Natal - Capítulo Bônus

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Hello again!!!
Continuando as postagens, agora trago esse capítulo que escrevi para o Natal de 2020. Não afeta diretamente a história, mas é uma sequência de cenas fofas para dar um alívio no coração e respirar um pouquinho, rsrsrs. Espero que gostem!










 A decisão por uma festa de final de ano para toda a equipe acabará por não ocorrer apenas a Natasha, mas a todos. O caos se instalara apenas quando se tratara de decidir a data: Jane passaria com os pais, então Thor gostaria de passar essa primeira celebração terráquea com ela. Pepper também viajaria em seu recesso para visitar a família, e tirar um ou dois dias para ficar exclusivamente com Tony em um hotel à beira-mar. Clint, obviamente, tinha a própria família, e o fato só foi revelado quando até mesmo JARVIS foi silenciado, para os ouvidos unicamente dos colegas de equipe. Steve sugerira celebrar no dia de Ação de Graças, mas a careta de Natasha ante a menção ao feriado mais americano que poderia haver fez todos rirem. No final, foi Thor quem resolveu o problema, sugerindo que celebrassem na data do Solstício de Inverno, já que via muitos paralelos entre o Natal e a celebração pagã européia. Posteriormente, Banner explicaria ao amigo que muitas das tradições natalinas eram apenas incorporações de elementos pagãos, e a isso se devia a similaridade.

    Discussões resolvidas, a data ficara decidida para o dia 21. Agora, à véspera do dia, todos haviam enfim decidido fazer seu merecido recesso e passar alguns poucos dias que fosse fora do risco constante de morte que era seu trabalho.

       Natasha acordou cedo, como de costume, e já não despertava tão surpresa com a sensação dos braços de Steve ao seu redor. Na verdade, isso apenas lhe arrancava um sorriso do rosto, enquanto ninguém ainda podia ver. Com cuidado, esquivou-se ao abraço do soldado que, mesmo assim, despertou e lhe lançou uma de suas radiantes expressões de felicidade:

    - Bom dia, Nat.

    - Bom dia, Capitão. - A russa começava a se arrumar para ir à sala de balé, em vez de sua costumeira natação matinal, e Rogers nunca deixava de se sentir fascinado pelo corpo perfeito e flexível de sua amada. Não se tratava de algo apenas sexual: como artista, amava ver a fluidez dos movimentos, o modo como a luz refletia na pele de alabastro, o contraste entre o collant escuro e o branco marfim da pele que parecia esculpida em mármore de Carrara. Não tinha certeza se ela sabia (provavelmente sim), mas o americano possuía dúzias de desenhos de sua companheira, em vários ângulos e atividades. - Pare de me encarar como se houvesse alguma coisa em mim que você ainda não viu, Steve!

    - Cada vez que olho para você, descubro um detalhe novo para me apaixonar.

    - Americano sentimental. - Por detrás do resmungo, um leve sorriso de canto denunciou a falsa irritação. - Vou mostrar e começar a ensinar Suíte do Quebra-Nozes para Lucy. É bem vindo para assistir, se quiser.

    O Capitão não respondeu, mas o barulho da cama denunciou que se levantara e, quando Natasha já prendia os compridos cabelos ruivos, sentiu o namorado abraçá-la pelas costas. Pousando a mão sobre o braço musculoso em torno de sua cintura, mirou a imagem de ambos no espelho, e não podia discordar de que era o tipo de situação que, em sua juventude, desejara com frequência. Agora, quando já havia quase se esquecido de um dia ter sonhado com algo assim, a vida colocava esse homem fora do próprio tempo em seu caminho, e logo a seguir uma garotinha maravilhosa. A vida era, no mínimo, irônica. Mas começava a acreditar que o mundo não era necessariamente tão cruel quanto sempre pensara. Rogers, por sua vez, não conseguia deixar de se sentir agraciado, e perceber o quanto Natasha se tornará mais próxima, nos últimos oito meses. Nunca antes ela teria permitido aquele contato tão prolongado, mesmo que sua esquiva fosse apenas uma piada ou brincadeira.

A Aranha na TeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora