𝑻𝒉𝒆 𝑶𝒖𝒓 𝑷𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒆 | 𝗛𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗛𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻

[32] A Última Noite : 2/2 :

– 10/06/1452 –
[ madrugada do dia do casamento ]

O fogo das tochas refletia o corpo dos jovens, os quais corriam de mãos dadas até o jardim do castelo, até o Our Secret Garden, até a liberdade limitada.

A euforia era inevitável naquele momento. Se alguém os visse, tudo estaria acabado, mas felizmente, todos estavam ocupados demais no salão, tentando descobrir o que havia acontecido – e também, procurando o príncipe, que sumiu na noite, deixando apenas sua máscara para trás.

Agora, Hyunjin e Mi-suk desciam as escadas de pedra em direção à porta de metal que dava acesso ao jardim, o qual também tinha acesso à floresta dozziliana, onde seu refúgio os esperava ansioso. O sorriso no rosto deles era radiante.

Quando finalmente ficaram de frente da porta do jardim, uma lembrança ruim tomou conta da mente da Lee, fazendo um arrepio assombroso percorrer sua coluna.

Ela engoliu em seco.

— Você... está com a chave, não é?

— É claro que estou — respondeu com um sorriso ladino, tirando o molho de chaves do bolso e levantando a qual destrancava a porta. O objeto brilhou.

Mi-suk soltou o ar que nem sabia que prendia quando o portal foi, então, aberto.

O jardim estava iluminado com as costumeiras lamparinas amarelas, nada de diferente. Afinal, aquele jardim não era o que os aguardava.

Logo foram até o final dele, lá no cantinho, onde havia outra porta de metal.

— Tá pronta? — Hyunjin perguntou assim que destrancou o objeto.

Ela assentiu, sentindo o coração dançar entre as costelas. Era a hora de ser feliz, pelo menos, pela última vez.

Então, o príncipe pôs a mão no portal reluzente, empurrando-o e abrindo-o, revelando a primeira parte daquela noite inesquecível.

Mi-suk ficou boquiaberta. O caminho que os levava até o Secret Garden estava iluminado com lamparinas de cor laranja nos dois lados da estrada, fazendo uma passarela entre as flores e plantas rasteiras. O brilho das lamparinas refletiu nas pupilas dilatadas da garota.

Ela logo sentiu um toque em sua mão direita, e seus dedos foram lentamente entrelaçados com os dele.

— O que achou? — ele indagou suavemente.

— Isso... como você... — tentava falar, mas as palavras pareciam tão rasas, tão vazias, que não conseguiam sair de sua boca.

— Tive uma ajudinha, se é isso que quer saber. Mas vamos logo, a noite está apenas começando.

Eles se encararam, e o herdeiro depositou um rápido beijo nos lábios da outra. Assim, seguiram para seu único lugar de paz, para o jardim celestial que descansava no meio da floresta, esperando por eles desde quando foi formado. E nesta noite, seria a última vez em que os teria ali, e isso ficaria marcado na história para sempre.

As mãos juntas sempre, os sorrisos estampados em ambos os rostos e os corações, que batiam em perfeita sincronia, almejando pelo grande amor que logo teriam de suportar. Iam em passos rápidos, ansiosos e eufóricos. O caminho de lamparinas estava chegando em seu fim.