[28] Há Solução?

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naquele mesmo dia...
( 05/04/1452 ; 19h23 )

Our Secret Garden. Eles estavam lá novamente, mas, agora, pelo mando da garota.

A noite, diferentemente de algumas horas atrás, estava fria e úmida, deixando o povo dozziliano trancado dentro de suas casas quentinhas e aconchegantes. Sim, o clima daquele país era realmente confuso.

Todos encontravam-se debaixo das cobertas ou a beira de lareiras, menos Hyunjin e Mi-suk, que escolheram sentir a brisa um pouco mais de perto.

Agora, o casal estava a beira do lago, deitados sob a grama, observando as estrelas que preenchiam aquele céu escuro. Lee tinha a cabeça apoiada no peito de Hwang, aproveitando o delicioso cafuné que o mesmo fazia nos cabelos finos e castanhos da mais nova.

Suas mãos estavam juntas, com os dedos entrelaçados, passando calor um para o outro. As respirações fluíam em harmonia enquanto Hyunjin acariciava as costas de Mi-suk, afim de transmitir proteção a ela.

Evellyn suspirou, fechando os olhos.

— O que foi, estrelinha? — ele perguntou, inexplicavelmente preocupado.

— Eu vi o que aconteceu na cozinha hoje.

O príncipe sorriu.

— Viu, é?

Lee assentiu.

— Eu... achei que ela iria conseguir te beijar...

O riso do herdeiro logo cessou, e um suspiro fundo foi ouvido das narinas dele.

— Eu também achei isso — confessou, apertando a mão da outra. — Nunca fiquei tão nervoso, me senti como um animalzinho indefeso...

Mi-suk sorriu triste, também apertando a mão do mais velho, em sinal de conforto.

— Obrigada por... ter a rejeitado.

— Foi o mínimo.

Ela olhou para o rosto do herdeiro, recebendo o olhar terno dele em resposta.

O seu amor é o único que eu almejo, e você sabe disso — disse calmamente.

Um sorriso bobo surgiu nos lábios rosados da Lee. Ela nunca acostumaria.

Hwang continuou.

— Você é a única mulher que eu amo e quero, Mi-suk. Meu coração é só seu.

A acastanhada, sem saber como reagir, apenas se levantou e se sentou, encarando a cachoeira que despencava no lago azul marinho. Ela suspirou, vendo Hyunjin sentar-se também logo em seguida. A garota o olhou, podendo sentir a tristeza em seu rosto.

— O que houve? — ela perguntou.

Ele encarou a garota, beijando a testa dela – sem hesitação – após perceber a preocupação no olhar da mesma.

Ela fechou os olhos em reação ao contato dos lábios do moreno com sua pele clara.

O príncipe arfou, e então, olhou para o céu escuro, porém estrelado.

— Já estão começando a discutir sobre a data... — falou baixo, quase em um sussurro.

— A data do... — Lee não conseguiu completar a frase, mas, mesmo assim, percebeu que estava correta.

Hyunjin a olhou novamente, confirmando com a cabeça. Os olhos
de Mi-suk encheram-se d'água.

Eles estavam falando
do casamento arranjado.

— Eu... — o herdeiro tentou falar, a voz chorosa por causa da dor que sentia. — Eu não quero isso, nunca quis...

— Hyun...

— Eu fico agoniado só em pensar que vou ser obrigado a dormir na mesma cama que ela...

O coração de ambos doía ao perceberem isso: tudo estaria
acabado em poucos meses.

— Meu coração estremece quando eu noto que terei de dizer "sim", mas... eu... Eu não a amo...

Uma lágrima saltou dos olhos
rasgados do príncipe herdeiro.

— Isso não é justo... Não é justo! — gritou a última frase.

E Mi-suk, odiando ver seu amado daquele jeito, simplesmente o abraçou, afim de acalmá-lo – mesmo que ela estivesse pior do que ele.

— Calma — disse em seu ouvido. — Só... mantenha a calma. As coisas só vão piorar se nos agoniarmos.

Hyunjin afundou o rosto na curvatura do pescoço da outra, segurando a mão dela firmemente. Afinal, as oportunidades de tocar a pele da Lee diminuíram daqui p'ra frente.

O príncipe respirou fundo enquanto continuava apertando a mão da jovem camponesa. Ele estava nervoso, muito nervoso.

— Mas, Hyun — Mi-suk, tentada, quis perguntar: — O que será de nós?

O Hwang cortou o contato direto com a mais nova, endireitando a coluna e olhando diretamente nos olhos dela e apoiando a mão na grama úmida. Ele tinha uma expressão preocupadíssima no rosto.

— Você sabe... agora que terás uma aliança, não será mais a mesma coisa conosco... — dizia com dor no peito.

O herdeiro abaixou a cabeça e fechou os olhos com força. Ouvir aquilo era pior que tortura, pois era, completamente, verdade.

— O que eu serei depois disso? — a garota bravejava. — Uma amante?

Não! — Hyunjin gritou em resposta, encarando a acastanhada outra vez. — Você nunca será isso, e sabe bem.

— Então... como vamos ficar? Como tudo isso irá sobreviver? Hyunjin, eu tenho medo de te perder...

Ele soltou um suspiro pesado.

— Eu...

Ela segurou a mão dele.

Eu não sei o que pudemos fazer...

Assim, eles permaneceram. Com uma dor e agonia imensa presa dentro de cada um, implorando para ser destruída de alguma forma.

A lua refletiu no lago e uma brisa suave soprou. O menino Hyunjin puxou Mi-suk para perto de si, abraçando-a tão forte que quase a machucou – mas a mesma não se importava, apenas queria aproveitar cada toque do homem que amava.

Até porque, esses toques estavam começando a se esgotar, se limitar.

E saber disso só piorava
aquela terrível situação.

– [ 🍀 ] –

Olá, pessoal! Aqui é a Millie.
Me perdoem pelo atraso deste capítulo e por ele ser tão pequeno e fraquinho em comparação aos outros :(
Eu estou completamente cheia de tarefas – tanto escolares como pessoais – e isso atrapalhou as atualizações. Me desculpem de verdade, eu juro que vou voltar a ser ativa novamente! 🖐🏻

Ah, e outra coisa: T.O.P. está entrando em sua reta final! Aguardem ansiosamente! 💭

Amo vocês! 💌

𝑻𝒉𝒆 𝑶𝒖𝒓 𝑷𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒆 | 𝗛𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗛𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora