ℂ𝕒𝕡𝕚́𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟚

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❈•≫────≪•◦ ❈ Chloe ❈◦•≫────≪•❈

- EU TE AJUDO com os travesseiros.

Ao arrumar o travesseiro, nossos rostos ficam muito próximos. Percebo ele desviando o olhar para a porta, mas sinto que sua respiração mudou.

Seus cabelos estão um pouco bagunçados, ele sempre matem sua barba feita, mas hoje ela está por fazer. É um conjunto perfeito, seus olhos puchadinhos, seu nariz e sua... boca. Meus pensamentos me levam para um caminho muito perigoso.

Repentinamente Kimura se vira. Nossas bocas ficaram centímetros de distância, com seus labios entreabertos, sinto sua respiração quente e acelerando.

Seus olhos parecem ter entrado dentro dos meus, como se quisessem me hipnotizar, e de fato, estava conseguindo.

Droga, o que está acontecendo aqui? Sinto meu rosto queimar, quando seus olhos descem até minha boca. E meu lábios se separaram, quando a distância entre nós fica ainda menor.

A porta se abre em um solavanco, que me faz assustar e ir para longe do Kimura rapidamente.

- Cara, trouxe alguns livros pra você, pra te distra...

Y'lan para ainda na porta, olhando para nos dois um sorriso surge em seu rosto, aquele sorriso de quem pegou algo no ar.

- Opa... já tinha uma distração não é?

Ele praticamente murmura. Olho para Kimura, seu olhar cerrado para Y'lan.

- Já estou de saída. Bay bay.

Y'lan se vira pra sair.

- Os livros.

Kimura o lembra.

- Hã?

- Os livros, me dê.

- Ho, claro. Estão aqui.

Ele os deixa sobre a cama, e sai mais rápido que pode, fechando a porta em suas costas. Totalmente atordoada e embaraçada com a situação, pego os livros os coloco ao alcance de Kimura. Sem olhá-lo sigo para a porta.

- Se caso precise de algo, chame. A porta ficará aberta, assim conseguimos te ouvir.

Não sei qual foi sua reação por não tive a coragem de olhar para ele, apenas fiz o que disse.

- Se Kimura precisar de alguma coisa, me chamem por favor.

Aviso um dos caras que está ali por perto, que acena com a cabeça como resposta. Subo rapidamente as escadas direto para o quarto me jogando na cama, enfiando meu rosto no travesseiro.

É sério isso Cloe, jura?!!

Pergunto a mim mesma. Soco repetidas vezes o travesseiro, tentando extravasar a decepção comigo mesma.

Se apaixonar por um cara da máfia, um Yakuza? Não posso me deixar levar por esses sentimentos, é um absurdo, é inaceitável que meu coração possa se render a um cara como Kimura. Não sou nada além de alguém que ele precisa pra chegar até aquela droga de dossiê.

Enfio mais uma vez meu rosto no travesseiro, e grito. Liberando raiva, repulsa, ressentimento, desgosto, de tudo que venho vivendo nestes últimos dias.

Sinto uma vontade de chorar, mas não consigo, há um vazio dentro do peito que dói, dói no meu profundo, no meu íntimo de uma forma que nunca houve antes.

Não sei distinguir ou explicar sobre o que exatamente é, se é por este sentimento errôneo, se é por meus pais, se é por tudo que venho guardando para mim mesma para conseguir suportar.

Dia De Vingança 🔞 ( Novel) Onde histórias criam vida. Descubra agora