04 - FOGO DE DRAGÕES

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As folhas das árvores balançaram quando o vento soprou

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As folhas das árvores balançaram quando o vento soprou. Rhaenys encarava a árvore dos Sete de forma pensativa, enquanto torcia os dedos das mãos. Com o caos da noite passada, não teve tempo para lidar com o retorno da filha.
O vento soprou mais uma vez e levou para a princesa a fragrância do campo que lady Onira usava. As lavandas que acalmam tiveram resultado contrário, deixando Rhaenys mais nervosa.

— Princesa Rhaenys. — Onira se curvou ao se aproximar dela

O tapa que Rhaenys atingiu em sua bochecha foi alto e fez Onira virar o rosto para o outro lado. Não se pronunciou, apenas suspirou e a encarou.

— É isso o que uma mãe merece? — Rhaenys perguntou com a voz trêmula, evidenciando sua mágoa — Quatro anos, Onira. Quatro anos!

— Mãe, eu tinha coisas a fazer.

— Você só tinha uma única missão, que era neutralizar os rebeldes e voltar pra casa.

— Se eu saísse, eles poderiam retornar.

— Eles quem, Onira? — Rhaenys a olhou nos olhos — Aqueles que você queimou? Ou aqueles que você amarrou e jogou no fundo do mar?

Onira ficou em silêncio. Não tinha como discutir com a mãe.

— Você foi treinada pelo seu pai contra a minha vontade e é a melhor no que faz. — comenta — Em oito meses você já tinha afugentado todos os que ameaçavam a segurança da marinha dos Sete Reinos.

Onira franziu os lábios, segurando um sorriso presunçoso.

— Eu não vou nem me dar ao trabalho de perguntar porque você não voltou. — Rhaenys suspira — É óbvio. Mas agora que está aqui, fique sabendo que não será mais enviada para conter nenhuma rebelião.

— Oh, sinto muito, mamãe, mas ainda existem perigos e…

— Nem adianta, Onira. — Rhaenys a interrompeu — Seu pai não irá permitir sua partida e eu já estou recebendo ofertas.

— Mãe. — Onira não escondeu seu desgosto

— Esse é o seu destino. — as mãos de Rhaenys seguraram o rosto da filha, olhos nos olhos — Aceite-o e honre-o como uma Velaryon.

Os olhos de Onira embaçaram com as lágrimas, mas ela não se permitiu chorar.

— Olhe só você. — Rhaenys sorriu emocionada ao observar de perto os traços da filha — Tão crescida, tão mulher. — sorriu orgulhosa

— Senti sua falta, mamãe. — admitiu

— Oh, meu amor.

As duas se abraçaram emocionadas. Onira sempre se sentiu segura nos braços dela.

Do outro lado do jardim, atrás de uma árvore, Daemon observava mãe e filha com curiosidade. Os rumores eram reais, Rhaenys Targaryen tinha Onira Velaryon como sangue de seu sangue. Diferentemente do que pensava, Daemon passaria um pouco mais de tempo na côrte. Tinha muitas ideias surgindo em sua mente, mas havia uma certeza: a união das casas Targaryen e Velaryon era forte e ninguém podia com tanto poder.
Daemon adorava o poder.

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