+1Milhão - Final Alternativo, part I

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Notas da Autora: Os capítulos a seguir foram escritos em maio de 2023 e fazem parte de uma ideia diferente para o final deste livro. Em fevereiro de 2024, esses capítulos foram editados e publicados como um final alternativo, em celebração às mais de 1 milhão de visualizações nos livros deste perfil.

Aproveitem! :)

O golpe de Aemond foi bloqueado com a espada de Aerion, que segurou e rodopiou, num contragolpe majestoso. Aerion sempre foi um rapaz muito astuto, ágil e perigoso. Apesar de jovem, ele parecia ter nascido para o combate, com a mobilidade felina de Onira e a sagacidade mortal de Daemon. Seus pés bailavam como se estivessem dançando a canção mais bela da guerra, fazendo-o mover-se com maestria.

Aemond também era excelente no que fazia e ninguém podia argumentar contra isso. Entretanto, estava debilitado. Parte do corpo queimado, em carne viva, o ódio e o fogo queimando e dificultando a visão de seu único olho bom. Os dragões se mantinham irredutíveis ao lado de seus montadores, até que Aemond quase acertou Aerion com sua espada e Belzebus seguiu contra Vhagar, as duas feras brigando enfurecidamente.

Aerion sentiu um aperto no peito e ouviu o rugido de seu dragão. Ele olhou para o céu a tempo de ver a sangria que voou pelos ares quando os dentes de Vhagar se fecharam na cabeça de Belzebus. O corpo do dragão despencou e caiu na areia da praia. O ato de distração teve como consequência Aemond jogando terra contra os olhos do mais novo e as posições foram invertidas. O filho de Daemon e Onira perdeu sua espada e cambaleou, ficando contra o guarda-corpo da ponte, enquanto Aemond tinha a ponta de sua espada em sua direção.

— Onde está Daemon? — Aemond gritou, a fúria e a impaciência o dominando

Aerion conseguiu limpar parte da visão e viu de forma turva a ameaça do primo.

— Meu pai não se esconde atrás de ninguém. — bradou confiante — Principalmente de seus filhos.

Aemond começou a raciocinar, por alguns segundos, deixando as emoções de lado. Nenhum dragão mais velho ou guerreiro veio encará-lo.

— Eles não estão na ilha. — Aemond sussurrou pensativo, se distraindo

— E, o melhor de tudo, meu pai não se esconde de ninguém. — Aerion sorriu, lembrando muito a aparência debochada do pai — Principalmente se esse alguém for um invejoso feito você.

Os dois se encararam.

— Doeu, não doeu? — Aerion se moveu calmamente, jogando com o primo mais velho — Ser criado por amas, enquanto seus próprios pais não estavam nem aí para você.

— Eu sou um príncipe. — Aemond o respondeu — E você, não é nada.

— Pois me diga, príncipe Aemond Targaryen. — Aerion sorriu de canto — Você aceitaria ser rebaixado a lorde, se tivesse sido criado com o carinho e devoção que eu fui? Doeu pra você ver que, enquanto você perdia um olho, minha mãe estava mais preocupada com Luke, que só havia quebrado o nariz?

A mão de Aemond tremeu de raiva.

— Doeu pra você ser filho da vaca verde que usurpou o trono para seu irmão, enquanto você, o filho carinhoso, talentoso e corajoso só ficava com os restos?

— Você fala como seu pai. — Aemond rosnou de raiva — Matar você me trará algum prazer.

— Você queria que Onira tivesse se casado com Viserys, não?

— Seu desgraç...

Antes que Aemond o acertasse em um golpe mortal contra sua garganta, Aerion fez uma acrobacia e se jogou do guarda-corpo, caindo no mar agitado embaixo deles. Todo aquele papo serviu para distraí-lo e fazer com que o filho da Serpente Negra se colocasse em um ponto estratégico da ponte. Aemond guardou sua espada.

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