18 - O TRONO DE SAL

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Os dedos ágeis de Onira trançavam os cabelos de Rhaena Targaryen com rapidez, enquanto a mais nova encarava pelo espelho o pescoço da tia, que tinha além do cordão com o cristal de sangue de Daemon, a gargantilha de dragão que um dia foi de Rhaenys

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Os dedos ágeis de Onira trançavam os cabelos de Rhaena Targaryen com rapidez, enquanto a mais nova encarava pelo espelho o pescoço da tia, que tinha além do cordão com o cristal de sangue de Daemon, a gargantilha de dragão que um dia foi de Rhaenys.

— Um pouco pro lado, minha linda. — Onira pediu

— Sim, tia.

Rhaena virou o pescoço na direção que a tia pediu e suspirou ao ver que a última trança estava quase finalizada. A manhã havia sido longa e exaustiva para os dedos de Onira, que trançaram os cabelos de Daena, Rhaenerys, Laenyra, Aaron, Baela e agora Rhaena. Onira gostava de trançar os cabelos de seus filhos, era um gesto de amor que ela queria que as sobrinhas também tivessem. Mas não podia negar que dava graças aos deuses por Aerion manter os cabelos curtos. Era menos uma cabeça pra trançar.

— Minha mãe disse que tinha quinze anos quando montou Vhagar. — Rhaena murmurou

— Sim, eu estava lá. — garantiu — Foi pouco antes de eu ir embora pra guerra.

— É tão estranho. — Rhaena franziu o cenho — Suas mãos são tão leves pras tranças, que eu não consigo imaginar a senhora as usando para matar rebeldes.

Onira sorriu. Aquelas eram lembranças distantes, quase de uma outra vida.

— Consigo me adaptar bem ao ambiente em que estou.

Rhaena sorriu e suspirou.

— Com quantos anos montou Thunderstorm?

Foi a vez de Onira suspirar. A resposta que ela tinha não faria Rhaena se consolar. A menina já estava na mocidade e ainda não tinha um dragão.

— Quatro anos.

Rhaena arregalou os olhos com a resposta da tia e abaixou a cabeça, suspirando.
Onira ergueu a cabeça da sobrinha com um dedo e elas se encararam pelo espelho, a lady voltando a trançar a última trança.

— Mas eu não a montei por querer. — Onira continuou

— Isso era pra me consolar? — Rhaena franziu o cenho, fazendo Onira rir

— A torre mais alta sempre foi minha. — Onira contou — Sempre gostei de estar no alto, por causa das janelas e dos ventos que entram delas. Nesse dia, aos quatro anos, eu estava brincando na sacada mais alta e acabei despencando lá de cima.

Ela finalizou a trança e juntou com as outras, arrumando suas pontas. Rhaena tinha seus olhos atentos a tia, ainda pelo espelho.

— As aias dizem que meu grito foi agudo e muito alto, todos no castelo ouviram. — Onira dá de ombros — Segundos antes de eu cair, Thunderstorm havia mordido um tratador que a impediu de voar. Ela estava no céu quando eu caí e voou por baixo de mim, me amparando no ar. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo e ela permaneceu voando comigo, enquanto minhas mãos pequenas me mantinham presa a cela. Eu quase caí dela.

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