que não o encantasse. Sentia tanto orgulho dela, de tudo que a espiã vinha fazendo para se curar, para reconstruir sua vida, da coragem que mostrava em todos os aspectos possíveis, de quem ela era... Mesmo depois de anos, seu coração acelerava quando olhava para a ruiva, e tinha certeza de que isso nunca iria mudar. - Você não tem medo?

- Cada segundo da minha vida; mas não vou impedir nossa filha de viver, projetando medos pessoais em coisas que não são de fato nocivas. Ela é uma criança que mostra caráter, empatia, responsabilidade, afeto, respeita os demais... É óbvio que a adolescência vai nos dar dor de cabeça, mas toda adolescência dá e ela é... Bom... Lucy. - Romanoff riu baixinho. - Sabe o que ela disse mais cedo, quando um dos cadetes de 17 perguntou se ela não sabia ficar no chão, depois de cair pela décima vez? - Steve imaginou o que viria, mas riu ainda assim quando escutou as palavras seguintes. - "Posso fazer isso o dia todo". Você é o herói dela, Capitão. Ela se espelha em você, e apenas isso já me deixa muito confiante sobre quem Lucy vai ser, quando crescer.

A Aranha na TeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora