30 - TUDO POR AMOR

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Os olhos de Onira permaneceram abertos, sua mente enevoada tentando entender o que estava acontecendo

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Os olhos de Onira permaneceram abertos, sua mente enevoada tentando entender o que estava acontecendo. Rhaenyra reivindicou seus lábios com tanta posse, que parecia que a lady a pertencia desde sempre.

— Espere. — Onira murmurou tentando afastar a cabeça

— Não. — Rhaenyra soou agressiva ao impedir que ela se afastasse

A língua da rainha invadiu a boca da lady, compartilhando o gosto do vinho caro que alterou seu juízo e lhe deu coragem para fazer o que nunca conseguiu fazer. Onira não teve outra opção a não ser reivindicar o beijo. Não porque não conseguia escapar da posse de Rhaenyra, mas porque por um momento foi transportada ao passado, quando eram duas meninas fazendo travessuras pela Fortaleza Vermelha.
A mão da rainha de manteve em sua nuca, segurando os cabelos dali e a mantendo fixa com o rosto colado ao seu. A segunda mão agarrou sua cintura, assumindo uma postura selvagem e dominante que ela nunca teve com Onira.

Meu amor.

A voz de Daemon ecoou na cabeça de Onira, a puxando de volta para o presente. Não era mais uma garotinha, o passado havia ficado para trás. Onira segurou os braços de Rhaenyra e conseguiu afastá-la por tempo o suficiente para que escapasse e ganhasse espaço. Já não estava mais presa entre a amiga e a porta de madeira maciça.
Os lábios de ambas estavam vermelhos e inchados, devido a intensidade do beijo. Onira tinha o cenho franzido, tentando entender o que tinha acontecido, enquanto Rhaenyra sorria e bloqueava a porta com seu corpo, encarando Onira com um desejo que ela não precisava esconder mais.

— O que você está fazendo? — Onira juntou coragem para perguntar, a olhando nos olhos

A rainha não respondeu, apenas continuou a olhando.

— Isso é errado de tantas formas, que eu nem sei por onde começar, Rhaenyra. — a lady ofegou e agarrou os próprios cabelos, enquanto pensava e caminhava de um lado para o outro

A outra não gostou do que havia escutado e tirado o sorriso de seus lábios.

— Errado? — Rhaenyra franziu o cenho — Eu sei do seu passado, Onira. Tudo bem, eu não julgo você.

— O que? — Onira a olhou

— Gellert me contou. — ela continuou — Sei das suas noites em Essos, sei da mulher pra quem você prometeu que voltaria, em Pentos. É Maya, não?

— Como você…? — Onira se arrepiou ao ouvi-la falar de Maya

— Parecida comigo, exceto pelos cabelos. — ela a olhou — Você sempre sentiu o mesmo desejo que eu, minha amiga.

— Mandou Gellert ir atrás do meu passado, Rhaenyra? — a raiva na voz da lady assustou a rainha

— Não mandei nada. — se defendeu — Ele me contou quando voltou para o funeral de Laena. Disse que tanto ele quanto sua irmã a conheceram, que ouviram as histórias.

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