𝑻𝒉𝒆 𝑶𝒖𝒓 𝑷𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒆 | 𝗛𝘄𝗮𝗻𝗴 𝗛𝘆𝘂𝗻𝗷𝗶𝗻

[31] O plano de Yongbok.

09 dias depois : 10/05/1452
[ 1 mês para o casamento ]

Os dias se passavam. Tão incrivelmente lentos que chegavam a sufocar.

Agora, restavam apenas 30 dias para que tudo viesse por água a baixo, infelizmente.

A festa do aniversário dozziliano, realizada à cinco dias atrás, já havia chegado em seu fim. O reino retornara a sua rotina normal, comum e ensaiada.

Os empregados já tinham por voltado ao castelo e a aldeia não possuía mais os adereços e música alegre. Estava normal. Completamente normal.

O dia era úmido. O céu estava nublado. O vento soprava preguiçosamente, balançando as folhas das árvores e das plantas rasteiras. Mal se conseguia ver – e sentir – o sol.

Porém, isso claramente não impediu que os coreanos seguissem suas rotinas como de costume. Inclusive no castelo.

— Anda logo, Lee! — uma mulher gritou da porta da cozinha, apressando a colega.

Apressando Mi-suk, a qual terminava de preparar uma pequena parte do almoço.

— Só um instante, só um instante! — repetiu, despejando o molho sobre a carne bovina.

— Vão te demitir se continuar assim — outra mulher, quase da mesma faichetaria de idade que ela, provocou.

A garota de cabelos castanhos revirou os olhos, logo levando a grande bandeja para o carrinho.

— Pronto, está aí — disse, não demorando muito para ver um outro criado ir apressado até a sala de jantar, servir os alimentos com alguns outros.

Mi-suk olhou adiante, respirando ofegante pela boca. O suor escorria por suas costas.

Queria ficar ali parada, observando a correria dos colegas, mas foi interrompida quando um barulho foi ouvido. Vidro quebrado, de novo.

— Limpem isto! — alguém esbravejou, fazendo a menina correr em direção ao desmantelo travado ali.

Bom, pelo menos, não havia sido ela a qual quebrou o prato. Isso já não acontecia mais. Onze meses no castelo foram o suficiente para aprender o necessário.

E até o desnecessário também.

[...]

Fim de tarde, finalmente. Fim do expediente para as empregadas do dia, para Mi-suk, especificamente.

Ela encontrava-se jogada na cama, com os cabelos molhados, o corpo gelado e os olhos fechados, quase dormindo. Afinal, não havia nada melhor do que um bom banho depois de um dia cheio de tarefas, não é?

Sukie até dormiria se não fosse pelo grande estrondo que sua porta fez, abrindo-se de uma vez. A garota pulou da cama, soltando, sem querer, um grito fino.

Seus olhos puderam visualizar seu irmão, Felix, totalmente ofegante e aparentemente louco. Parecia que um caminhão tinha passado por cima dele. Preocupante.

— O que houve? — ela perguntou, fitando a aparência do mais velho.

— A princesa... — ele tentou dizer. — Aquela... aquela filha da...