29 - DUAS RAINHAS

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Três dias desde que o vento e o mar levaram as cinzas de Rhaenys Targaryen, deixando no peito de Onira um buraco com uma ferida sangrenta e incurável

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Três dias desde que o vento e o mar levaram as cinzas de Rhaenys Targaryen, deixando no peito de Onira um buraco com uma ferida sangrenta e incurável. Corlys havia voltado ao mar, para controlar a Goela e manter a situação que a filha havia controlado. Onira pediu sete dias para entregar a Goela para a rainha Rhaenyra, porém cumpriu em apenas três, o que assustou os conselheiros mais velhos do Conselho Negro.
Nos últimos três dias ficou em seus aposentos com o esposo e os filhos. Quando não estavam com sua prole, estavam sozinhos confabulando e elaborando planos de ataque e evacuação. A reclusão de Onira, por outro lado, não foi vista com bons olhos por sua rainha. Rhaenyra havia pedido para lhe ver, porém uma desculpa nova era dada a cada solicitação, irritando-a. Chegou a ir até os aposentos do casal, mas recebeu um recado de que a lady estava triste e sem condições de ver ninguém. Não era uma mentira completa, porém Rhaenyra nunca havia sido recusada por Onira antes e as risadas que ouviu atrás da porta fizeram seu sangue ferver. Daemon estava, mais uma vez, roubando sua amiga e ela não deixaria isso passar mais uma vez.

— Onira, você está…? — a voz de Daemon morreu quando ele franziu o cenho e inclinou a cabeça, encarando melhor o corpo nu de sua esposa

— Não sei. — ela deu de ombros e riu fraco, encarando seu reflexo nu no espelho — Estou atrasada, mas isso não significa muita coisa. Desde o nascimento de Aaron, minhas regras não vem mais com tanta constância.

Isso era um fato. Desde que seu filho mais novo nasceu, suas regras vinham poucas vezes por ano. Agora, por exemplo, estava sem seu período há, pelo menos, oito meses. Porém agora, sua barriga possui um inchaço no baixo ventre, imperceptível sob as roupas, porém duro e existente.
Daemon se levantou rápido de sua poltrona, animado com a possibilidade de mais um bebê. Ele vinha tentando engravidá-la de novo há anos. Sua mão pousou em seu ventre e ele apertou levemente, sentindo a superfície dura contra sua mão.

— Você, com certeza, está. — ele disse rindo

— Por que está feliz desse jeito? — ela o olhou — Estamos no meio de uma guerra.

— Há quanto tempo estamos tentando isso, querida esposa?

— Não estamos, você é quem está. — ela o corrigiu

— E eu finalmente consegui. — ele sorriu mais, se abaixando e deixando um beijo demorado sobre o inchaço

— Você fala como se nós já não tivéssemos cinco pestes nós enlouquecendo, Daemon. — ela murmurou começando a vestir suas roupas

— Algo nos nossos filhos me conforta. — ele se joga sorridente na poltrona, a observando se vestir — Não sei, talvez seja o fato deles terem potencial para serem piores do que nós dois. Me conforta saber que se eu morrer, tem cinco versões minhas prontas pra continuar meu legado.

— Você é terrível, querido esposo. — Onira riu

— De qualquer forma, precisa ser avaliada por um meistre.

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